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Oficinas de Verão, Museu do Oriente
©DROficinas de Verão, Museu do Oriente

Museus para crianças em Lisboa? São mais que as mães e bem divertidos

Quer diversão a dobrar, para miúdos e graúdos? Basta seguir o nosso roteiro de museus para crianças em Lisboa

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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É uma grande injustiça dizer que a palavra museu cheira a mofo. Mas se começou por arrastar os miúdos para uma exposição interminável que interessa apenas a adultos... é bem possível que o programa enfrente uma certa resistência. Não desanime. Um roteiro museológico não tem de ser um programa aborrecido, muito pelo contrário. Por isso, fomos à procura dos melhores museus para crianças em Lisboa. Para ir ao passado e ao futuro, sem sair do presente. Há museus que guardam memórias de outros tempos, outros que fazem uso da imaginação. Uns dedicam-se às pinturas, outros às instalações, às vezes interactivas. Aí estão os melhores museus para crianças em Lisboa. Ah, mas atenção: não se esqueça da máscara nem de consultar as novas regras dos museus (por via das dúvidas, lembre-se de agendar a visita previamente).

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Viagens ao passado

  • Museus
  • Estrela/Lapa/Santos

Os pais adoram brunches, mas estão sempre a adiar por causa dos miúdos? Comece a planear o próximo domingo com um programa familiar no Museu do Oriente. Além das exposições permanentes, com as quais os petizes vão poder aprender mais sobre a ópera chinesa e a presença portuguesa na Ásia, recomenda-se a visita à exposição temporária “Japão, uma terra de poetas”, uma viagem no tempo através dos desenhos de Catarina Quintas, a tinta-da-china e aguarela, que retratam episódios do quotidiano e da dimensão espiritual do mundo nipónico tradicional.

  • Museus
  • Belém

Alberga uma múmia famosa e não é só por ter mais de 2000 anos. O único caso conhecido em todo o mundo de uma múmia a que foi diagnosticado cancro na próstata (uma descoberta feita em 2011) faz parte da colecção deste museu, instalado no Mosteiro dos Jerónimos. E é também bom saber que os guerreiros galaico-lusitanos de granito, à entrada, datam do século I d.C. e são tesouro nacional. Mas há mais para ver: máscaras funerárias, esfinges egípcias e achados nacionais de ourivesaria, numismática, vidro e escultura.

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  • Museus
  • História
  • Chiado

Não tenha medo de levar os miúdos a ver as peças que se mostram neste espaço museológico (que partilha o edifício com a Associação dos Arqueólogos Portugueses) – são deles as perguntas mais curiosas e são eles que menos incómodo revelam quando se cruzam com o ex-líbris do Museu Arqueológico do Carmo, nascido das ruínas deixadas pelo terramoto de 1755. Falamos de múmias, que deram entrada na colecção em finais do século XIX, pela mão daquele que viria a ser o segundo presidente do museu, o Conde de São Januário. Mas há muito mais a descobrir, acredite. Está cheio de grandes achados, peças históricas e artísticas, da pré-história à época contemporânea. 

  • Museus
  • Chiado/Cais do Sodré

Visitar a exposição permanente é, por si só, uma viagem ao passado. Eles vão gostar de saber que havia raspas de corno entre os ingredientes da Pedra de Goa, um segredo usado pelos jesuítas no século XVII para mordeduras de serpente. E até os pais vão ficar surpreendidos com a farmácia portátil que pertenceu aos czares russos. A geringonça data de 1800, era transportada por cavalos e fazia parte da bagagem nas viagens de família. Mas o nome do museu não faz justiça a toda a sua colecção, já que visitá-lo é ficar também a conhecer a história da saúde em todo o seu esplendor e embarcar numa viagem que ultrapassa todas as fronteiras, exosfera incluída.

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  • Museus
  • Belém

É uma colecção única no mundo e agora respira melhor desde que em 2015 passou para um novo edifício na Avenida da Índia, a poucos metros do antigo Picadeiro Real, a primeira morada dos coches a partir de 1905, onde ainda existe um núcleo expositivo. Os miúdos vão adorar descobrir que havia um tempo em que se circulava sem cinto de segurança (e quem sabe brincar aos príncipes e às princesas). O primeiro coche a entrar no novo museu foi o Landau do Regicídio, talvez o mais icónico da colecção composta por viaturas de gala e de passeio dos séculos XVI a XIX, provenientes da Casa Real Portuguesa, Igreja e colecções particulares. Dentro do museu, tem ainda à sua disposição sete ecrãs interactivos, 11 ecrãs passivos e duas grandes projecções que completam a informação sobre a colecção. Para enriquecer a sua visita, experimente a app, disponível para sistemas iOs e Android, que permite ver o interior das viaturas e revela também algumas curiosidades.

