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Calhariz Velho
Francisco Romão Pereira/Time OutO Calhariz Velho é quase uma aldeia na Linha de Sintra

Próxima paragem: aldeia gastronómica de Benfica

A construção de uma residência universitária no Calhariz Velho, a única do país a cargo de uma junta de freguesia, é o primeiro passo para a reabilitação completa da zona. O plano é torná-la paragem obrigatória na Linha de Sintra.

Hugo Torres
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Hugo Torres
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Artigo originalmente publicado na edição de Junho da revista mensal Time Out Portugal

O Calhariz Velho de Benfica está entalado entre a linha de comboio e duas vias rápidas, a CRIL e a Segunda Circular. A pé ou de carro, o acesso é inóspito e, lá chegados, as casas devolutas, os terrenos expectantes, o alcatrão tosco e o estacionamento desordenado dão a ideia de um lugar esquecido. Mas o Calhariz Velho continua a receber muito mais pessoas do que as que lá vivem. A razão é só uma: a comida. Há décadas que este é um destino conhecido pelos restaurantes dedicados à gastronomia nacional e não falta quem lá vá de propósito. A Junta de Freguesia de Benfica quer partir desse pressuposto para revitalizar por completo a zona, aproximando-a tanto do resto do bairro como do Monsanto.

A recuperação deveria ter começado pela criação de uma ciclovia na Estrada do Calhariz, reduzindo o número de faixas de rodagem para o trânsito automóvel (actualmente tem quatro) e abrindo caminho para a mobilidade suave naquele troço. O projecto prevê ligar a ciclovia da Radial de Benfica (Avenida General Correia Barreto), que começa na rotunda de Pina Manique, junto ao estádio do Casa Pia, à ciclovia da Rua Conde Almoster, que se estende até Sete Rios, possibilitando o acesso de bicicleta ao centro da cidade num sentido ou noutro. Essa ligação será feita através da Estrada do Calhariz e da Rua Carolina Michaelis, com ramificações para a estação de comboios e para o campus do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). Mas essa obra, da Câmara Municipal (CML), está atrasada.

“Estamos altamente preocupados”, diz o presidente da Junta de Freguesia de Benfica (JFB), Ricardo Marques, à Time Out. O autarca fala num “imenso atraso” no lançamento desta obra, que além de ser uma etapa estruturante na revitalização do Calhariz Velho vinha resolver outro problema: a aproximação do bairro ao Parque Florestal de Monsanto. “Benfica tem dois terços do Monsanto, somos a freguesia com mais Monsanto e estamos de costas viradas para o Monsanto porque temos impedimentos brutais. É uma coisa brutal”, observa o presidente da JFB. O motivo é exactamente o mesmo que transforma o Calhariz Velho numa península rodeada de aço e betão: as vias rápidas e a via férrea.

Ricardo Marques não tem perfil para esperar sentado. E se noutras alturas isso já deu bom resultado (como garantir que o espólio de António Lobo Antunes não saía do país e ficava no bairro em que o escritor cresceu, numa biblioteca com o seu nome a inaugurar em 2024), desta vez voltou a dar. Quem não tem cão caça com gato. Ou, no caso, com as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Benfica decidiu candidatar-se a uma linha de apoio para a criação de alojamento estudantil a custos acessíveis, para construir uma residência universitária no Calhariz Velho – e conseguiu assegurar o financiamento. “Fomos a única junta de freguesia a concorrer. Concorreram sobretudo universidades e politécnicos, alguns municípios, a Santa Casa da Misericórdia, pousadas da juventude… e a Junta de Freguesia de Benfica”, diz a vice-presidente Carla Rothes. “Fomos atrevidos.”

