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‘iMLOVE – O Hacker do Amor’, uma série felizmente curta

A julgar por ‘iMLOVE – O Hacker do Amor’, da RTP Lab, ainda há bastante trabalho a fazer em termos de ficção televisiva encorpada, congruente e potável.

Escrito por
Eurico de Barros
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★☆☆☆☆

A acreditarmos em iMLOVE – O Hacker do Amor (RTP Play), a forma da Polícia Judiciária combater o cibercrime e detectar os hackers consiste em ter os agentes em frente aos seus computadores e a monitorizar câmaras de vigilância um pouco por toda a parte, para os irem prender logo que eles ponham o pé em ramo verde. Este simplismo e esta ingenuidade (que também têm a ver com a limitação de meios) estendem-se a toda a série, onde Leandro (Wandson Lisboa), um craque da informática, inventou uma aplicação de relacionamentos (a iMLOVE do título), que diz às pessoas que a usam, como que por magia, quem é a sua alma gémea, quando estão perto dela. Assente num equívoco envolvendo um telemóvel tresmalhado da sua proprietária, o enredo de iMLOVE – O Hacker do Amor, transparente como papel vegetal e previsível pelo mais míope dos espectadores, afadiga-se a mostrar-nos que nestas coisas do amor, não há algoritmo, por mais sofisticado que seja, que se substitua ou supere o coração e as suas razões insondáveis. Felizmente, a série tem apenas cinco episódios e nenhum dura mais do que 16 minutos. Este é um produto do projecto RTP Lab, e a julgar pelo resultado, ainda há por lá bastante trabalho laboratorial a fazer em termos de ficção televisiva encorpada, congruente e potável.

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