Uma pessoa olha para o cartaz do Primavera Sound portuense e para o seu homólogo espanhol e sente a falta de alguns dos nomes mais interessantes. Claro que o alinhamento, com Kendrick Lamar, Rosalía, Pet Shop Boys, Blur, Built To Spill, Alvvays, Jockstrap e muito mais é capaz de ser o melhor que vemos em Portugal este ano. Mas podia ser melhor. Tão melhor.
Depois de dois anos sem festivais de Verão, em 2022 voltámos finalmente a pisar os seus recintos. Mas o que encontrámos foram espectros – concertos que chegaram com dois anos de atraso, versões remendadas dos cartazes bem superiores originalmente anunciados, alinhamentos a roçarem o raquitismo. Este ano, porém, os festivais vão regressar com a força e os cartazes a que nos habituámos antes de acontecer o que aconteceu em 2020. Pelo menos a julgar pelo que já se conhece do Primavera Sound, do NOS Alive, do Super Bock Super Rock, do MEO Marés Vivas, do Vodafone Paredes de Coura e do MEO Kalorama. Isto, claro, partindo do princípio que a pior das décadas não tem mais uma tragédia à nossa espera ao virar da esquina. Esperemos que não.
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