Projecto para a residência universitária de Benfica
Francisco Romão Pereira/Time OutO projecto para a nova residência universitária

Os 3,9 milhões de euros orçamentados serão totalmente cobertos pelo PRR. A obra começa já esta semana. “A correr bem, dura oito, nove meses. Estou a contar tê-lo em Março do próximo ano. Um prédio!”, exclama Ricardo Marques. O motivo para um prazo curto de execução deve-se à escolha do Sistema Construtivo em Blocos Autoportantes de Betão Armado (SIMBA), desenvolvido por um consórcio luso-britânico com o apoio do Instituto Superior Técnico. “É aquele sistema de betão armado em que 80% da construção vem feita de fábrica. São uma espécie de legos que vão ser montados e isso reduz a necessidade de obra e do tempo de obra para 30% do habitual, porque as coisas vêm todas feitas”, explica Carla Rothes. “Basicamente tem que se fazer a placa onde assentam os blocos e depois o trabalho em obra é fechar-se os sistemas – canalização, eletricidade. Não há produção de lixos nem de detritos. Em termos de desperdício ambiental, a redução é muito significativa. E depois temos os sistemas mais modernos em termos ecológicos. Desde a retenção das águas pluviais para reutilização aos painéis fotovoltaicos [que vão permitir] ser uma comunidade de autoconsumo energético.” As paredes também vão ser cobertas de verde. “Vai ser uma espécie de vegetação a acrescentar ao Monsanto.”

O júri do PRR atribuiu nota máxima ao projecto no critério da sustentabilidade. Mas não foi o único valorizado. “Ficaram muito admirados por alguém pensar numa residência não só para suprir a necessidade dos estudantes, mas para fazer um impacto público numa zona da cidade”, afirma Ricardo Marques. A residência será construída logo à entrada do Calhariz Velho, a escassas centenas de metros do IPL, onde ficam a Escola Superior de Música, a Escola Superior de Educação, a Escola Superior de Comunicação Social e em breve o Instituto Superior de Contabilidade e Administração, que ainda está nas Avenidas Novas, mas cujas novas instalações devem começar a serem construídas dentro de “poucos meses”, segundo Ricardo Marques. “O ISCAL está à espera de 3 milhões de euros da tutela, que é o que falta ao IPL para lançar a obra.” A Escola Superior de Dança também irá para ali, embora precise de assegurar antes a venda do palácio no Bairro Alto onde agora se encontra. Está ainda prevista a construção de um pavilhão desportivo neste pólo.

O universo do ensino superior em Benfica é de cerca de 3000 alunos. Quando o ISCAL se mudar, aumentará para mais do dobro. “Sabíamos que já não tínhamos capacidade de retenção para muitos destes alunos. Temos, ao passar dos anos, vindo a lançar alguns projectos – vou chamar-lhe de afinidade local – para encontrar matches entre idosos sozinhos e estudantes que cá vêm. O facto é que temos baixa taxa de adesão, principalmente dos seniores. Não funcionou”, reconhece o presidente da JFB. “Sentimos que tínhamos um imperativo quase moral de procurar uma solução para deixarmos de ter um número alargado de jovens que vêm estudar para o Politécnico e não têm condições para viver em Lisboa. Temos uma boa relação com os Serviços Sociais do IPL e todos os anos são identificados entre 25 a 40 alunos que desistem”, continua. “Não havia estruturas de residência estudantil que conseguissem acolher estes alunos. Andávamos a ver várias soluções. Fazer o arrendamento e depois o subarrendamento… Abrindo esta linha [de apoio do PRR], olhámos para ela como uma oportunidade.” O IPL já tinha uma candidatura para o edifício do ISCAL e temeu que a pudesse pôr em causa avançando com outra para a residência. “Disseram que informalmente nos apoiariam”, conta Carla Rothes.

