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Operação Maré Negra
©DRSoraia Chaves e Dani Perez Prada, em 'Operação Maré Negra'

“É muito importante defender a RTP. É o principal investidor em ficção nacional”

Um mês após a estreia no streaming, a última temporada de ‘Operação Maré Negra’ está a chegar à grelha da RTP. Pandora da Cunha Telles faz a defesa da estação pública.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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Na primeira temporada de Operação Maré Negra, estreada em 2022, o enredo inspirava-se numa história verídica relacionada com uma arriscada aventura de narcotraficantes a bordo de um pequeno submarino. Um ano depois, na segunda temporada, a história foi totalmente ficcionada e o mesmo acontece nesta terceira e última ronda, que chegou ao catálogo da Prime Video, um dos parceiros da produção, a 9 de Fevereiro. A estreia na RTP1 e também na RTP Play acontece a 15 de Março.

O serviço público de televisão é um dos financiadores de Operação Maré Negra, que neste percurso final volta a juntar as produtoras Ukbar, portuguesa, e Ficción Producciones, espanhola. A apresentação oficial aconteceu esta quarta-feira na Sociedade de Geografia de Lisboa, onde se reuniram os principais intervenientes da produção que tem alcançado uma projecção global. “É um projecto mais ambicioso em que a RTP participa na área da ficção, porque tem uma escala internacional global. A Operação Maré Negra – na primeira, na segunda temporada, e agora esta terceira terá o mesmo caminho  tem sido vista em dezenas de países pelo mundo inteiro”, adiantou José Fragoso, director da RTP1, para quem seria complicado avançar para um projecto desta dimensão sem a parceria com os nossos vizinhos. “A RTP poder participar num projecto com esta escala significa que conseguimos, quer com os nossos parceiros vizinhos de Espanha, quer com o envolvimento das equipas da Ukbar, quer com a participação de pessoas, de actores, actrizes, equipas técnicas, equipas criativas portuguesas, em projectos que têm uma dimensão que nós sozinhos não conseguiríamos nunca desenvolver”, sublinhou, destacando, por exemplo, “soluções tecnológicas” que só são possíveis desenvolver com “grandes equipas”.

Pandora da Cunha Telles, fundadora da produtora Ukbar, também destacou a importância da cooperação entre os dois países. “Nós passamos muito tempo de costas voltadas. E o que tem sido muito interessante nesta cooperação com a Galiza, principalmente com a Ficción, é que ambos queríamos muito que estes projectos funcionassem”, disse a produtora, que trabalhou na primeira temporada de Operação Maré Negra e está agora de regresso. Pandora destacou a importância da RTP no desenvolvimento da ficção em Portugal. “Queria vos pedir que não se esqueçam que fazer estes projectos necessita de um enorme esforço de todas as partes, e que nós não podemos deixar que Portugal apenas centralize toda a sua energia no Instituto do Cinema e Audiovisual [ICA]. E que é muito importante defender a RTP, porque a RTP é o principal investidor em ficção nacional em Portugal.” Num dia marcado pela morte de António-Pedro Vasconcelos, a produtora não deixou de referir o cineasta, “um dos principais defensores da RTP enquanto canal de televisão público”.

Pêpê Rapazote
©DRPêpê Rapazote (à direita) regressa a Operação Maré Negra

À margem da apresentação, a Time Out pediu a Soraia Chaves, uma das actrizes portuguesas desta operação (ao lado de Lúcia Moniz e Pepê Rapazote), uma opinião sobre esta colaboração entre os dois países. “Acho que faz todo o sentido. Temos imensas pessoas de muito talento dentro de todas as áreas, não só os actores, como também a direcção de arte, os maquiadores, cabeleireiros, técnicos de imagem, técnicos de som. Temos experiência, temos talento e eles têm meios. E é interessante para o público ver estes dois países, ver a Península Ibérica a unir-se e a contar histórias em conjunto. De facto, nós também temos uma história em conjunto e acho que ainda há muita história para fazer.”

RTP1 e RTP Play. Estreia a 15 de Março às 22.30

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