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Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense
Luis Pavão

O Pátio das Antigas: A grande fiação à beira do Tejo

A Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, em Santo Amaro, foi durante anos a maior de Lisboa e a mais importante de todo o país. Abriu em 1838 e foi dissolvida após a I Guerra Mundial. Nas suas instalações encontra-se agora a LxFactory.

Escrito por
Eurico de Barros
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Foi há quase 200 anos, em 1838, que um grupo de homens de negócios de Lisboa se juntou para criar a maior fábrica de têxteis da capital, que foi também, durante muitos anos, a maior do sector em Portugal, baptizada Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense. No início, as instalações da companhia estavam em três locais separados da cidade, até os seus responsáveis perceberem que tal não fazia sentido, por não ser prático e agravar os custos de funcionamento, tendo começado a procurar um edifício para as concentrar.

A fábrica passou então para o Convento de Xabregas, em 1840, mas rapidamente se viu que estas instalações também não eram adequadas, pelo que se decidiu construir um edifício próprio para o funcionamento da fiação, da tecelagem e dos restantes serviços. O local escolhido foi a zona de Santo Amaro, com vista para o rio Tejo. A fábrica foi inaugurada em meados desse século, dispondo de uma moderna e potente máquina a vapor. Não parou de crescer até ao início do século XX, sendo-lhe acrescentado edifício atrás de edifício, manufacturando todo o tipo de fios e de tecidos. A tinturaria foi instalada em Almada e foi também erguido um dos primeiros bairros operários do nosso país, com escola primária, creche e até corpo de bombeiros. A Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense fechou pouco após a I Guerra Mundial. Hoje encontra-se lá a LxFactory.

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