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Mar Aberto, Nicolas Floc’h, MAAT
© Pedro Pina"Mar Aberto", de Nicolas Floc’h

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Há de tudo um pouco nas melhores exposições em Lisboa para visitar no fim-de-semana de 26 a 28 de Abril. Não acredita? Vá ver por si.

Escrito por
Helena Galvão Soares
,
Mauro Gonçalves
e
Raquel Dias da Silva
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Aproveite o fim-de-semana para descobrir mais de uma dúzia de exposições em Lisboa. Uma proposta para tornar os próximos dias mais culturais – sozinho, com a família ou os amigos (vai tudo atrelado). Com tantos museus e galerias na cidade, é impossível não ter o que ver. Mas não queremos que se perca e, por isso, dizemos-lhe quais as exposições a que deve prestar mais atenção. Aproveite, por exemplo, para espreitar a Bienal de Joalharia Contemporânea. Só tem de decidir por onde quer começar: pintura, fotografia, ilustração, design ou instalações de grande escala. Trace o roteiro cultural e bom fim-de-semana.

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Exposições para visitar este fim-de-semana

  • Arte
  • Fotografia

A primeira exposição do trabalho da fotojornalista norte-americana Ruth Orkin em Portugal pode ser vista até 7 de Julho no Centro Cultural de Cascais. Inclui 120 fotografias, filmes, documentos e objectos originais (como cartas, excertos de jornais e revistas, uma máquina fotográfica e páginas do diário da artista) que permitem contar a sua história e retratar as crónicas quotidianas da “vida americana” que sempre habitaram as suas imagens.

  • Arte
  • Lumiar

No ano em que se celebra o 100.º aniversário do nascimento de Luís Villas-Boas e do primeiro concerto internacional de jazz em Portugal. XicoFran, reconhecido como o pintor do jazz, leva à galeria de arte do CNAP – Clube Nacional de Artes Plásticas “Sons e Cores: 100 Anos de Jazz em Portugal”. Nesta exposição, encontrará algumas obras reconhecidas pela sua paleta de cores, que propõe um novo olhar sobre grandes nomes do jazz internacional, muitos deles com presença em concertos efectuados em Portugal durante o último século.

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  • Arte
  • Belém

Com curadoria de João Pinharanda, esta exposição – que pretende dar voz à expressão artística que o 25 de Abril de 1974 e o fim da Guerra Colonial proporcionou – reúne 28 olhares contemporâneos, de artistas oriundos de países de língua portuguesa. Patente até 10 de Maio na UCCLA – União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa, esta mostra apresenta-se como uma exposição de cruzamentos e de encontros, daqueles que partiram e regressaram, dos que chegaram e ficaram, ou partiram de novo, ou nunca mais regressaram.

  • Arte
  • São Sebastião

Maria Lamas foi jornalista, escritora e tradutora e uma voz sempre presente na defesa dos direitos das mulheres durante a ditadura, o que a levou por três vezes à prisão, em 1949, 1951 e 1953, e ao exílio em Paris, de 1962 a 1969. A sua obra mais conhecida, já mais etnográfica do que jornalística, As mulheres do meu país, é um documento precioso do que era ser mulher, de norte a sul do país, nesse período. É aqui que surge a Maria Lamas fotógrafa, mas a sua obra permanece basicamente desconhecida em Portugal. Jorge Calado, que tem combatido esta invisibilidade, é o curador de “As Mulheres de Maria Lamas”, onde se pode ver uma selecção de 67 das suas fotografias, maioritariamente provas de época, de pequenas dimensões, entre 8x6 cm e 14x18 cm, e também algumas ampliações. A mostra, em exposição no átrio da Biblioteca de Arte Gulbenkian, inclui ainda objectos pessoais de Maria Lamas, exemplares de primeiras edições de livros e provas da época de outros fotógrafos com fotos publicadas em As mulheres do meu país. O catálogo apresenta as fotografias da exposição, cada uma em página inteira, e textos de Jorge Calado, Alexandre Pomar, Raquel Henriques da Silva e Alice Vieira.

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  • Arte
  • Belém

O trabalho de Nicolas Floc’h (n. 1970) mobiliza as potencialidades da fotografia subaquática na descoberta de novos imaginários artísticos, que nos remetem para a natureza, a biodiversidade e os fenómenos ecológicos. Com curadoria de João Pinharanda, esta exposição resulta de uma residência de dez dias no Estuário do Tejo, entre o Bugio e a Castanheira do Alentejo, que Floc’h fez no Verão de 2022, a convite do MAAT, e durante a qual teve oportunidade de explorar várias paisagens e ecossistemas submarinos.

Aproveite e veja também “Evidence”, uma instalação sensorial sonora, parte de “Perfect Vision”, um álbum triplo produzido entre 2017 e 2020 pelo Soundwalk Collective e a artista Patti Smith e retrata a jornada de três poetas franceses que exploraram a transcendência em três territórios geográficos distintos.

