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Um Assunto Privado
Manuel Fernandez-ValdesUm Assunto Privado

‘Um Assunto Privado’ é uma overdose de peripécias e lugares-comuns

A série da Amazon Prime Video é um pastiche repetitivo e cheio de anacronismos que ganharia em ser mais curta. Nem Jean Reno ajuda.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★☆☆☆

Na Galiza de finais dos anos 40, Marina Quiroga (Aura Garrido), a filha de um célebre e falecido inspector da Polícia de Vigo, põe-se a investigar, com a ajuda de Hector (Jean Reno), o seu mordomo, e contra a vontade da mãe e do irmão mais velho, também ele polícia, e que a querem ver casada e sossegada, o caso de um assassino em série que anda a matar prostitutas, marcando-as com a imagem de uma flor de lis. Este Um Assunto Privado (Amazon Prime Video) não inventa nada. É um pastiche, por um lado, daquelas séries policiais juvenis anglo-saxónicas em que um jovem e intrépido detective amador (neste caso, amadora) envergonha a polícia com a sua coragem, perspicácia e deduções; e, pelo outro, dos velhos filmes em episódios com enredos rocambolescos e acção a 100 à hora, que não dão tempo aos espectadores para respirar entre uma sequência e outra. A série funciona em overdose de peripécias, lugares-comuns (com muita repetição – perdemos a conta às vezes em que a heroína quase é estrangulada pelo assassino), e de anacronismos, e “estica” para oito episódios o que podia muito bem ter sido contado em menos. Aura Garrido já tem 33 anos e nota-se por demais, e Jean Reno está pouco à-vontade e titubeante, talvez por não dominar bem o espanhol. Caso encerrado.

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