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As vilas gémeas da Estrada de Benfica
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O Pátio das Antigas: As vilas gémeas da Estrada de Benfica

A Vila Ana e a Vila Ventura foram construídas em 1890 e 1910, respectivamente, e lá moraram ou por lá passaram António de Spínola, Luiz Pacheco e António Lobo Antunes. Estão a ser transformadas em apartamentos de luxo.

Escrito por
Eurico de Barros
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António de Spínola, ex-Presidente da República e marechal, quando ainda andava no Colégio Militar; os avós dos escritores Luiz Pacheco e António Lobo Antunes, e seus netos, e o poeta António Maria Lisboa, grande amigo daquele; a escritora Maria Lamas. Estas são algumas das pessoas que moraram ou pernoitaram na Vila Ana e na Vila Ventura, os dois pitorescos chalés mandados construir na Estrada de Benfica, respectivamente em 1890 e 1910, por Maria Gertrudes Macedo de Barros, uma abastada senhora, a primeira tendo o nome da sua mãe, a segunda o do pai. A zona era então um bucólico arredor de Lisboa, e das janelas via-se o então campo de futebol do Sport Lisboa e Benfica, também chamado Campo da Feiteira.

A Vila Ana e a Vila Ventura são os dois últimos vestígios deste tipo de casa apalaçada (ou “casa de brasileiro”, como eram chamadas nos finais do século XIX e no início do século XX) na zona de Benfica. Com o passar dos anos e a evolução da cidade, o bairro de Benfica foi perdendo as zonas verdes, as casas antigas, os chalés e as quintas foram desaparecendo, os automóveis e os autocarros tomaram o lugar das carroças e das carruagens, e os prédios das grandes urbanizações passaram a dominar a paisagem. Os últimos moradores da Vila Ana e da Vila Ventura morreram ou mudaram-se, e os dois chalés estão a ser reabilitados para serem apartamentos de luxo.

Coisas e loisas de outras eras:

+ O hospital que foi um palácio nobre

+ O café “irmão” do Cinema Monumental

+ A Casa Verol do militar à porta

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