Citizen Kane

Os 100 melhores filmes clássicos

São os melhores filmes clássicos. 100 referências da história do cinema que todo o cinéfilo que se preza deve conhecer.

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Comédias e westerns, policiais e melodramas, ficção científica e fantástico, sem esquecer o musical, há de tudo nesta lista preenchida com 100 dos melhores filmes clássicos. Nela encontramos obras de alguns dos melhores realizadores da história do cinema, como Buster Keaton, Fritz Lang, Ingmar Bergman, John Ford, Howard Hawks, Federico Fellini, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Luchino Visconti ou Martin Scorsese, entre muitos, muitos outros. Pode ser o início de uma colecção de grandes obras do cinema mundial em DVD ou Blu-ray. Ou ainda uma lista para orientação no YouTube, onde se encontram vários destes títulos em boas cópias.   

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Os 100 melhores filmes clássicos

1. 'O Nascimento de Uma Nação' (1915)

É um dos mais importantes filmes de sempre. Uma obra-prima do cinema, tingida de controvérsia pela representação positiva e heróica que o realizador D.W. Griffith, natural do Sul dos EUA, apresenta do Ku Klux Klan durante as sequências do filme passadas após a Guerra Civil americana.

2. ‘Intolerância’ (1916)

Mais uma obra-prima de D.W. Griffith. Este épico mudo com três horas e meia de duração conta, em paralelo, quatro histórias de intolerância em quatro épocas diferentes da nossa história, ao mesmo tempo que continua a inventar a linguagem do cinema.

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3. 'O Gabinete do Dr. Caligari' (1920)

Excepcional filme do alemão Robert Wiene, algures entre o fantástico e o terror, principalmente pelo seu cenário e cinematografia. As suas imagens ajudaram à definição estética de outros géneros e à criação de um estilo próprio por outros cineastas.

4. 'Nosferatu, o Vampiro' (1922)

E eis que F.W. Murnau definiu o cinema de terror através da exploração e representação em imagens poderosas e definidoras das mais obscuras nuvens que povoam o espírito humano. E, para não destoar do seu próprio tema, roubou o Drácula a Bram Stoker sem dar cavaco ao autor (daí o vampiro se chamar conde Orlock).

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5. 'O Inquilino Sinistro' (1927)

já inventivo trabalho de câmara de Alfred Hitchcock e, principalmente, os temas que fariam a riqueza artística da sua carreira (e financeira da sua vida), começam a formar-se neste filme mudo em que uma senhoria crê que o seu inquilino é Jack, o Estripador

6. ‘O Couraçado Potemkine’ (1925)

Um dos grandes filmes de propaganda da história do cinema, esta realização de Sergei Eisenstein sobre a revolta no navio de guerra do título, em 1905, ainda durante o regime czarista, é também uma obra formalmente revolucionária.

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7. ‘Pamplinas Maquinista' (1926)

Genial comédia de e com Buster Keaton, passada na Guerra Civil Americana, onde a acção se passa quase toda ao longo de uma linha do caminho de ferro, devido ao roubo de uma locomotiva. Sempre de cara fechada, Keaton leva o slapstick acrobático ao auge.

8. ‘Metrópolis’ (1927)

Um dos grandes filmes de ficção científica de sempre, situado numa colossal metrópole do futuro, realizado por Fritz Lang e escrito pela sua mulher, Thea von Harbou. A visualização da sociedade urbana e industrial futurista vale por si só o filme.

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9. ‘Aurora’ (1927)

O primeiro filme realizado pelo alemão F. W. Murnau em Hollywood é a história de um triângulo de amor e morte, a que o cineasta dá uma envolvência visual onírica e fantástica, recorrendo a uma série de inovações estilísticas e de encenação.

10. ‘A Paixão de Joana d’Arc’ (1927)

O mestre dinamarquês Carl Dreyer foi a França filmar o processo de Joana d’Arc baseando-se nas transcrições originais e optando por uma narração em grandes planos das caras dos actores, em vez de uma aproximação mais convencional.

