A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
Yung Lean
© Brandon BowenYung Lean

Dez concertos a não perder no Vodafone Paredes de Coura

Há 30 anos que o festival minhoto nos dá música e há cerca de 25 que é uma referência para os fãs mais atentos. De Snail Mail a Yung Lean, eis os concertos a não perder.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
Publicidade

O icónico Vodafone Paredes de Coura celebra 30 anos e é das raras instituições estivais que, indiferente à passagem dos anos, se mantém meio fiel às suas origens. É verdade que as sonoridades que se ouvem no anfiteatro natural de Paredes de Coura não são só as que se ouviam nos 90s, mas o festival sempre foi acompanhando as tendências – do trip-hop ao nu-metal, do pop-punk ao indiezinho dos anos zero – e continua a fazê-lo, dando agora espaço ao trap singular do sueco Yung Lean ou à pop afro-futurista de Sudan Archives. Para os espíritos mais conservadores, porém, há música indie à antiga. Estão lá os Yo La Tengo, santos padroeiros do indie rock americano; os Wilco, referência maior do rock e da alt-country americana; The Brian Jonestown Massacre e o seu rock psicadélico, garageiro e errático, servido com muita selvajaria; ou ainda Les Savy Fav, magnífica banda de indie rock com quase tantos anos como o Paredes de Coura; e os regressados The Walkmen. Estas e outras bandas e artistas são boas razões para rumar ao Minho mais uma vez.

Recomendado: Vila do Conde, a cidade de todas as curtas

Dez concertos a não perder em Paredes de Coura

Snail Mail

Tem sido um privilégio ver crescer Lindsey Jordan, a cantora e compositora que lidera e se confunde com os Snail Mail. Do rock de baixa definição dos primeiros EPs, gravados ainda no liceu, à sonoridade mais pop e ambiciosa de Valentine (2021), passando pelo indie rock com tudo no sítio do álbum de estreia pela Matador, Lush (2018), ela tem sabido limar as arestas do seu som sem abdicar do que a torna especial. Não é por acaso que as novas canções retêm uma certa crueza e os versos continuam tão lacerantes como eram dantes.

Palco Yorn. Qua 16. 19.45

Yo La Tengo

Os Yo La Tengo são um fenómeno raro. Os fundadores Ira Kaplan e Georgia Hubley fazem música juntos há quatro décadas – sem interregnos nem quebras de forma – e, apesar de ter passado uma legião de baixistas pelo grupo durante os 80s, há mais de 30 anos que James McNew completa a formação do power trio americano. São uma instituição indie e influência para sucessivas gerações de músicos, recusando a tentação de se tornarem uma banda de versões deles próprios. Editaram este ano mais um discaço, This Stupid World.

Palco Vodafone. Qua 16. 20.35

Publicidade

The Brian Jonestown Massacre

Mais um exemplo de longevidade, mas não de estabilidade. Desde o início dos 90s que The Brian Jonestown Massacre orbitam em torno do mercurial cantor, guitarrista e compositor Anton Newcombe, e exploram um vasto leque de sons e tonalidades psicadélicas. Porém, foram raros os anos em que a formação se manteve inalterada. Da última vez que tivemos notícias deles, eram um septeto. No entanto, quando finalmente chegarem a Paredes de Coura, podem já não ser. The Future Is Your Past, de 2023, é o seu mais recente disco.

Palco Vodafone. Qui 17. 20.15

Sudan Archives

A violinista, cantora e compositora afro-americana Brittney Denise Parks sabe o que faz. Em Natural Brown Prom Queen, segundo álbum e obra-prima de 2022, ouvimos a autodidacta multi-instrumentista a inventar novos futuros para a pop, apropriando-se do r&b, do hip-hop, do electro e das músicas tradicionais do continente africano para criar algo novo. E só dela.

Palco Yorn. Qui 17. 21.00

Publicidade

The Walkmen

Entre 2000 e 2013, The Walkmen deram cartas na cena indie americana. Os seus discos foram celebrados pela crítica e o público mais atento e, durante aqueles anos em que o género flirtou com o mainstream, contaram-se entre os seus principais embaixadores, chegando a dar um concerto num episódio da série televisiva The O.C. Depois de uma década separados, reuniram-se este ano e fizeram questão de voltar a Portugal – o romance com o país é antigo e até chamaram Lisbon ao penúltimo álbum, em 2010.

Palco Vodafone. Qui 17. 22.00

Yung Lean

O sueco é um dos rappers mais visionários do último par de décadas. Sem exagero. Começou por dar nas vistas no Soundcloud e no Youtube, logo em 2013, e o seu trap estranho mas 100% real, tão sensível como desabrido, não tardou a captar a atenção de alguns dos nomes mais influentes da música experimental norte-americana e global. Pioneiro do cloud-rap, do emo-trap e (por portas travessas) do hyperpop, grava e trabalha frequentemente com os conterrâneos do Drain Gang, que ainda há pouco vieram ao Primavera Sound portuense. Não sabemos o que esperar da sua estreia ao vivo em Portugal, no Vodafone Paredes de Coura, mas será especial. 

