A ideia de criar um colectivo já estava lá há muito tempo, mas foi durante a pandemia que Stephanie Wruck e a mãe, Gabriela Albuquerque, puseram mãos à obra. Foi assim que nasceu o Coletivo Amarelo, um colectivo de arte que quer fomentar novas formas de consumo, discussões temáticas e programação de eventos culturais. Depois de um ano a funcionar apenas no digital, o colectivo de Stephanie e Gabriela inaugura finalmente a primeira exposição física. Chama-se “Entorno”, conta com a participação de sete artistas internacionais e pode ser vista entre 13 e 28 de Novembro na Fábrica Braço de Prata, em Marvila. A entrada é livre.
Mas o que é isso do “entorno”? A co-fundadora e diretora criativa do Coletivo Amarelo explica. “No ano passado reparei que, com a pandemia, ficámos imersos no digital. Estávamos todos presos em casa e as únicas coisas que restavam eram os entornos físicos que funcionaram como inspiração para a arte”. É destas peças que espelham os arredores físicos dos artistas que nasce a primeira exposição física do colectivo. “Entorno” conta com cerca de 100 peças de sete artistas: Juliana Matsumura, Osias André, Gabriela Albuquerque, Eduardo Dias, Roberta Goldfarb, Natália Loyola e Martim Meirelles. Além de fotografia, há também pinturas e instalação de vídeo.
“Os artistas presentes na exposição são de países como Estados Unidos da América, Brasil ou Moçambique, mas todos têm em comum uma ligação com Portugal”, explica Stephanie. Há luso-descendentes, artistas que já passaram por território nacional ou que, de alguma forma, já conheciam a cultura e a língua portuguesa. No entanto, a directora criativa admite que esta conexão entre os artistas foi na verdade uma feliz coincidência que foi descoberta após os artistas já estarem alinhados para a exposição.
A inauguração acontece já no próximo sábado, dia 13 de Novembro, e vai contar com a presença dos artistas e das fundadoras do colectivo. Como qualquer celebração, vai também haver bebidas para quem marcar presença no segundo piso da Fábrica do Braço de Prata. Nos restantes dias, a exposição vai continuar de portas abertas com horários que vão ser comunicados nas redes sociais do Colectivo Amarelo, assim como algumas actividades que ainda estão a ser planeadas. “Estamos a pensar fazer visitas guiadas com os artistas”, revela Stephanie.
Quem quiser visitar a exposição e ficar por lá noite adentro, pode consultar a programação da Fábrica do Braço de Prata e aproveitar os concertos e DJ sets.
Antes desta exposição, o Coletivo Amarelo já tinha protagonizado um workshop no pop-up Casa do Capitão, no Hub Criativo do Beato. Dado o sucesso do evento, as fundadoras prometem repetir o formato, assim como palestras e exposições já a partir do próximo ano. É ficar atento às redes sociais para não perder pitada.