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Final Fantasy XVI
DRFinal Fantasy XVI

‘Final Fantasy XVI’ reinventa outra vez uma série em perpétuo devir

O novo ‘Final Fantasy XVI’ quer agradar aos fãs de longa data e conquistar novos públicos. As mecânicas e sistemas de jogo são divisivas, mas a história é inatacável.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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★★★★☆

Durante décadas, a série Final Fantasy estabeleceu o que podia e devia ser um RPG japonês, com as suas narrativas épicas e combates por turnos. No entanto, desde a edição de Final Fantasy XV, em 2016, que a Square Enix desistiu desses sistemas e mecânicas, mais cerebrais, e colocou maior ênfase na acção, para ir ao encontro dos gostos e sensibilidades ocidentais; para renovar e expandir o público da franquia, idealmente sem alienar os velhos fãs. Não é fácil atingir este equilíbrio, e ainda não vai ser desta que o conseguem. No entanto, nunca estiveram tão perto de fazê-lo como no novo Final Fantasy XVI.

Enquanto Final Fantasy XV tentava encontrar um ritmo próprio e mais rápido para os combates, sem perder uma certa componente estratégica, e Final Fantasy VII Remake era ainda mais táctico, sendo até possível jogá-lo num modo dito clássico, onde a destreza dos dedos era menos importante do que a navegação por menus, Final Fantasy XVI aposta tudo na acção, cruzando as mecânicas de Devil May Cry com sistemas inspirados nos novos God of War – que por sua vez devem muito aos RPG tradicionais. Porém, quem só quiser saber da história pode equipar uns quantos acessórios que tornam as potenciais ameaças insignificantes, e os combates quase automáticos. Não é o ideal, mas é melhor do que nada. 

E é melhor do que nada porque a narrativa, com ecos de A Guerra dos Tronos nos diálogos e no contexto medieval, a par de inúmeros nomes e ideias recorrentes na franquia, é tudo o que um fã da velha guarda pode querer. Nesse aspecto, estamos perante um Final Fantasy dos bons – talvez dos melhores. Uma história de amor e esperança num mundo à beira da ruína, com personagens memoráveis e com os quais não é difícil uma pessoa identificar-se. Foi isso – e não os combates por turnos – que garantiram à série um lugar muito especial no coração de tanta gente, um verdadeiro objecto de culto. Seria uma pena que os fiéis ignorassem este título, ou que abandonassem de vez a fé, só porque a Square Enix quer vender mais uns milhões de cópias.

Disponível para PlayStation 5

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