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Jolie Su. Os chapéus polacos que levantaram voo em Lisboa

Escrito por
Maria Ramos Silva
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Depois da roupa, acessórios e joalharia, a designer polaca Alexandra lança a nova colecção de chapéus 13.1, uma homenagem aos antigos ateliês em vias de extinção. 

Há peças como o Bird Hat, ou chapéu pássaro, que ganham asas nos sonhos e são criados para acrescentar um pouco de conto de fadas e magia ao tempo que passamos bem despertos. É o caso do acessório da imagem, mas há muito mais histórias a descobrir, que apelam a memórias, apontam para o futuro e satisfazem utilizadores menos ousados, com um espírito Poupas moderado. É o caso do modelo Maryla, uma referência à avó de Alexandra, ou do Red Avocato, inspirado no trabalho artístico do italiano Paolo Scheggi. Têm todos assinatura desta polaca, designer de moda há cinco anos. 

Jolie Su

Com a sua Jolie Su, já se aventurou na roupa, acessórios, joalharia e sapatos. Actualmente, dedica-se em exclusivo à produção artesanal de chapéus. "Este projeto é muito pessoal e importante para mim e por isso, não quero, para já, distrair o publico com outras peças e acessórios, apesar do meu stock ter vestidos, t-shirts, saias, calças, sapatos, malas e muito mais."

Entretanto, se quiser conhecer mais, marque na agenda os dias 21 e 22 de Abril, quando as peças estiverem disponíveis em mais uma edição do Fashion Deli Lisbon Fashion Market, outra iniciativa de Alexandra, que aterrou em Lisboa em 2013, à boleia de uma bolsa para estudar no IADE. "Imediatamente apaixonei-me pela cidade e decidi ficar até hoje. Lisboa inspira-me a cada dia. A luz, o clima, os edifícios, as ruas, o Tejo. E também a maneira de viver. Gosto muito de aqui estar."

Jolie Su

Acontece que a geografia acaba por ser um detalhe quando o assunto é a criação. Para a designer, a principal fonte de inspiração é internacional, com raízes que cresceram da observação que vai fazendo do mundo, "onde tudo “mass” e “fast” ou “luxurious” e “glam”". Facto é que a profissão de modista é apenas uma das que se debate com o impacto das novas formas de consumo. "Não me importa se é na Polónia ou em Portugal, são raros os ateliês de chapéus onde os façam 100% à mão. O nome da colecção serve para ilustrar isto mesmo: nos anos 50, na minha cidade na Polónia, havia 13 ateliês e hoje só existe um". 

Jolie Su

O resistente chama-se Modena e é a mesma casa onde a mentora da Jolie Su aprendeu a fazer chapéus. E se dúvidas restassem depois de ver a foto em destaque, que fique claro que estes acessórios não querem enfeitar cabeças antiquadas. "O meu desejo e objetivo não é unicamente saber como fazer um chapéu mas também criar chapéus modernos, de modo a chamarem a atenção e serem usados por mulheres e jovens contemporâneas."

Por agora, são produzidos na Polónia, mas o plano de Alexandra é transferir gradualmente o processo para Portugal. Quanto ao nome da marca, que é também o seu apelido, aponta para o perfil de "uma rapariga muito feminina e sensível, mas também, forte e corajosa, que gosta divertir-se". E se o alvo tanto pode ser você aí desse lado, há pelo menos duas pessoas que ela adorava ver com chapéus feitos por si, Madonna e Ronaldo. Afinal as criações são unissexo e basta não ter medo de se arrojar. 

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