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Jahn und Jahn
© Mariana Valle LimaEncounter & Jahn und Jahn

Galerias de arte em Lisboa: um roteiro alternativo

Entre talentos emergentes e nomes consagrados, conheça os lugares menos óbvios das galerias de arte em Lisboa

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Museus e centros de difusão de arte contemporânea são o pão nosso de cada dia no habitual roteiro cultural dos lisboetas. Mas, onde andam os artistas emergentes? Esses que não correm as bocas do mundo? Nestas galerias, está claro. Muitos deles ao lado de grandes nomes da arte nacional e internacional. Ora tome lá uma lista de galerias de arte alternativas, algumas ainda meninas e moças na capital onde se compra e desfruta de arte em todos os moldes. Cada uma delas merece uma visita com olhos de lince, atentos ao mais pequeno detalhe.

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Galerias de arte em Lisboa: um roteiro alternativo

  • Compras
  • Arte, artesanato e passatempos
  • Chiado/Cais do Sodré

Anne-Laure Pilet chegou a Portugal com uma ideia clara do que queria criar — um espaço dedicado a divulgar autores emergentes e outros já estabelecidos, através de uma curadoria dividida entre França e Portugal, mas sempre com uma linguagem em comum, a das artes decorativas. A Analora é, desde Setembro de 2021, uma loja-galeria com porta aberta para a rua. As peças de António Vasconcelos Lapa saltam à vista. Cores vivas e formas entre o orgânico e o surreal destacam-se no espaço, mas não são as únicas. Elsa Rebelo, Almerinda Gillet e Thomas Mendonça também abrilhantam a pequena galeria com a sua forma inusitada de trabalhar a cerâmica.

Rua de São Bento, 338. Ter-Sex 11.00-19.00 e Sáb 10.30-15.00

  • Compras
  • Arte, artesanato e passatempos
  • Lisboa

A arte contemporânea é usada para refrescar texturas, cores e materiais que, juntos, contam uma história. Não é uma história qualquer, é o Alentejo apresentado sobre o branco deste pequeno espaço, com a configuração de uma montra voltada para a rua. Edgar Costa é o autor da tela amarelada que vemos numa das paredes brancas. Resulta de um trabalho moroso — uma impressão de madeira de eucalipto, com tinta natural de argila vermelha e óleo de linhaça, sobre tecido cru tingido com café e argila. As mini-tapeçarias de Alice Albergaria Borges, posteriormente emolduradas por Marie, ocupam outra das paredes. Do tear para o processo de tingimento natural do linho e do algodão, estas peças exibem os tons da terra e resultam do processo criativo da jovem autora e da própria galerista, Marie de Carvalho.

Rua de São Bernardo, 9A-B. Ter-Sex 11.00-13.00 e 15.00-19.00

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  • Arte
  • Galerias
  • Lisboa

Não é uma fusão e isso fica bem claro à porta, onde há duas placas. “Encounter e Jahn und Jahn”, lê-se na mesma morada. As duas galerias de arte contemporânea aterraram em Lisboa no final de Setembro de 2022, num edifício na Rua de São Bernardo, mesmo ao lado do Jardim da Estrela. Um espaço expositivo que quer funcionar como extensão dos programas das galerias do Reino Unido e da Alemanha. Para lá das janelas espreita um verdejante jardim e, também lá, há arte para descobrir.

Rua de São Bernardo, 15 R/C. Qua-Sáb 14.00-19.00 e por marcação

  • Arte
  • Marvila

As paredes vermelhas da .insofar destacam-se para quem passa na Rua Capitão Leitão, morada de nomes como a Galeria Francisco Fino ou a de Bruno Múrias. Hugo Carvalho fundou a nova galeria de arte contemporânea a chegar a Marvila e desafiou Inês Valle a desenvolver a programação. A expectativa é que a esta galeria “contribua não só para o panorama português, mas também para um repensar de como é que uma galeria de arte se pode posicionar no mundo da arte contemporânea”, diz a curadora e directora artística.

Rua Capitão Leitão, 53. Visitas sob marcação

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  • Arte
  • Galerias
  • Lisboa

É um cantinho discreto mas justifica uma passagem pela rua da Alegria. Benjamin Gonthier é um arquitecto francês que se apaixonou por Lisboa há três anos. Tão expressivo foi esse sentimento que criou o Foco, um projecto para promover os trabalhos de jovens artesãos, artistas ou designers, portugueses e internacionais. Nesta galeria, encontra desde peças exclusivas até objectos únicos, reunidos num só espaço, para um encontro entre público e artistas. Da cerâmica à ilustração, há muito para descobrir.