  • Arte
  • Grande Lisboa

A plataforma Underdogs e a Câmara Municipal de Almada inauguram “Portais do Tempo” a 13 de Abril, nos antigos estaleiros da Lisnave. Com curadoria de Pauline Foessel, a exposição colectiva, que integra as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, reúne obras de Ana Malta, Fidel Évora, Inês Teles, Márcio Carvalho, Pedro Gramaxo, Petra.Preta e Raquel Belli, artistas que não viveram o 25 de Abril de 1974, mas foram convidados a dialogar com os trabalhos de Alfredo Cunha, autor das famosas séries fotográficas dedicadas à Revolução dos Cravos e à descolonização portuguesa. Cada uma das peças criadas, compostas por lonas de escala monumental (7x12 metros), procura oferecer “uma leitura nova e pessoal” dos acontecimentos vividos pelo fotógrafo, da revolução e do seu significado nos dias de hoje.

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Logo após o 25 de Abril as paredes começaram a cobrir-se de pichagens, murais e cartazes. A Biblioteca Nacional guarda nos seus Serviços de Iconografia uma grande colecção de cartazes deste período que quis mostrar ao público nestes 50 anos do 25 de Abril. A exposição resultante dessa vontade, A Revolução em Marcha: Os cartazes do PREC, 1974-1975, foi comissariada por Paulo Catrica, fotógrafo e investigador do Instituto de História Contemporânea, que seleccionou 92 cartazes de entre as centenas existentes. Os originais foram replicados e colados num mural de 16 metros de comprimento (veja a lista completa de cartazes aqui).

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Grande Lisboa

O Mercado do Forno do Tijolo acolhe a exposição “10 dias que abalaram Portugal”, do Arquivo Ephemera, que dá testemunho do início da democracia após a revolução. Foi nos primeiros dez dias depois do 25 de Abril que os partidos clandestinos passaram à legalidade, novos partidos foram constituídos, os presos políticos foram libertados e o caminho para as eleições livres se tornou realidade. A exposição é maioritariamente centrada na imprensa desses primeiros dias, em que os jornais tinham mais do que uma tiragem diária, para acompanhar a vertigem dos acontecimentos. O República imprime orgulhosamente "Este jornal não foi a nenhuma comissão de censura", depois de 48 anos de ditadura.

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

Tal como no ano passado, o antigo Tribunal da Boa Hora recebe uma exposição sobre a iconografia da democracia, da vasta colecção do Arquivo Ephemera. Na comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, podemos ver os mais variados objectos, que vão de jogos, como cubos com caricaturas de políticos, a cartazes, emblemas, autocolantes, postais, faixas, cinzeiros, pratos, discos, ou mesmo caixas de fósforos, como os da foto, em primeiro plano. Uma exposição de objectos dos muitos partidos existentes, para apreciar com tempo, também na sua faceta humorística.

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Oeiras

A Censura Prévia, que com Marcello Caetano se eufemiza para Exame Prévio, foi uma das principais medidas, a par da mais robusta acção da polícia política, para reprimir a divulgação de opiniões políticas contrárias ao regime ou a expressão de posições incómodas no plano dos costumes. “O material aqui exposto olha para um aspecto especial da censura em Portugal, o aspecto da defesa da autoridade e da ordem estabelecida, o respeito”, descreveu, na inauguração da exposição, José Pacheco Pereira. Nesta exposição do Palácio do Egipto, em Oeiras, há sobretudo livros e textos de jornais censurados, acompanhados dos despachos da Censura que descrevem as razões da proibição, que actualmente muitas vezes nos parecerão insólitos. Destaque também para o design da exposição. Citando o site da Ephemera, "instalação ímpar de Carlos Guerreiro. Perdem muito se não forem lá".

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

A exposição "Rua da Beneficência, 175" revisita o ambiente do mítico Rock Rendez Vous, com fotografias inéditas, acompanhando o lançamento do livro Rock Rendez Vous – Uma História em Imagens, da Tinta da China, que documenta, com fotografias a preto e branco, a vida da antiga catedral do rock em Lisboa, entre 1980 e 1990. Leia mais aqui. A exposição é parte de uma iniciativa que inclui um ciclo de conversas, com o mesmo nome, que começará dia 20 de Abril, também no Avenidas.

  • Arte
  • Princípe Real

Ao longo da sua história, os Panoramas têm servido a propaganda de regimes imperialistas. O Panorama do Congo foi um desses casos. Encomendado aos pintores belgas Alfred Bastien e Paul Mathieu para a Exposição Internacional de Ghent, em 1913, esta grande pintura circular com 115 metros de comprimento por 14 metros de altura tinha como principal objectivo promover o interesse dos jovens pela colónia belga. Ao representar o Congo como um ‘Éden Africano’, pretendia-se apagar as atrocidades contra o povo congolês cometidas poucos anos antes no intitulado ‘Estado Livre do Congo’ (1877-1908), propriedade privada do rei Leopoldo II. Esta exposição decorre de um projecto de investigação (CONGO VR – FilmEU RIT) que desenrolou e fotografou o Panorama do Congo, pertencente à colecção do War Heritage Institute, com a intenção de o reinterpretar em Realidade Virtual através do seu contexto histórico violento e de intervenções de artistas da diáspora congolesa como os Kongo Astronauts, Deogracias Kihalu, Lukah Katangila, Hadassa Ngamba e Castélie Yalombo.

Roteiro de arte em Lisboa

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