Raquel Welch em ‘Quando o Mundo Nasceu’
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Os melhores filmes de Raquel Welch

Em dez filmes, recordamos o melhor da carreira no cinema da actriz norte-americana Raquel Welch (1940-2023).

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De Viagem Fantástica a O Belo Animal, sem esquecer Quando o Mundo Nasceu ou ainda o controverso Myra Breckinridge, eis uma dezena dos melhores filmes protagonizados por Raquel Welch, todos feitos nos anos 60 e 70, quando a sua estrela brilhou com maior intensidade em Hollywood. Um deles, 100 Armas ao Sol, quebrou mesmo um tabu racial da indústria cinematográfica. Welch foi o maior símbolo sexual do cinema americano de então, o que não a impediu de mostrar que também tinha que ser levada a sério como actriz e que não era só uma cara bonita e um corpo escultural.

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Os melhores filmes de Raquel Welch

Viagem Fantástica

De Richard Fleischer, 1966

O sucesso deste memorável filme de ficção científica, em que uma equipa médica é reduzida a um tamanho microscópico, metida microssubmarino  num e injectada na corrente sanguínea de um cientista que teve um acidente, para lhe salvar a vida, tirou Raquel Welch do limbo dos papéis secundários e transformou-a numa estrela. Aliás, tal como previu na altura o experiente realizador Richard Fleischer.

Quando o Mundo Nasceu

De Don Chaffey, 1966

Mal sabia Raquel Welch, quando aceitou fazer o papel de Loana, uma mulher das cavernas nesta fantasia de aventuras pré-históricas, “porque o salário era bom e a rodagem ia decorrer na Europa”, como diria mais tarde, que a fita a transformaria num dos maiores símbolos sexuais dos anos 60. E tudo graças a um biquíni de pele que a faria também entrar para a história do cinema. E Welch que pensava também que o filme ia ser “rapidamente esquecido”…

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Bandolero!

De Andrew V. McLaglen, 1968

James Stewart, que contracena com Raquel Welch neste western tardio, juntamente com Dean Martin, não poupou então elogios à sua colega, prevendo que ela ia “sair-se muito bem” como actriz. Welch não se deixa intimidar pela presença de colegas tão famosos e carismáticos como Stewart e Martin, e mostra toda a sua genica na tela, numa personagem que até pega em armas para enfrentar bandidos mexicanos.

100 Armas ao Sol

De Tom Gries, 1969

Além de ser um sólido western passado no início do século XX, 100 Armas ao Sol tornou-se num filme marcante por ter uma famosa cena de sexo entre Raquel Welch e Jim Brown, um ex-futebolista negro tornado actor, que quebrou o tabu de Hollywood sobre cenas íntimas interraciais. A actriz ficou assim ligada a outro momento significativo da história do cinema americano. Ironicamente, Welch e Brown não se deram bem durante a rodagem.

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Myra Breckinridge

De Michael Sarne, 1970

Raquel Welch aceitou o papel de um transsexual neste controverso filme adaptado do livro homónimo de Gore Vidal, porque queria ser levada a sério como actriz. Vidal, que trabalhou no argumento antes de ser despedido pela produção, detestou a fita, que é considerada por muitos como uma das piores da história do cinema, e de culto por outros, mas há que admirar o risco tomado por Welch, pois podia ter comprometido a sua carreira.

Hannie Caulder

De Burt Kennedy, 1971

Foi neste western que Raquel Welch teve um dos melhores papéis da sua carreira, compensando o falhanço de Myra Breckinridge. Ela interpreta a mulher do título, que depois de ter sido violada por três fora-da-lei que também lhe mataram o marido, decide vingar-se deles. Hannie Caulder contrata então um caçador de prémios para a ensinar a atirar, para que possa matar os três homens que trouxeram a tragédia à sua vida.

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Kansas City Bomber

De Jerrold Freeman, 1972

Neste filme algo esquecido (e injustamente), Raquel Welch interpreta K.C. Carr, uma mãe solteira independente e determinada, que faz parte de uma equipa feminina de Roller Derby e aspira ter uma vida estável e feliz, e também alcançar a fama. Welch, que em jovem tinha feito ballet e praticado desporto, recusou ser dobrada nas sequências de patinagem e dá-nos um bonito e convincente retrato de uma mulher que não desanima nem verga.

A Charada da Morte

De Herbert Ross, 1973

Escrito pelo actor Anthony Perkins e pelo compositor Stephen Sondheim, este misto de policial e de comédia negra, todo passado num iate ao longo de uma viagem de uma semana, transformou-se, merecidamente, num filme de culto. Raquel Welch tem um dos principais papeís femininos e contracena com nomes como James Mason, James Coburn e Ian McShane, não se deixando intimidar por tais pesos-pesados.

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Os Três Mosqueteiros – Os Diamantes da Rainha

De Richard Lester, 1973

Raquel Welch ganhou o Globo de Ouro de Melhor Actriz numa Comédia ou Musical pela sua interpretação da belíssima Constance Bonacieux nesta jubilatória adaptação do clássico de Alexandre Dumas, realizada por Richard Lester. Welch entra perfeitamente no espírito simultaneamente aventuroso e brincalhão da fita, tendo repetido o papel na continuação, A Vingança de Milady (1974). 

O Belo Animal

De Claude Zidi, 1977

Depois desta divertidíssima comédia passada no mundo do cinema, em que Raquel Welch dá boa réplica a Jean-Paul Belmondo, este num duplo papel, o de um desastrado “duplo”, e o do actor medroso que ele tem que “dobrar”, a actriz faria apenas telefilmes e musicais nos palcos da Broadway durante vários anos. Só voltaria ao cinema em 1994, para se interpretar a si mesma em Aonde é Que Pára a Polícia 33 1/3.

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