Baloiço do Calhariz de Benfica
Francisco Romão Pereira/Time OutCalhariz de Benfica

Assim foi. E agora está prestes a ser construída uma residência com 120 camas, 60% das quais (72) para estudantes bolseiros deslocados. Estes pagarão 77,56€ por mês. Para outros estudantes estão destinadas 25% das camas (30) a 288,08€/mês. As restantes ficam para “outros residentes” (12 camas a 403,31€/mês) e para residentes com deficiência ou mobilidade reduzida (seis camas a 77,56€/mês). O preço médio por cama é 162,12€. Os não-estudantes serão uma constante no novo espaço. A vice-presidente da JFB sublinha que o júri que avaliou o projecto atribuiu “muita pontuação” à “integração que estes alunos iriam ter extra-residência”. Isto porque, além de servir de dormitório, com cozinhas multiusos e ginásio, a residência permitirá que o auditório, o refeitório maior e a cafetaria sejam usadas pela comunidade, em particular pelas associações e as IPSS, ou pelos clubes locais que, no Verão, queiram trazer outros emblemas para estagiar em Benfica.

É por esta “casa aberta”, para usar as palavras de Ricardo Marques, que vai começar a reabilitação do Calhariz Velho. Mas já estão outras ideias em curso para a zona. Aproveitando que a residência obrigou a revogar o Plano de Pormenor, a JFB quer usar o terreno onde está agora o baloiço panorâmico do bairro, oposto ao da residência universitária, para um outro projecto. “Vamos tentar convencer a Câmara a lançar renda acessível no terreno do lado. Aproveitar o Plano de Pormenor para fazer o investimento em renda acessível, no mesmo tipo de construção, até para isto ficar uma coisa integrada, para trazer jovens famílias para o Calhariz Velho. Faz parte do programa de habitação que contamos lançar. Até já o propusemos à senhora vereadora [Filipa Roseta] e ao IHRU”, revela Ricardo Marques. “Vinte apartamentos, dez por cada. Pequeninos, para não desconfigurar com aquela praça.”

Em simultâneo, graças a um contrato de delegação de competências celebrado com a CML, Benfica tem 300 mil euros para requalificar a zona histórica do Calhariz, reformulando o piso tanto para peões como para o trânsito, com “cruzamentos para levar a abrandamento de velocidade e para dar prioridade ao peão em detrimento da viatura”; e transformando o largo junto ao Zé Pinto numa praceta. “Assumir como aldeia do Calhariz de Benfica”, diz o presidente. Está ainda em estudo a colocação de um coreto próximo do David da Buraca, para homenagear uma instituição liberal do século XIX, a Sociedade Filarmónica Euterpe, que esteve por exemplo na base do Sport Lisboa e Benfica e do Clube de Futebol Benfica (ou Fofó), e que a junta quer refundar. Quanto ao edificado devoluto, Ricardo Marques acredita que o problema se está a resolver e que essas soluções surgirão em breve. “Quando intervier no espaço público, melhorando-o e dando sinalética à aldeia, em dois ou três meses os particulares compram, remodelam e está feita a recuperação.”

Quando tudo isso estiver terminado, o autarca quer promover esta zona como um “ponto de atracção turística no maior eixo turístico do país: Rossio-Sintra, Sintra-Rossio. No sentido de vá a Sintra, vá ao Rossio, mas comida tradicional portuguesa é na aldeia do Calhariz de Benfica: Zé Pinto, Galé, A Galé dos Manos, Solar dos Leitões, David da Buraca, O Batista e Panças. Tudo em 600 metros quadrados.” A ideia é apoiar o comércio local. Depois, talvez os visitantes se aventurem na floresta. “A porta de entrada no Monsanto é por Benfica. Vamos criar canais segregados a partir da estação de comboio para que se perceba o caminho. Atravessam a aldeia do Calhariz e entram confortavelmente para o Monsanto.”

