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Museu do Dinheiro
Inês Félix

Museus grátis em Lisboa e arredores

Quer ver uma exposição sem gastar um cêntimo, em qualquer dia da semana? Visite estes museus grátis em Lisboa e arredores.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Não é ao domingo de manhã, sexta à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público (em alguns é preciso marcar). E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está nas bocas do mundo mas, como sabe, o conhecimento não ocupa lugar, por isso quanto mais melhor. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e concelhos vizinhos e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão. Aventure-se nestes museus grátis em Lisboa e arredores.

Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa

Dez museus grátis em Lisboa e arredores

  • Museus
  • Baixa Pombalina

O museu dedica-se ao dinheiro, mas não lhe pede nem um cêntimo para entrar. Começou por ser a Igreja de São Julião (em finais do século XVIII) e depois caixa-forte e estacionamento do Banco de Portugal. Até que em 2007 se decidiu devolver-lhe alguma dignidade. Inaugurado em 2016 e com uma forte aposta na interactividade, aqui é possível percorrer a história do dinheiro e a sua relação com a sociedade e ainda aceder ao Núcleo de Interpretação da Muralha D. Dinis, construída no século XIII. Pode também cunhar uma moeda à sua imagem e ver uma barra de ouro de 12 kg.

  • Museus
  • Desporto
  • Santa Maria Maior

A recriação do local de trabalho do professor Mário Moniz Pereira, o “senhor atletismo”, e a sala dedicada ao tenente António Augusto da Silva Martins, atleta olímpico em 1924 e campeão de tiro à época, eram dois bons motivos para visitar o Museu Nacional do Desporto, no Palácio Foz. Agora, tem mais um: desde Setembro de 2018 que é gratuito. Inaugurado em 2012, no centenário da primeira participação portuguesa nos Jogos Olímpicos, este museu passa em revista a história do desporto português. A biblioteca, por sua vez, tem registo de cerca de 60 mil itens, incluindo monografias e publicações históricas como De Arte Gymnastica, de Hieronymi Mercurialis, considerado o primeiro livro de desporto alguma vez editado (em 1569).

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  • Museus
  • Sintra

Localizado num antigo casino, é uma aposta segura. Este museu é dedicado à arte figurativa de artistas portugueses e estrangeiros que residem em Portugal, oriunda da Coleção Municipal de Arte Contemporânea e ainda se estica para outras valências. Tem uma área dedicada à fotografias, uma livraria e uma galeria municipal com exposições temporárias. Desde 2022 que uma das salas do museu se chama Espaço Pedro Cabrita Reis que tem em permanência a obra "Uma Nuvem Negra", criada pelo artista especificamente para aquele espaço.

  • Museus
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Este museu tem centenas de máscaras de cera onde é possível testemunhar os efeitos dermatológicos de uma série de doenças, sobretudo sífilis. A colecção, situada no Salão Nobre do Hospital dos Capuchos, é visitada por alunos de medicina que a procuram pelo seu valor didáctico. Está apenas aberto às quartas-feiras, das 14.00 às 17.00, e é aconselhável fazer marcação por e-mail (visitas.patrimonio@chlc.min-saude.pt).

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  • Museus
  • Ciência e tecnologia
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Inaugurou em 2017 no antigo Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santo António dos Capuchos com a exposição 800 Anos de Saúde em Portugal”, que dá a conhecer cerca de 400 peças vindas de várias instituições parceiras, da Cruz Vermelha Portuguesa ao Museu de História Natural e da Ciência. A iniciativa do Ministério da Saúde com o Instituto Ricardo Jorge, que abre apenas às quartas-feiras, tem um bónus: não só a entrada é livre, como tem direito a uma visita orientada. Só não se esqueça de fazer a sua marcação.

  • Museus
  • História
  • Cascais

Portugal não participou na II Guerra Mundial, mas Cascais e o Estoril foram terra de exílio de reis e aristocratas e zona de cruzamento de espiões. Esses anos estão registados em fotografias e documentos, numa exposição permanente no segundo andar da Estação de Correios do Estoril. A cereja em cima do bolo para quem tem queda para a arquitectura é que este edifício datado de 1942 é da autoria do arquitecto modernista Adelino Nunes, especializado em edifícios dos CTT, onde era funcionário.

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  • Coisas para fazer
  • Grande Lisboa

A Casa dos Bicos é a sede da Fundação José Saramago e também um dos núcleos do Museu de Lisboa. Por 3€ tem acesso a parte do espólio do escritor, mas por zero pode entrar neste núcleo arqueológico, localizado no piso -1, onde existe parte da antiga muralha romana de Lisboa, bem como peças que foram recolhidas durante as intervenções arqueológicas, com destaque para objectos usados no quotidiano da Casa dos Bicos antes do terramoto de 1755. De cachimbos a vasos, bilhas ou tachos.