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11. ‘O Vento’ (1928)

Rodado nos EUA pelo sueco Victor Sjostrom, esta história de uma rapariga (Lilian Gish) que vai viver com familiares num rancho, e quase enlouquece devido à solidão e à omnipresença do vento, é um dos pontos altos do cinema mudo e da narração puramente cinematográfica.

12. ‘O Homem da Câmara de Filmar’ (1929)

Um dos maiores filmes experimentais de sempre, uma sinfonia cinematográfica em que o cineasta russo Dziga Vertov procurou documentar, de forma vibrante e formalmente inovadora, a vida quotidiana em quatro cidades da União Soviética.

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13. 'A Oeste Nada de Novo' (1930)

Drama antibelicista sobre a I Guerra Mundial, na perspectiva do derrotado. A realização é de Lewis Milestone, que se agarra a um romance do escritor alemão Erich Maria Remarque para criar um épico e pungente manifesto contra todas as guerras.

14. 'Frankenstein, o Homem que Criou o Monstro' (1931)

Hoje pode parecer um pouco ingénuo, mas o filme de James Whale, a partir do romance de Mary Shelley, é um pioneiro do cinema fantástico e de terror, filmado com uma radicalidade na utilização da câmara que marcaria o trabalho de Whale e o cinema.

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15. 'Luzes da Cidade' (1931)

No início da década de 1930, Charlie Chaplin continuava a resistir ao avanço do cinema sonoro. Mas sem ser fundamentalista, já que usa com destreza alguma música e efeitos sonoros capazes de integrar a narrativa desta tragicomédia e romance moral entre um vagabundo e uma menina de bem.

16. 'Matou' (1931)

O caso real do chamado Vampiro de Düsselfdorf, que matou e violou uma série de pessoas, incluindo crianças, naquela cidade alemã, inspirou o primeiro filme sonoro de Fritz Lang. Uma obra-prima cuja influência sobre o cinema, e particularmente o suspense, continua a fazer-se notar.

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17. 'Scarface, o Homem da Cicatriz' (1932)

Excepcional filme de Howard Hawks sobre o crime na era da Lei Seca em Chicago. Explorando os novos códigos estéticos permitidos pelo cinema falado, o estúdio chegou a considerar esta versão mal disfarçada da história de Al Capone demasiado controversa para ser exibida, mas o bom senso imperou.

18. 'A Parada dos Monstros' (1932)

Tod Browning, que no seu tempo fugiu da escola para se juntar a um circo ambulante, reúne neste filme uma colecção de bizarras criaturas (os freaks do título original) para contar como a linda trapezista Cleo casa com o anão Hans pelo seu dinheiro e o envenena na primeira oportunidade.

 

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19. 'Rua 42' (1933)

Com esta película, Lloyd Bacon criou um novo género: o filme de bastidores, neste caso da encenação de um musical na Broadway. Isto numa altura em que o género musical, no cinema, não era muito mais do que a reprodução de números nascidos para o palco.

20. 'O Atalante' (1934)

Quando Jean tem uma visão de Juliette a dançar sobre a água, isto é amor. E sonho, que vem sempre junto, mas vê-se melhor no ecrã do que na realidade. Sendo um mestre da manipulação plástica, Jean Vigo faz de O Atalante um filme que não é deste mundo, circulando entre a espiritualidade e a sensualidade.

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21. 'Uma Noite Aconteceu' (1934)

É a comédia romântica original de Hollywood, aquela que criou o modelo para este género, apesar do escândalo que provocou na altura. Mas a popularidade desta história de uma herdeira em fuga e de um repórter de princípios duvidosos revelou-se mais forte e o filme ganhou uma mão cheia de Óscares.

22. ‘Uma Noite na Ópera’ (1935)

A realização é de Sam Wood, mas os verdadeiros autores desta genial comédia anárquica e nonsense são os Irmãos Marx – Groucho, Chico e Harpo –, que viram a Ópera de Nova Iorque (e não só) do avesso para ajudar o parzinho romântico a triunfar.

