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Pátio das Antigas: Farmácia Estácio
DRPátio das Antigas: Farmácia Estácio

Pátio das Antigas: a farmácia histórica da Baixa

Quase a cumprir 140 anos, a Farmácia Estácio já teve uma sucursal no Porto, destruída por um incêndio em 1975. Foi fundada no Rossio e está agora a funcionar nos Restauradores.

Escrito por
Eurico de Barros
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Emílio Augusto de Faria Estácio, farmacêutico formado pela Universidade de Coimbra, fundou a histórica Farmácia Estácio no Rossio, em 1883. Lá se vendiam então, entre muitos outros remédios, o Lachante Sedlitz Granulado ou a Emulsão Estácio, esta feita “de óleo de bacalhau puro com os hypophosphitos de cal e soda”, bem como perfumes e artigos de higiene, muitos deles fabricados pela Companhia Portuguesa Hygiene, também criada por aquele.

A localização central, a variedade na oferta dos seus produtos e a qualidade do serviço transformaram em pouco tempo a Farmácia Estácio numa das mais importantes de Lisboa. Era de tal forma conhecida e concorrida que surge citada em obras literárias, em peças teatrais e em quadros de revistas do Parque Mayer. Nos anos 20 do século passado, dá-se a expansão para o norte, com a abertura de uma sucursal no Porto, bem como dos Laboratórios Estácio, em meados da década de 30. A Farmácia Estácio da Invicta ficaria conhecida pela engenhosa “balança falante” que ali foi instalada nos anos 40, e que causou uma enorme sensação. Este estabelecimento seria totalmente destruído por um incêndio em 1975. Recentemente, em 2011, a Estácio abriu uma sucursal em Xabregas. Quase a fazer 140 anos, a histórica Farmácia Estácio sobreviveu a ventos, marés e revoluções, e continua a funcionar, encontrando-se agora instalada nos Restauradores.

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