Metro não chega ao Calhariz, mas vai ficar mais perto
Francisco Romão Pereira/Time Out

Metro não chega ao Calhariz, mas vai ficar mais perto

Artigo originalmente publicado na edição de Junho/Julho do jornal mensal Lisbon by Time Out

Não existe projecto definitivo, financiamento nem prazos estabelecidos. No entanto, depois de concluir a Linha Circular e a extensão da Linha Vermelha até Alcântara, em 2024 e 2026 respectivamente, a prioridade do Metropolitano de Lisboa é a zona norte da cidade. O esboço do futuro traçado da Linha Amarela foi revelado numa exposição sobre os 75 anos da empresa, no início deste ano, e mostrava a ligação entre Odivelas e Telheiras a continuar pela Avenida das Nações Unidas, a descer à estação do Colégio Militar (cruzando-se com a Linha Azul) e a entrar em Benfica até ao coração do bairro, a menos de um quilómetro da estação de comboios. O presidente da Junta diz que gostaria de ver um hub intermodal em Benfica, mas também vê vantagens nesta localização.

“Nós queríamos uma estação de metro nas traseiras do Palácio Baldaya, onde vão nascer agora os prédios para arrendamento acessível, e outra na estação de comboios”, afirma Ricardo Marques. A ideia foi debatida com a administração do Metro de Lisboa. Esta, contudo, já tinha outros planos. “Na altura, a administração do Metro disse-nos que, nos estudos financeiros e económicos que fez, não justificava a extensão da linha até à estação de comboios e defendia a colocação da paragem de Benfica Centro na zona da [Avenida] Grão Vasco. Depois de ouvir o argumento deles, tem algum sentido.” E o essencial desse argumento é que a estação ficaria entre o Mercado de Benfica, a Estrada de Benfica, a Igreja de Nossa Senhora do Amparo e a popular pastelaria Nilo. “Fechámos logo.”

“O que nos foi dito foi que o investimento necessário para levar [a linha] dali até à estação de comboios não se justificava, tendo em conta que já existe uma ligação [do metro com a rede ferroviária] na Amadora e existe depois uma ligação em Sete Rios. O investimento necessário para unificar, para criar o hub intermodal, não se justificava”, conta Ricardo Marques. “Falta-me apport técnico para ter um debate desses. Se os milhões que seriam necessários para aqueles 800 metros se justificam ou não, do ponto de vista da operação do Metro. Não sei dizer bem nem mal. Fico contente que vá nascer a estação.”

O autarca revela que há também uma “questão técnica” associada ao traçado: “Para eles é fundamental arranjar outra forma de as composições chegarem à manutenção, à Pontinha, e daí parte do investimento poder ser financiada através dessa operação”. Ao invés do que acontece com as actuais obras de expansão do Metro, esta proposta não está inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Terá de esperar pelos fundos europeus para 2030. 

Benfica tem outros projectos previstos para modernizar aquela zona. Antes de mais, a remodelação do estádio do Clube Futebol Benfica (conhecido como Fofó), que prevê a ampliação das bancadas, a construção de um pavilhão e a criação de um supermercado e dois restaurantes. Depois, a reabilitação do mercado de frescos, mesmo ao lado. E agora a Junta de Freguesia está a debater com a Câmara Municipal de Lisboa o reperfilamento da Alameda Padre Álvaro Proença e, precisamente, da Avenida Grão Vasco. Em cima disso, a Junta foi apurada para a segunda fase de um concurso de financiamento do PRR chamado Bairros Comerciais Digitais, em que vão ser escolhidos 50 projectos a nível nacional para reabilitar o tecido económico local. Benfica pretende 1,3 milhões de euros para digitalizar 374 lojas entre as Portas de Benfica e o Centro Comercial Fonte Nova, que é o eixo principal do projecto; entre a estação de comboios e o Hospital da Luz; na Avenida Grão Vasco; mais os feirantes no mercado de levante e todos os que têm bancas no Mercado de Benfica. Os fundos serão usados ainda para formar os comerciantes para a venda online, para a criação de um marketplace, montagem de mupis digitais, oferta de wi-fi e aquisição de “bancos digitais”, nos quais se poderão carregar telemóveis através de painéis solares.