  • Atracções
  • Baixa Pombalina

É o único espaço bancário onde muito boa gente não se importa de passar uma hora. É esse o tempo das visitas guiadas a 2500 anos de história alfacinha, enterrados no tempo até aos 90s, quando decorreram as obras no edifício do Millennium BCP próximo do Arco da Rua Augusta. A viagem pelos períodos ibero-púnico, romano, visigótico, islâmico, medieval, quinhentista e pombalino não custa nada. A entrada é gratuita e só tem de fazer a reserva (através do número 211 131 004 ou marcando no site). Pelo caminho vai encontrar coisas como uma sepultura com um corpo no seu interior que, por sua vez, está enterrada na mesma área onde se encontra um tanque romano (foram encontrados 38). 

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  • Museus
  • História
  • Carnide/Colégio Militar

Instalado no Regimento de Engenharia nº 1 da Pontinha, foi este o local que acolheu o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas, o ponto nevrálgico da noite que deu origem à Revolução dos Cravos. Foi também aqui que estiveram detidos Marcelo Caetano, Silva Pais (director da PIDE) e o então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ruy Patrício. Criado em 2001 pela Câmara Municipal de Odivelas, este núcleo está instalado num pavilhão pré-fabricado de onde foi divulgado o programa do MFA e reproduz integralmente a Sala de Operações com a ajuda de equipamentos como rádios, telefones e transmissores, armas, munições ou mapas. A entrada é gratuita e dá direito a visita guiada, mas pede marcação por email.

  • Museus
  • História
  • Grande Lisboa

Se for a Bucelas e não quiser contornar a história do património da região saloia, passe pela sede do Grupo Musical e Recreativo da Bemposta onde mora este núcleo. O espólio que aqui encontra foi recolhido ao longo de três décadas pelo Rancho de Folclore e Etnografia “Os Ceifeiros da Bemposta” (Luís Serra foi um dos seus fundadores) e o resultado são trajes, alfaias e transportes agrícolas, ferramentas, loiças, utensílios de cozinha ou mobiliário e figuras em tamanho real. Já que aqui está, explore as outras salas deste grupo com mais de 70 anos como a Sala da Vida da Coletividade e a Sala de Troféus.

Mais coisas para ver sem abrir os cordões à bolsa

  • Arte
  • Galerias

Museus e centros de difusão de arte contemporânea são o pão nosso de cada dia no habitual roteiro cultural dos lisboetas. Mas, onde andam os artistas emergentes? Esses que não correm as bocas do mundo? Nestas galerias, está claro. Muitos deles ao lado de grandes nomes da arte nacional e internacional. Ora tome lá uma lista de galerias de arte alternativas, algumas ainda meninas e moças na capital onde se compra e desfruta de arte em todos os moldes. Cada uma delas merece uma visita com olhos de lince, atentos ao mais pequeno detalhe.

  • Arte
  • Arte urbana

Vhils, Bordalo II, Aka Corleone, Smile, ±MaisMenos±, Tamara Alves ou Mário Belém são alguns dos nomes mais sonantes neste roteiro de arte urbana em Lisboa. A eles juntam-se artistas de todo o mundo, que escolhem Lisboa para servir de tela aos mais variados estilos e mensagens. Se por um lado Lisboa está em guerra com taggers com pouco talento para a coisa – e que fazem questão de espalhar assinaturas por tudo quanto é sítio –, por outro a cidade é cada vez mais um museu a céu aberto de belíssimas obras de arte urbana. Embarque connosco num passeio alternativo pela cidade.

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  • Coisas para fazer

Não precisa de ter uma viatura automóvel, um motociclo ou mesmo uma bicicleta para fazer uma visita a estes parques de estacionamento alfacinha. E sim, visitar um arrumo para carros por puro lazer não é o primeiro item da lista de coisas obrigatórias para fazer em Lisboa. Mas pode ser. Porquê? Porque andámos debaixo de terra para o tentar provar e encontrámos arte urbana e banda desenhada, muita história desenterrada e até música erudita, a fazer concorrência (da boa) ao som que vai escapando pelas janelas de alguns carros.

  • Arte

Os museus há muito que deixaram de ser apenas dentro de quatro (por vezes aborrecidas) paredes. O espaço público tornou-se, em muitos locais em Lisboa, num verdadeiro museu a céu aberto, com obras de arte pública, feitas por artistas de alto gabarito, mesmo à mão e olhos de semear. Da arte urbana às estátuas mais polémicas, das instalações bonitas-mas-imperceptíveis à arte utilitária – nesta lista de obras de arte ao ar livre tem o melhor dos dois mundos: ar puro e zero gastos. Não dá para pedir mais.

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