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Sandra Ruiz
Francisco Romão PereiraSandra Ruiz

Sandra Ruiz, a deusa do pozole

Abriu um restaurante no pacato Multicentro, em Entrecampos, mas mesmo assim conseguiu fazer do seu Potzalia, com comida tradicional mexicana, um sucesso. A demanda tem sido tanta que Sandra aventura-se agora num segundo espaço, o RePotzalia.

Teresa David
Escrito por
Teresa David
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Chef ou cozinheira?
Cozinheira. 

Actividade favorita quando não está a cozinhar?
Estar com a família. 

O melhor prato tipicamente português?
Choco frito ou polvo à lagareiro. Adoro. 

Livro de cozinha favorito? 
Não é muito conhecido, mas chama-se Comida prehispánica de México e fala da comida antes da chegada dos espanhóis. 

Se tiver amigos de fora em Lisboa, onde é que os leva a jantar?
Floresta da Estefânia, de comida portuguesa. 

Se só pudesse fazer uma refeição por dia, qual é que seria?
Tacos. Como todos os dias e ainda não me fartei. 

O que é que não suporta comer?
Farinheira. Consigo comer, mas o sabor faz-me alguma confusão. 

Para quem gostaria de cozinhar?
Há uns comediantes que quando fazem tours pelo mundo procuram comida mexicana. O Gabriel Iglesias, por exemplo, seria muito bom. Sabe comer muito bem e eu gosto de alimentar as pessoas que querem ser alimentadas. 

O que é que prepararia?
Um pozole, porque é o maior êxito, e, claro, tacos. 

O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?
Não somos pessoas [Sandra e o marido] de ir a restaurantes. Não conhecemos muito esse mundo por protecção ao nosso filho, que é autista. Faz-nos muita confusão se ele não estiver contente e se estiver stressado.

Qual foi o prato que mais dores de cabeça lhe deu?
Barbacoa, muito típico no Centro Este do México. Para preparar a carne tem de se fazer um furo no chão, aquece-se com pedras e depois deixa-se aí 12 horas. É um problema [risos]. 

Programa de culinária favorito?
Quando era miúda via um programa chamado Cocinando con Chepina Peralta. Aprendi muitas receitas. 

Palavrão favorito quando se entorna o caldo?
Mierda.

Sobremesa predilecta?
Gosto muito dos tamales doces [massa de milho cozida a vapor em folha de banana e recheada] e das conchas mexicanas [um pão doce]. 

Colher de pau ou de borracha?
Eu gosto mais de pau, mas como agora já não é permitido não usamos. 

O que é que nunca pode faltar no frigorífico?
Tortilhas. 

Qual foi a coisa mais estranha que já comeu e onde?
Não me lembro do nome, mas foi no Japão. Era um feijão podre, um espectáculo para eles, mas para nós que não estamos habituados...

E qual foi a coisa mais surpreendente?
O choco frito. Não esperava que aquela textura e aquela combinação fosse tão boa, mas tenho de levar molhos picantes. [risos]

A melhor bebida enquanto cozinha?
Água de jamaica [uma bebida com hibisco] é a minha bebida favorita. 

Condimento favorito?
Alho. Tudo leva alho. 

O que é que faz se só tiver dois ovos?
Ovos divorciados [um prato típico do pequeno-almoço mexicano].

Qual foi o primeiro prato que serviu?
Foram enchiladas mexicanas. Arrisquei muito porque é um prato que exige algum nível de expertise que eu na altura não tinha, mas ficou bem. 

Qual é a pergunta que mais lhe fazem sobre comida?
Se temos picantes mais picantes. E temos, mas não para todos. [risos]

Onde janta quando está de folga?
Temos uma marisqueira perto de casa a que já vamos há muitos anos e já estão habituados a que o meu filho se comporte de forma diferente. Chama-se Ponto Verde, no Seixal. 

Petisco favorito?
Chicharroncitos [uma espécie de torresmos] com molhos picantes, lima… Os snacks têm sempre de ser picantes. Às vezes também compramos tremoços para casa e antes de servir adicionamos um molho picante e deixamos marinar umas horas.

Um sítio para comer bom e barato?
Refúgio dos Sabores [os vizinhos do Potzalia no Multicentro], tradicional português. Cozinham muito bem e são muito amigáveis. 

O que come ao pequeno-almoço?
Café, sumo de laranja, bolachas e quase sempre fazemos verduras e ovos mexidos ou tostas... Para nós, os mexicanos, o pequeno-almoço não é pequeno, porque depois o almoço é só às 15.00 e o jantar é uma coisa leve. 

Qual seria a sua última refeição?
Tacos de carnitas. 

O que leva para um jantar para o qual foi convidada?
Quesadillas e guacamole. 

Melhor região de vinhos em Portugal?
Gosto mais do Douro. Não bebo porque tenho alergia ao vinho, mas consigo provar um bocadinho. 

*Este artigo foi originalmente publicado na edição Primavera 2023 da revista Time Out Lisboa

Questionário ao chef

  • Restaurantes

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No espaço de poucos meses, Luís Gaspar abriu dois restaurantes – o Pica-Pau, no Príncipe Real, e o Brilhante, no Cais do Sodré, onde já tem a Sala de Corte. Não há trabalho que o assuste, nem projecto que faça por pouco.

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