  • Museus
  • Santa Maria Maior

Salazar é já uma figura longínqua na memória dos mais novos, mas a história do antigo regime, ainda do tempo dos avós, faz parte das memórias dos pais, o que torna o Museu do Aljube, apesar de um programa pesado, uma boa sugestão para uma tarde de história em família. Aljube foi cadeia eclesiástica, presídio de mulheres e, a partir de 1928, destino de presos políticos e sociais. Ainda lá estão as celas exíguas, de um metro por dois, e o telefone do corredor, que anunciava a chamada dos detidos para os interrogatórios da PIDE. Perante o cenário 3D de uma reunião política clandestina, os miúdos mais curiosos vão ainda querer saber porque havia uma máquina de escrever protegida por uma espécie de caixa de madeira em toda a volta. Servia para redigir os panfletos da propaganda comunista e a protecção confirma o secretismo que rodeava o momento: era preciso abafar o som das teclas.

Viagens no presente

  • Museus
  • Belém

Não é difícil fazer da visita ao museu um momento divertido só com comentários bem-humorados sobre a arte do século XX. Até a Matemática é bem-vinda, se quiser pôr os miúdos a calcular o peso da obra mais valiosa no valor total da colecção, que vale 316 milhões de euros – o quadro de Picasso Femme dans un fauteuil (métamorphose), de 1929, avaliado em 18 milhões. Se falta imaginação aos pais, é pedir ajuda ao serviço educativo do museu, responsável pelas visitas e actividades para as famílias.

  • Museus
  • São Sebastião

Os jardins valem a pena, mas já não é só a morada que une o CAM ao Museu da Fundação Calouste Gulbenkian. Penelope Curtis assumiu a direcção conjunta das instituições e isso sente-se, com um programa cheio a cruzar os dois acervos. Para famílias, a agenda, que se faz com tranquilidade e segurança, e inclui desde concertos comentados até visitas às exposições que são jogos de mistério para descobrir quem está ali desenhado, actividades de botânica e urban scketchers no jardim.

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  • Museus
  • História natural
  • Princípe Real

É o sítio ideal para explorar a evolução das espécies e ficar a saber mais sobre o reino animal e sobre o mundo vegetal, em destaque no Jardim Botânico. O laboratório químico do século XIX também é obrigatório, mas porque o conhecimento não vem só do que se lê, nem mesmo de visitas guiadas (que também há, incluindo com teatro à mistura), vale a pena espreitar a agenda do museu. Há ateliers, visitas, sessões de planetário e muitas outras actividades para fazer em família, quer no museu quer nos jardins.

  • Museus
  • Baixa Pombalina

O museu dedica-se ao dinheiro, mas não lhe pede nem um cêntimo para entrar. E, sendo o vil metal um tema sempre presente, nada como aprofundá-lo para que eles aprendam a dar-lhe valor. O espaço começou por ser a Igreja de São Julião (em finais do século XVIII) e depois caixa forte e estacionamento do Banco de Portugal. Até que em 2007 se decidiu devolver-lhe alguma dignidade. Inaugurado em 2016 e com uma forte aposta na interactividade, aqui é possível percorrer a história do dinheiro e a sua relação com a sociedade e ainda aceder ao Núcleo de Interpretação da Muralha D. Dinis, construída no século XIII. Pode também cunhar uma moeda à sua imagem e tocar numa barra de ouro de 12 kg.

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  • Museus
  • Estrela/Lapa/Santos

Além de uma enorme colecção de marionetas portuguesas tradicionais, este Museu da Marioneta tem no seu acervo uma significativa colecção de marionetas do sudeste asiático, bem como outras respeitantes à ancestralidade africana e brasileira. Para além da exposição de marionetas, também há uma de máscaras, da tragédia grega às danças autóctones, e outra de adereços, como a almofada da coroa ou a arca de Salomé. Para diversão a dobrar, sugerimos que espreite também a agenda de espectáculos. E prometemos ainda que há oferta pedagógica para toda a família.

  • Museus
  • Desporto
  • Santa Maria Maior

Foi inaugurado em 2012, 100 anos depois da participação portuguesa nos Jogos Olímpicos e resulta do convite público dirigido às federações desportivas para darem a conhecer o património que os atletas e as diversas modalidades deixaram. Entre muitos outros motivos de interesse, alberga a Biblioteca Nacional do Desporto, com cerca de 60 mil itens registados, desde monografias modernas sobre o tema em foco até registos históricos, caso de De Arte Gymnastica, de Hieronymi Mercurialis, considerado o primeiro livro de desporto editado em todo o mundo. Para os miúdos, o mais entusiasmante são mesmo as exposições e os módulos interactivos, como o Espaço-Corpo, onde vão poder descobrir quanto pesam, quanto medem ou qual o seu índice de massa corporal; ou o Espaço-Actividade Física, onde dá para correr, rematar à baliza ou juntar os amigos para um jogo virtual.

Viagens ao futuro

  • Museus
  • Ciência e tecnologia
  • Parque das Nações

É um daqueles casos em que se inverte a ordem dos factores: é, primeiro que tudo, fascinante para miúdos; depois corre o risco de ser surpreendente também para os adultos. O Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva é um museu de ciência nascido em 1999 no Pavilhão do Conhecimento dos Mares da Expo 98. O edifício foi desenhado pelo arquitecto Carrilho da Graça e acolhe uma exposição permanente, várias exposições temporárias simultâneas e um sem-fim de actividades que eles vão adorar. Para ir preparado, espreite as instruções para uma visita segura.

  • Museus
  • Ciência e tecnologia
  • Chiado/Cais do Sodré

A exposição permanente chama-se Casa do Futuro e é mesmo uma casa, com porta, cozinha e sala de jantar. Só que especial: a aplicação da robótica às exigências do lar – que se chama domótica – faz com que tudo aqui seja controlável a partir do exterior. Os miúdos podem imaginar-se de férias do outro lado do mundo, ao mesmo tempo que acendem as luzes ou mexem nas persianas na sua casa. Lá dentro, a mesa da sala tem um ecrã led que permite mudar a cor do tampo, o frigorífico lê códigos de barras para não deixar nada estragar-se e os armários abrem-se com cartões magnéticos. No fim desta viagem ao futuro, eles vão gostar de perceber o caminho percorrido até lá, desde os meios de comunicação mais antigos, como o excêntrico telégrafo.

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  • Museus
  • Belém

Projecto da Fundação EDP, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia já está mais do que consagrado nas iniciais MAAT. As suas formas arquitectónicas marcaram o ano de 2016 na cidade, justificando frutíferas romarias à zona de Belém, uma tendência que, de resto, está longe de abrandar. Mesmo que a sua criança ainda não tenha idade para fotografar a belíssima curva do edifício ao pôr-do-sol, não faltam ideias para aproveitar o espaço. 

  • Museus
  • História
  • Cascais

Qualquer visita a Cascais deve passar por este pequeno Museu de entrada gratuita, onde se explica a história da vila de uma ponta à outra. Desde o período do Neolítico até ao século XX, com recurso a tecnologia interactiva. Uma das novas peças do museu é uma asa de gaivota em que são projectadas imagens sobre vários temas relacionados com Cascais e uma experiência imersiva que pretende mostrar como a vila e o concelho se têm tentado tornar uma cidade inteligente.

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  • Coisas para fazer
  • Sintra

Nasceu há cinco anos para nos mergulhar numa viagem pela história da comunicação social e pelos momentos mais marcantes da história da humanidade no último século. Com mais de duas mãos cheias de módulos temáticos, nos quais são recordados episódios da história de Portugal e do mundo, permite aos visitantes interagirem com a rádio e a televisão. A Covid-19 e a crise climática são os temas da actualidade em destaque e há dois novos espaços para consumir informação. Mas não só. O futuro também está presente através de uma experiência de realidade virtual.

  • Museus
  • História
  • Sintra

Inaugurado em 2015 no edifício do posto de turismo da Vila de Sintra, é aqui que se deve dirigir para se inteirar dos mistérios da cidade, entre a ficção e a realidade através de 17 espaços diferentes recheados de hologramas, efeitos sensoriais, realidade aumentada ou filmes 3D. No Sintra Mitos e Lendas pode experimentar a sensação de entrar no Poço Iniciático da Regaleira, embarcar numa aventura que o põe frente-a-frente com o tenebroso Adamastor ou explorar ecrãs tácteis que permitem interagir com imagens e histórias georeferenciadas que incluem animações em realidade aumentada.

Mais programas para fazer com crianças

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  • Coisas para fazer

Para jogar bowling, a perícia do jogador é mais importante do que ter força ou resistência física. Se é fã da modalidade, esta é a lista certa para si (sobretudo no Inverno, para fugir ao vento e à chuva sem renunciar de umas boas horas de galhofa com os amigos ou a família). Preparado para deitar os pinos abaixo? Eis os melhores sítios para jogar bowling em Lisboa.

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