Rua Antero de Quental, 55A. Ter-Sex 14.00-19.00, Sáb 14.00-18.00

  • Arte
  • Chiado/Cais do Sodré

Em 1987, a Galeria Ratton apostava na produção de cerâmica, convidando pintores e artistas plásticos a trabalharem o azulejo, essa bandeira nacional. Encetava-se assim um trajecto de recuperação da tradição deste ex-líbris, não só pelo foco na evolução das técnicas de produção como pelas novas formas de viver os espaços, com o azulejo a reflectir as tendências dos dias que correm. Um projecto tornado possível graças à colaboração de artistas portugueses, alemães, espanhóis e americanos, como Paula Rego, Júlio Pomar, Menez, Costa Pinheiro, Jorge Martins, Graça Morais, Lourdes Castro, João Vieira, Bartolomeu dos Santos, Pedro Proença, Andreas Stöcklein, Querubim Lapa, Isabel Azeredo, Cristina Lamas, lluis Hortallà, Pedro Cabrita Reis ou Betty Woodman, aos quais se vão juntando novos artistas que têm aqui uma oportunidade de experimentar um suporte diferente.

Rua da Academia das Ciências, 2 C. Seg-Sex 15.00-19.30

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  • Arte
  • Galerias
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Há muito que Atsumi Fujita, directora da Sokyo em Quioto, procurava abrir uma galeria de arte contemporânea na Europa. Mas foi apenas em 2019, após uma visita a convite de um coleccionador português, que a curadora encontrou em Lisboa a cidade perfeita para o fazer. Na agora Sokyo Lisbon, ainda que a cerâmica seja o meio artístico privilegiado, a galeria não irá circunscrever-se a esta expressão, mas cobrir a arte contemporânea de forma mais abrangente. Da mesma forma, também não irá restringir-se a artistas japoneses, mesmo se nos primeiros tempos, beneficiando da parceria com a Sokyo Gallery no Japão, estiver focada sobretudo em artistas de origem nipónica nunca antes expostos em Lisboa.

Rua de São Bento, 440. Ter-Sex 11.00-19.00 e Sáb 10.00-14.00

  • Arte
  • Marvila

Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila (onde nasceu em 2010, num armazém colossal do Braço de Prata) e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.

Rua Fernando Palha, Armazém 56. Ter-Sáb 14.00-19.00

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  • Arte
  • Chiado

O Bairro Alto Hotel tem tudo. Tem camas, restaurante, um terraço com vistas inacreditáveis, uma pastelaria aberta a todos, mas faltava-lhe algo para ocupar a porta do número 109 da Rua do Alecrim – uma galeria. A Muñoz Carmona Art & Gallery fez as honras da casa e ocupou-se de cerca de 50 metros quadrados para acolher exposições da dupla Thestudio, composta por Juan Carmona, fundador da galeria, e André Ribeiro. Aqui não haverá representação de artistas e o espaço quer ter exposições de dois em dois meses, intercaladas entre as do Thestudio e outras de artistas internacionais que nunca tenham exposto em Portugal, curadas por Deborah Harris, ex-diretora do The Armory Show, em Nova Iorque.

Rua do Alecrim, 109. Ter-Sáb 12.00-20.00

  • Arte
  • Alvalade

Vera Cortês dá nome à galeria que fundou em 2006, com a experiência que foi ganhando graças à sua agência para artistas emergentes. Agora, tantos anos depois, a galeria continua na missão de estabelecer uma colaboração duradoura com cada artista que por ali passa e, claro, com aqueles que representa como é o caso de Alexandre Farto aka Vhils, André Romão, Carlos Bunga, Gabriela Albergaria, José Pedro Croft ou Joana Escoval. Destaca-se ainda pela promoção do intercâmbio com artistas e curadores.

Rua João Saraiva, 16 1º. Ter-Sex 14.00-19.00, Sáb 10.00-13.00/ 14.00-19.00

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  • Arte
  • Chiado

Na sua primeira vida, pelo menos de que há registo, foi reservatório de água. Até que, em 2019, a antiga cisterna do século XVII, paredes meias com a Muralha Fernandina, renasceu – a partir da sua capacidade original de armazenar e partilhar – como galeria de arte contemporânea. Mas a programação da Galeria Cisterna não se esgota na rotina de uma galeria tradicional. Há, nos mais de cem metros quadrados, vontade para cursos, workshops e conversas com artistas, curadores e outros intervenientes culturais.

Rua António Maria Cardoso, 27. Ter-Sáb 14.30-19.00

  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Chiado

O casal Bebel Moraes e Daniel Mattar veio directamente do Rio de Janeiro para se apaixonar por Lisboa. A paixão pela cidade e pela arte fez com que abrissem uma galeria de arte contemporânea – a Brisa. Com uma longa experiência na área da fotografia é aí que está o ponto forte deste novo espaço no Chiado. As vivências no mundo da moda brasileira – ela como stylist e ele como fotógrafo – motivaram vários projectos fotográficos que abordam temáticas das sociedades tradicionais e que agora trazem para a nossa cidade.

