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Café Monumental
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O Pátio das Antigas: O café “irmão” do Cinema Monumental

Os bolos e os cogumelos “al ajillo” eram das iguarias mais famosas do Café Monumental, inaugurado em 1955 no mesmo edifício do Cine-Teatro Monumental, do lado da Avenida Fontes Pereira de Melo. Viria abaixo com este, em Abril de 1984.

Escrito por
Eurico de Barros
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Foi a 17 de Setembro de 1955, quatro anos após a inauguração do Cine-Teatro Monumental, que abriu no mesmo edifício, virado para a Avenida Fontes Pereira de Melo, o Café Monumental, projectado pelo arquitecto Rodrigues Pereira e com construção, decoração e mobiliário a cargo dos artistas José Espinho e Fred Kradolfer. Tinha dois andares e oferecia também serviço de casa de chá, snack-bar e restaurante. Um ano depois, abriu no edifício ao lado outro dos endereços emblemáticos da zona do Saldanha durante várias décadas, o café e restaurante Monte Carlo, que foi o primeiro em Lisboa a servir comida indiana.

O Monumental e o Monte Carlo tinham à entrada tabacarias que vendiam os principais jornais e revistas nacionais e estrangeiros, e eram frequentados até muito tarde por actores – em especial do teatro –, intelectuais, escritores, jornalistas, toureiros e gente do regime e da oposição. Havia pessoas que iam aos dois e outras que eram ferrenhos de um ou de outro. A cozinha do Monumental era famosa pelos bolos e pelos cogumelos al ajillo, que muitos recordam lá ir comer à ceia, vindos de uma sessão de cinema ou teatro do vizinho e majestoso cine-teatro, lá cruzando também membros do elenco da peça ou da revista ali em cena, como Laura Alves, Paulo Renato, Raul Solnado ou o empresário Vasco Morgado. O Café Monumental veio abaixo com o cinema, em Abril de 1984.

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