Palco Vodafone. Sex 18. 22.15

Publicidade

Little Simz

A rapper, cantora e compositora londrina é um nome cada vez mais destacado da música feita nas ilhas britânicas, e tão apreciada pelo público como pela crítica. O disco Sometimes I Might Be Introvert, de 2021, valeu-lhe um Mercury Prize; e o seu sucessor, No Thank You, foi editado no final do ano passado e igualmente celebrado.

Palco Vodafone. Sex 18. 01.45

Sleaford Mods

A história dos Sleaford Mods começa em Nottingham, no mesmo 2007 em que o trabalhista Gordon Brown substituiu Tony Blair à frente do governo britânico. Mas foi só quando o conservador David Cameron chegou a primeiro-ministro e as pessoas passaram a sentir o peso da austeridade no lombo que começaram a dar que falar, à boleia de um disco chamado… Austerity Dogs (2013). Desde então, o Partido Conservador nunca mais largou o poder, a vida ficou cada vez mais difícil para a população daquelas ilhas, e eles revelaram-se os melhores cronistas destes anos de perpétuo declínio, com as suas letras ácidas e instrumentais ríspidos e electrónicos, feitos de punk e hip-hop.

Palco Vodafone. Sáb 19. 19.30

Publicidade

Les Savy Sav

Por falar em punk, poucas bandas representam tão bem as possibilidades ilimitadas do género como os norte-americanos Les Savy Sav. Liderados pelo carismático vocalista Tim Harrington desde a década de 90, bebem do pós-hardcore, do noise e do indie rock. E os seus concertos são celebrações de tudo o que há de bom na vida. Só é pena não lançarem um álbum desde o óptimo Root for Ruin, de 2010.

Palco Yorn. Sáb 19. 22.10

Wilco

Desde meados da década de 90 que os Wilco estabelecem as fronteiras que ainda separam o indie rock da música country americana. Apesar de o seu melhor disco, Yankee Hotel Foxtrot, ter sido editado há mais de 20 anos, nunca pararam de arriscar e de fazer coisas novas. E não dão sinais de querer parar. Ainda no ano passado, lançaram o duplo álbum Cruel Country e já anunciaram que o próximo, Cousin, vai sair em Setembro.

Palco Vodafone. Sáb 19. 23.00

Não saia do Minho

  • Coisas para fazer

Areais de perder de vista, bares com bons comes e bebes, muitas ondas e muito vento, claro, um bom aliado para quem pratica windsurf, por exemplo. Agora que o Verão está instalado, fizemos-lhe uma compilação das melhores praias do Minho para que possa aproveitar esta época balnear ao máximo. Damos-lhe sugestões do que ver e fazer nas redondezas, o que comer nos restaurantes e como chegar aos sítios sem dramas ou complicações. Pegue na toalha, no protector solar e nesta lista, e faça-se à estrada. Boas férias.

  • Viagens

São lugares com uma vasta riqueza natural, histórica e gastronómica, cápsulas de um tempo em que a vida corria devagar. Partimos à procura das mais belas aldeias minhotas e chegámos a Soajo, Sistelo, Lindoso e Castro Laboreiro, que merecem, no mínimo, pelo menos uma visita nesta vida. Prepare as pernas e as câmaras fotográficas. Mas há mais para fazer por estas bandas. O Minho é rico em bonitas praias, pastelarias com doces de perder a cabeça, e uma série de galerias de arte que deve visitar. Leia o que se segue e fique a conhecer esta região um pouco melhor.

Publicidade
  • Saúde e beleza
  • Spas

Nas águas e no verde do Minho encontra tudo o que precisa. Do Gerês a Viana do Castelo, de Melgaço a Guimarães. A água, de múltiplas origens, ajuda a relaxar o corpo e a mente. Para que a experiência seja completa, nestes lugares não faltam massagens (algumas delas recorrem a chocolate para um relaxamento a um nível muito à frente) e práticas de reflexologia, uma terapia alternativa que consiste na aplicação de pressão nos pés e nas mãos de forma a produzir em efeitos em outras partes do corpo. Sairá daqui novo, vai ver.

  • Hotéis

Para respirar ar puro e lavar a alma, escolha alojamentos amigos do ambiente, mas sem sacrificar o conforto. Aqui, onde o Minho é ainda mais verde, encontra alojamentos de charme rústico, mas com as mordomias da modernidade. Rodeados de árvores autóctones, em harmonia com a natureza, com o chilreio dos pássaros e o cheiro das flores e frutos. Com casas em pedra e madeira, piscinas naturais, painéis solares, jardins biológicos ou até com quintas que funcionam como santuário para animais e para a flora selvagem. Lá fora, o verdejante Minho convida a caminhadas, a desportos e aventuras.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade