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Aldeias, as pequenas maravilhas do Minho
Conheça estas quatro aldeias minhotas. São tesouros bem preservados e com paisagens dignas de postais
São lugares com uma vasta riqueza natural, histórica e gastronómica, cápsulas de um tempo em que a vida corria devagar. Partimos à procura das mais belas aldeias minhotas e chegámos a Soajo, Sistelo, Lindoso e Castro Laboreiro, que merecem, no mínimo, pelo menos uma visita nesta vida. Prepare as pernas e as câmaras fotográficas.
Mas há mais para fazer por estas bandas. O Minho é rico em bonitas praias, pastelarias com doces de perder a cabeça, e uma série de galerias de arte que deve visitar. Leia o que se segue e fique a conhecer esta região um pouco melhor.
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Aldeias, as pequenas maravilhas do Minho


Soajo
Este é um lugar especial para perceber a importância da existência em comunidade e testemunhar modos de vida que estão a desaparecer. Erguida num enorme monte granítico, a eira comunitária de espigueiros tem mais de 200 anos e continua a ser usada para guardar e secar o milho. Visite os monumentos megalíticos, as lagoas do rio Adrão e a faustosa flora da serra, onde pode encontrar uma das raras plantas carnívoras de Portugal: a orvalhinha, de hábitos insectívoros.
Onde comer
A Casa de Videira aposta no cabrito, nos bovinos de raça Cachena e no sarrabulho. O restaurante Saber ao Borralho varia os pratos conforme o quotidiano da aldeia, as épocas festivas e as colheitas; pode contar com bacalhau com broa, miminhos do lombo e posta barrosã com batata a murro e arroz de feijão. Procure ainda produtos locais como o mel, o pão-de-ló de Soajo, as laranjas de Ermelo e o feijão tarrestre, uma variedade antiga e autóctone desta zona, de tamanho miúdo e com várias colorações.
Onde dormir
Casas típicas há muitas. Como a Casa do Souto, do Eiró, dos Videiras e a de João Fidalgo, uma das maiores da aldeia. O Parque de Campismo da Travanca, em pleno bosque, é outra opção.


Sistelo
É um dos mais belos exemplos da natureza moldada pela mão humana. A paisagem de Sistelo valeu-lhe a classificação oficial de monumento nacional e a informal de “Tibete português”, devido aos socalcos e ao silêncio bucólico. Pela verdejante escadaria do Sistelo pastam vacas cachenas e barrosãs e cultiva-se milho e feijão tarrestre. Visite o castelo (um palácio do século XIX), o miradouro do Chã da Armada, a ecovia do Vez, as capelas e a praia fluvial. Caminhe pelos percursos pedestres e coleccione fotografias da paisagem e das vacas fotogénicas, habituadas a turistas.
Onde comer
No café Tasquinha pode provar petiscos, mas o ideal é preparar um farnel e desfrutar da envolvência verde, fazendo um piquenique no parque de merendas da Portela de Alvite. Se precisar de um almoço ou jantar reforçado, a 20 quilómetros da aldeia encontra restaurantes como o Casa Real, instalado num antigo matadouro, e o Costa do Vez – aqui, opte pela posta de lombo de vitela ou pelo cabrito assado, mais a trilogia, uma sobremesa exclusiva que junta três doces tradicionais arcuenses.
Onde dormir
Há casas bem recuperadas como a Casa da Terezina, do Forno, da Ferreirinha e as Casas dos Avós, com cozinha completa e bem equipada – dá jeito, tendo em conta a distância dos restaurantes.


Lindoso
Espigueiros há muitos, mas este é o maior núcleo da Península Ibérica. São 64 no total, de diferentes tipologias, construídos no século XVIII. Uns metros acima ergue-se o Castelo do Lindoso. Foi mandado construir no reinado de D. Afonso III mas era a menina dos olhos de D. Dinis, que aqui residia quando ia caçar ao Gerês. Foi importante na estratégia da defesa fronteiriça e hoje alberga um museu. Calcorreie os percursos pedestres, abasteça-se de água fresca na Fonte da Tornada, veja gravuras rupestres, visite os moinhos e a barragem do Lindoso, o mais potente produtor hidroeléctrico em Portugal.
Onde comer
Nas margens da albufeira, o restaurante Lindo Verde serve porções generosas de posta de vitela, cabrito assado e cozido à portuguesa. Mais acima, nas imediações do castelo, o restaurante São Martinho especializa-se na posta barrosã. Se não se importar de se afastar um pouco da aldeia, vá à Adega do Artur provar gastronomia minhota de sabor caseiro.
Onde dormir
A Casa da Fonte da Tornada, que conserva um museu dedicado ao quotidiano da população local, ou a Casa do Assento – reza a lenda que daqui saíam fornadas de pão para o castelo através de um túnel subterrâneo.


Castro Laboreiro
É uma aldeia particularmente rica em legados arqueológicos, arquitectónicos e culturais. O castelo, apesar de em ruínas, merece uma visita. Veja os moinhos, miradouros e uma das maiores necrópoles megalíticas da Europa, vá em passeios de jipe, de BTT e em canyoning no rio. Atenção ao cão Castro Laboreiro – este gentil gigante é uma das raças mais antigas da Península Ibérica.
Onde comer
Suba à sala panorâmica do restaurante Miradouro do Castelo para apreciar os montes e vales do Gerês e uma ementa recheada de propostas da gastronomia local. Experimente o borrego ou o cabrito assado em forno a lenha e beba um copo de Alvarinho, a casta nobre da região dos vinhos verdes. No restaurante Miracastro, o bacalhau com broa é famoso, mas tem outras opções, como o cabrito serrano e os grelhados de vitela barrosã. Gente gulosa não deve perder a pastelaria Castrejinha, para se abastecer de bolos e produtos locais.
Onde dormir
No rio há dois moinhos da extinta fábrica de chocolate Caravelos, recuperados para turismo rural. Pode ainda ficar numa típica casa castreja ou no ambiente mais moderno da albergaria Miracastro e do hotel Castrum Villae.
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Férias de Verão, escapadinhas ou um fim-de-semana. Qualquer uma das hipóteses é uma boa desculpa para fazer as malas e partir à descoberta do Gerês, um dos paraísos no Norte de Portugal. A equipa da Time Out explorou aldeias e serras, provou a gastronomia local e preencheu este artigo com boas histórias. No fim? Ficámos com muita vontade de voltar. Siga-nos o rasto.
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