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Shareacar: a nova forma de pôr o carro a render

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Facilitam as deslocações (embora nem sempre), mas são uma fonte de despesas (sempre). Se tem o carro parado ou há dias em que prefere optar por outro meio de transporte, pés incluídos, não precisa de ter o carro a ganhar pó. A plataforma Shareacar é portuguesa e fomos ver como é que isto funciona. 

O preço dos carros começa a desvalorizar mal põe as rodas na rua. Mas há uma nova forma de atenuar as despesas associadas à sua manutenção, entre mecânico, seguro, selo ou parques de estacionamento e garagens.

Este tipo de modalidade é o que se chama de peer to peer car rental, como explicou o co-fundador Zé Francisco Leitão de Sousa, ou "o Airbnb dos carros, que é a maneira mais fácil de se perceber". Acedendo ao site oficial da plataforma rapidamente se familiariza com o que lhe é apresentado. Uma lista de carros para alugar com o preço diário, onde o mais barato (no momento em que escrevemos este artigo) era um Smart Fortwo de 2010 por 30€ por dia (e 210€ por semana ou 900€ por mês) e que pode ser apanhado na zona da Avenida da Liberdade. Insere-se a data de check in, a data de check out, a hora de partida e a de chegada e faz-se a reserva. Quando for levantar o carro (no sentido figurado, porque mesmo este é pesadote) há toda uma folha de registo para preencher com dados pessoais ou o nível do tanque de combustível e assinalar mossas e riscos existentes na carroçaria. E no fim pode avaliar o serviço de 1 a 5 estrelas.

E como é que surgiu esta ideia? "Por uma experiência própria minha. Queria alugar uma Volkswagen pão-de-forma e fartei-me de procurar na internet. Acabei por encontrar no OLX. Combinei com o dono da carrinha, encontrámo-nos numa bomba de gasolina e eu troquei as chaves e a carrinha pelo dinheiro, não houve nenhum contracto, nenhum termo de responsabilidade e na altura aquilo pareceu-me um bocadinho estranho. Fui, vim, correu tudo bem, mas pensei: correu bem, mas podia ter corrido muito mal. Aí surgiu a ideia de tentarmos profissionalizar este gap que identificamos no mercado e criarmos uma plataforma de aluguer de carrinhas, a Share a Van. Começámos a bater à porta de seguradoras, mas não nos quiseram ouvir, porque eram carrinhas antigas, com muitos problemas. Aí batemos com a cabeça na parede e surgiu a ideia: e se fossem carros? Em dez segundos no Google percebemos que há N players espalhados pelo mundo a fazer o que é o peer to peer car rental. Mas em Portugal não havia nenhum. Há imensos carros, é um país com a cultura de carro próprio, e há imensos viajantes. E está a ser uma viagem incrível.", contou Zé Francisco.

Zé Francisco Leitão de Sousa, co-fundador da Shareacar
©zemariara

Nem todos os carros podem fazer parte da Shareacar. A equipa está a trabalhar para que todos possam, mas nesta fase, e na sequência do compromisso com a actual seguradora, existem dois limites de carros: não podem ter mais de dez anos, nem um valor inicial acima dos 50 mil euros. Mesmo assim, e nesta fase de arranque, já existem cerca de 150 carros activos na plataforma. Uns vão saindo, outros vão entrando, mas há de todos os tipos e feitios, de todas as cores, dos mais económicos aos monovolumes, jipes ou carrinhas.

Neste momento a Shareacar só opera em Lisboa, embora o viajante possa passear por Portugal continental, mas até ao final do ano vai chegar ao Porto. Nos primeiros meses de 2018 nada até à Madeira e Açores e o Verão será a altura de rumar ao Algarve.

Veja aqui o vídeo: 

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