Rua Victor Cordon, 44. Ter-Sáb 11.00-19.00

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  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Alda Galsterer e Fernando Belo representam artistas como Paulo Brighenti, Pedro Calapez, Rita Gaspar Vieira, Mário Macilau, Renzo Marasca ou Mel O'Callaghan. Mas o cardápio de artistas alarga-se se contarmos com convidados como Cristina Ataíde ou Jorge Molder. A galeria Belo-Galsterer centra-se na arte contemporânea, ocupando desde 2012 o primeiro andar de um edifício art déco dos anos 40. Os artistas representados exploram valores da sociedade contemporânea, usando vários suportes como o desenho, escultura, instalação ou vídeo.

Rua Castilho, 71 R/C, Esqº. Ter-Sáb 14.00-19.00

  • Arte
  • Arquitectura
  • Bairro Alto

Inaugurada em 2017 pela arquitecta e curadora Bárbara Silva, a NOTE é a primeira galeria privada de arquitectura em Lisboa. Nasceu como um novo espaço cultural do Bairro Alto, no número 32 da Travessa da Cara, dedicado à divulgação e ao debate sobre a arquitectura e o seu papel na construção da dinâmica das cidades e da sociedade. A ambição é tirar das instituições e levar para a rua a consciência do papel da arquitectura na qualidade de vida das pessoas.

Travessa da Cara, 32. Qua-Sáb 15.00-20.00

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  • Arte
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

A Balcony chegou à cidade pelas mãos dos coleccionadores portugueses Luís Neiva, Paulo Caetano e Pedro Magalhães e pretende dar a conhecer novos artistas para servir de rampa de lançamento das jovens carreiras na arte contemporânea. De paredes branquinhas e chão de linóleo azul, a galeria vai reunindo um portefólio de artistas que vai aumentando à medida que as exposições se vão desenrolando.

Rua Coronel Bento Roma, 12A. Ter-Sáb 14.00-19.30

  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Estrela/Lapa/Santos

É fácil adivinhar em que bairro alfacinha abriu as suas portas, em Abril de 2016. Na Galeria Madragoa, a arte contemporânea concentra as atenções dos seus fundadores, o italiano Matteo Consonni e o português Gonçalo Jesus, apostados em cavalgar a onda cool que varre a capital. Um encontro latino firmado nesta zona histórica de Lisboa, de portas abertas para o mundo, já que o espaço pretende trabalhar com artistas nacionais e internacionais.

Rua do Machadinho, 45. Qua-Sáb 11.00-19.00

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  • Arte
  • Fotografia
  • Cais do Sodré

Evoca a história da The Little Galleries of the Photo-Secession, uma galeria fundada a 24 de Novembro de 1905 por Alfred Stieglitz e Edward Steichen, em Nova Iorque, mas o espaço é bem lisboeta. Pequeno em tamanho, justamente grande na ambição. A fotografia e o coleccionismo são a alma d'A Pequena Galeria, um projecto colectivo à procura de novas formas de produção e distribuição, atento às actuais condições do mercado e decidido a promover o coleccionismo. 

Av. 24 Julho, 4C. Qua-Sáb 17.00-19.30

  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

É numa simpática esquina que se esconde e revela a Zaratan, onde a arte contemporânea, pensada pelos artistas que gerem a casa, se encontra com eventos paralelos, como a música e a performance. Outro dos pontos altos é a produção e publicação de múltiplos de arte, livros e edições de artistas, uma actividade estreada em 2015 quando a galeria abriu o Espaço Múltiplo, pequeno arquivo fundado em parceria com a 1359 (impressão e edição) e com a Associação Terapêutica do Ruído (promotor de música experimental).

Rua de São Bento, 432. Qui-Dom 16.00-20.00

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  • Arte
  • Alvalade

Ainda cheira a novo na Uma Lulik, que não saiu da mesma rua, mas mudou-se do 15 para o 17. O espaço é dedicado a arte contemporânea oriunda da América do Sul, África, Médio Oriente e sul da Ásia. Focada em divulgar o trabalho de artistas dessas regiões, funciona como uma plataforma de divulgação e quer, simultaneamente, desmistificar a arte contemporânea proveniente de outras geografias emergentes.

Rua Centro Cultural, 17B. Qua-Sáb 14.00-19.00

  • Coisas para fazer
  • São Vicente 

Uma loja, uma galeria e um cowork artístico juntam-se num Duplex – é assim que a história começa, e a partir daí é simples. Já a chegar à Graça, onde a inclinação da Rua Angelina Vidal demove muitos caminhantes, uma antiga fábrica de móveis e cozinhas foi transformada num hub cultural com ateliês para artistas com espaço para exposições. É no piso subterrâneo que encontra a galeria espaçosa, cujas mostras vão sendo anunciadas na página de Facebook do Duplex.

Rua Angelina Vidal, 31 C. Visitas sob marcação

Arte em Lisboa

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