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Festival de Jazz de Lisboa: a cidade tem swing!

Escrito por
José Carlos Fernandes
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O Festival de Jazz de Lisboa estreia-se no Teatro São Luiz, numa co-produção com o Hot Clube de Portugal. Cinco dias que misturam músicos portugueses e estrangeiros e veteranos e iniciados.

Nas últimas duas ou três décadas multiplicaram-se os festivais de jazz por todo o país, mas, paradoxalmente, Lisboa não tinha nenhum festival que levasse o seu nome – agora já tem e propõe cinco dias de concertos e workshops, estes últimos dedicados aos jovens que estão a dar os primeiros passos nesta via.

Os concertos arrancam com a Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal & John Hollenbeck (Qua, 21.00, 9-17€). A big band do HCP, que existe desde 1991, convidou o baterista americano John Hollenbeck, com vasto curriculum como compositor (não só no jazz como na música “erudita”) e que há mais de duas décadas lidera o Claudia Quintet e o John Hollenbeck Large Ensemble, constituído por 18jazzmende elite – em Lisboa terá idêntico número de músicos.

O Bernardo Moreira Sexteto (Qui. 21.00, 10€) apresenta “Entre Paredes: A música de Carlos Paredes”, que retoma um projecto materializado no CD Ao Paredes Confesso (2003). Nesta ocasião, a homenagem contará com João Moreira (trompete), Tomás Marques (sax), Mário Delgado (guitarra), Ricardo Dias (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Joel Silva (bateria). O concerto João Barradas & Mark Turner (Qui, 22.30, 10€) reúne uma jovem promessa portuguesa do acordeão, nascida em 1992, a um americano consagrado do jazz, que nasceu em 1965, fez a primeira gravação (como sideman de Delfayo Marsalis) no ano em que Barradas nasceu e lançou o primeiro disco como líder (Yam Yam) três anos depois; os discos mais recentes são Faroe (2018), em duo com Mikkel Ploug, e Temporary Kings (2018), em duo com Ethan Iverson. O grupo conta ainda com Simon Moullier (vibrafone), Luca Alemanno (contrabaixo) e Naíma Acuña (bateria).

Filipe Raposo (Sex, 21.00, 10€), que se estreou em nome próprio com First Falls (2012), em trio com contrabaixo e bateria, seguido por A Hundred Silent Ways (2013), em piano solo e mesclando música tradicional portuguesa, Bach, fado e música sefardita, e Inquietude (2015), em quarteto, regressa ao formato solo com Ocre, disco que será apresentado nesta ocasião. Com o Coreto (Sex, 22.30, 10€), o palco do São Luiz volta a encher-se: a big band da Associação Porta-Jazz apresenta música do recente Analog (2017). Com similar número de músicos, mas idades bem mais tenras, a Big Band Júnior (Sáb, 16.00, 7€) quer aliciar os mais novos para o mundo do jazz, através de um concerto (com comentários de Inês Laginha) de natureza aberta e que privilegia a interacção com o público.

O baterista Jeff Williams (Sáb. 21.00, 10€) alia-se, no projecto anglo-luso-americano Lifelike, a Gonçalo Marques (trompete), John O’Gallagher e John Arcoleo (saxes) e Sam Lasserson (contrabaixo). O João Lencastre’s Communion (Sáb. 30, 22.30, 10€), que é também liderado por um baterista, já conheceu várias encarnações e, após discos em quinteto, quarteto e trio, apresenta-se agora em versão expandida, com Ricardo Toscano e Albert Cirera (saxes), André Fernandes e Pedro Branco (guitarras), João Paulo Esteves da Silva (piano), João Hasselberg (baixo, electrónica).

O festival encerra com a Workshop Jazz Band & Greg Cohen (Dom, 16.00, grátis), o concerto final dos workshops com jovens das escolas de música desenvolvidos entre quarta e domingo pelo contrabaixista americano, que tem sido parceiro regular de John Zorn, Tom Waits e Woody Allen.

Teatro S. Luiz, Qua-Dom, 14.00-02.00, Qui, 21.00-02.00, grátis-36€.

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