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Foi pelas mãos da experimentadesign que nasceu uma nova galeria em Lisboa. A Lisbon Gallery instalou-se no Palácio do Príncipe Real e assenta em dois grandes pilares, o design e a arquitectura.
“Sempre nos pareceu, ao longo dos anos, que muitos dos projectos que a experimentadesign catalisou, comissariou, produziu podiam ter um interesse pragmático para o mercado”, explica Guta Moura Guedes, directora da experimentadesign.
A Lisbon Gallery tem uma forte ligação às técnicas artesanais e de indústria, com um foco especial na exploração de novas tecnologias no processo de produção, e encontramos a sua semente na experimentadesign, a associação sem fins lucrativos que organizava a bienal EXD, cuja última edição ocorreu este ano, e que serviu de pólo difusor de conteúdos nas áreas do design, arquitectura e cultura.
“A manualidade traz ritmos, irregularidades, nuances, imprevisibilidades. Torna quase tudo único. E isso, nesta era de massificação, tem imenso valor. Aqui o que nos interessa é essa combinação, o lado industrial de ponta com o artesanal - feito em Portugal - redesenhado pelos maiores designers e arquitectos nacionais e internacionais, os que nos desafiam e fazem andar em frente”, conta.
Ocupa o piso térreo do Palácio e arranca com artistas como Amanda Levete, Claudia Moreira Salles, Fernando Brízio, Michael Anastassiades, Miguel Vieira Baptista, Naoto Fukasawa e o Estudio Campana. “A selecção de designers e arquitectos. Na nossa óptica, são autores bastante distintos dos artistas, embora a componente artística esteja, a maioria das vezes, presente no que desenham”, diz Guta. O principal objectivo da especialização desta galeria é potenciar o desenvolvimento nas áreas do design e da arquitectura e aliar isso à produção de peças de arte contemporânea.
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