A freguesia tem um total de 900 estabelecimentos comerciais em funcionamento, que só no ano passado registaram 210 milhões de euros em movimentos SIBS (pagamentos com cartão ou MB way). Se olharmos só para a Estrada de Benfica, são 121 milhões de euros. São somas avultadas. Ainda assim, o volume de negócios é certamente superior. “Conhecendo a nossa população, envelhecida, muitos pagam com dinheiro, não é com SIBS. Para termos uma noção da dimensão financeira desta zona. O Mercado de Benfica é o maior da cidade”, sublinha Ricardo Marques. “Há uma nova centralidade nas freguesias periféricas, que Benfica sempre teve mas tem vindo a crescer, relacionada com os concelhos limítrofes. Muita população de Oeiras, Amadora, Odivelas, e que morava em Lisboa ou fazia toda a vida em Lisboa, vêm fazer vida a Lisboa, mas já não tem paciência para ir para a Baixa, para as Avenidas Novas. Portanto opta pelas freguesias periféricas. Nós temos tido esse efeito positivo. 40% dos clientes do mercado de Benfica são da Amadora. Temos feito estudos todos os anos. 17% são de Odivelas, 7-8% das zonas de Miraflores e Algés. Esta centralidade que se adquiriu nestas freguesias periféricas da cidade mas centrais na Área Metropolitana tem sido um factor de crescimento no comércio.”

“Temos 500 mil pessoas que entram na cidade através de Benfica diariamente. Temos um movimento brutal aqui”, explica por seu lado a vice-presidente da Junta, Carla Rothes, responsável pelos processos de candidatura aos fundos do PRR. A ideia para o bairro comercial digital em Benfica é aproveitar esses movimentos pendulares para aumentar a facturação do pequeno comércio. “As pessoas passam a poder comprar online no pequeno comércio e diversificamos as formas de distribuição”, diz. Há produtos adquiridos online que podem ser entregues em casa, e outros que podem ser deixados em cacifos próprios para serem levantados fora de horas. Para fomentar ainda mais o negócio, este marketplace permitirá acumular pontos e descontos no cartão de débito normal de cada cliente.

O metro será uma peça importante para potenciar esta centralidade económica, além de servir quem ali vive. Mas o presidente da Junta defende que é preciso fazer mais do ponto de vista do transporte colectivo. Considerando necessário descarbonizar a Estrada de Benfica, Ricardo Marques gostaria de ter “um transporte pesado de superfície – há várias soluções – que fosse desde a estação de metro de Amadora-Este até Sete Rios ou Praça de Espanha”. “Precisávamos de um transporte segregado mais eficiente na Estrada de Benfica. É o eixo da cidade com o maior número de carreiras. Em hora de ponta, temos quatro carreiras por minuto. Uma coisa de loucos. Tínhamos de arranjar uma forma racional de tirar viaturas, de tirar transporte público sem perder capacidade de transporte”, afirma.

A Carris tem uma dessas soluções na gaveta: uma linha de LRT (Light Rail Transit), idêntica à do eléctrico 15E, para ligar Falagueira a Santa Apolónia, via Estrada de Benfica, Praça de Espanha, Avenida Duque de Ávila, Praça do Chile, Rua Morais Soares, Praça Paiva Couceiro e Avenida Mouzinho de Albuquerque – ou seja, chegando a Santa Apolónia pelo Vale de Santo António, para onde está previsto um grande projecto de reabilitação urbana, porventura o maior em Lisboa desde a Expo 98. O principal promotor da ideia dentro da empresa, o engenheiro Carlos Gaivoto, disse em Setembro ao jornal local Mensagem de Lisboa que o projecto “pode fazer-se em três anos” e que este permitiria “reconfigurar” a Estrada de Benfica tanto em termos urbanísticos como ecológicos.

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