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Mary Quant
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‘Quant’. A mulher que criou a minissaia

A estreia em televisão do documentário assinado por Sadie Frost, no TVCine Edition, coincidiu com a morte da designer de moda, aos 93 anos.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★★★☆

A morte recente da designer de moda inglesa Mary Quant, com 93 anos, coincidiu com a estreia na televisão do documentário Quant (TVCine Edition), assinado pela actriz e realizadora Sadie Frost. É um trabalho bem inglês, pão, pão, queijo, queijo, sem espinhas nem palha, e em pouco menos de hora e meia, sobre a mulher que na década de 60 esteve para a moda como os Beatles para a música pop e a invenção da pílula para a vida sexual, a criadora da minissaia, que ergueu um império de roupa e cosmética que chegou a incluir produtos como roupa de cama, papel de parede e vinhos. Quant revolucionou a moda, e ajudou a revolucionar os costumes e o estilo de vida ocidental nos anos 60, quando subiu atrevidamente as bainhas das saias das senhoras, tronando-as num das mais emblemáticos símbolos da Swinging London. E conquistou, com esta e outras criações, uma nova geração que não queria ser como a dos pais, a do pós-guerra, do racionamento e da roupa estandardizada e pouco prática. Sadie Frost dá o devido relevo ao marido de Mary Quant, Alexander Plunkett Green, um génio da promoção e das relações públicas que e a acompanhou e apoiou do primeiro ao último dia da sua aventura, ajudando ainda a erguer, desenvolver e consolidar o modelo de negócio da empresa, e a criar o seu filho Orlando; e fala com todas as pessoas certas, de Jasper Conran a Kate Moss e à extravagante Zandra Rhodes. Só é pena que a biografada apareça apenas em imagens de arquivo. Mas como o filme também mostra, Mary Quant, a brilhante, dinâmica e audaciosísima inovadora, era tímida e detestava ser entrevistada.   

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