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23. ‘O Triunfo da Vontade’ (1935)

Um dos mais marcantes filmes de propaganda de sempre – o registo, por Leni Riefenstahl, do Congresso do Partido Nacional-Socialista em Nuremberga, em 1934 – encenado como um misto de acontecimento político épico e grande espectáculo de massas.

24. ‘Tempos Modernos’ (1936)

Sob a forma de uma comédia, Charlot reflecte sobre a industrialização e a modernização tecnológica e o seu efeito sobre as pessoas. As sequências em que a personagem se vê a braços com a maquinaria da fábrica onde trabalha são antológicas.

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25. 'Com a Verdade Me Enganas' (1937)

Nesta espantosa comédia de Leo McCarey, Irene Dunne e Cary Grant são um casal de divorciados sistematicamente tentando sabotar as novas relações do parceiro. Mas, principalmente, mostrando também que são um dos pares mais dinâmicos e versáteis da história do cinema.

26. ‘A Grande Ilusão’ (1937)

À beira do eclodir da II Guerra Mundial, Jean Renoir filma aqui uma história passada num campo de prisioneiros de guerra alemão durante o conflito anterior, onde captores e cativos estabelecem relações de amizade e de identificação humana.

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27. 'Os Deuses do Estádio’ (1938)

Os Jogos Olímpicos de Berlim filmados por Leni Riefenstahl, num documentário prodigioso que é um elogio aos atletas, ao desporto, à pujança física e à estética do corpo em esforço, bem como uma demonstração consumada de criatividade cinematográfica.

28. ‘Duas Feras’ (1938)

O supra-sumo da comédia screwball, com a assinatura de Howard Hawks, que mete ao barulho um pacato paleontólogo (Cary Grant), a rapariga avoada (Katharine Hepburn) que não o deixa em paz, o leopardo de estimação desta e um esqueleto de brontossauro.

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29. ‘E Tudo o Vento Levou’ (1939)

A maior epopeia melodramática da história de Hollywood, adaptada do best-seller de Margaret Mitchell, passada na Guerra Civil e assinada por Victor Fleming (George Cukor e Sam Wood também por lá passaram), é um dos marcos da idade de ouro dos grandes estúdios.

30. ‘O Feiticeiro de Oz’ (1939)

Victor Fleming outra vez, agora a filmar o livro de L. Frank Baum. Dorothy e os sapatinhos de rubi, a terra mágica de Oz, a Bruxa Má do Oeste, o Leão, o Homem de Lata e o Espantalho, a canção “Over the Rainbow”. Um deslumbramento de fantasia.

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31. 'O Monte dos Vendavais' (1939)

William Wyler dirigiu esta adaptação da magnífica tragédia escrita por Emily Brontë, uma obra-prima com um enredo em que as personagens morrem no fim, numa altura em que a corrente dominante em Hollywood se inclinava cada vez mais para a ligeireza do entretenimento.

32. 'Ninotchka' (1939)

E a Garbo ri-se. Foi mais ou menos assim que o filme de Ernst Lubitsch foi promovido. Pois, de facto, Greta Garbo, grande estrela nascida no cinema mudo em arriscada transição para o sonoro, sempre fora conhecida pela dramaticidade dos seus papéis. Desta vez, porém, com Melvyn Douglas como parceiro, a diva arriscou a comédia. E ainda bem.

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33. 'Casamento Escandaloso' (1940)

George Cukor realiza esta inteligente adaptação de Phillip Barry do êxito da Broadway do mesmo nome, com Cary Grant, Katharine Hepburn e James Stewart nos papéis principais. E, pelo caminho, cria um molde seguido por inúmeras comédias românticas até hoje.

34. 'O Grande Escândalo' (1940)

O cinismo multifacetado da peça The Front Page, de Ben Hecht e Charles MacArthur, é do mais adequado que há para compreender a actualidade. Mais ainda porque o realizador, Howard Hawks, na sua adaptação, teve a brilhante ideia de transformar o macho Hildy na explosiva fêmea interpretada por Rosalind Russell, assim detonando um dos mais incendiários duelos sexuais da história do cinema.

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35. ‘O Mundo a Seus Pés’ (1941)

Orson Welles co-escreveu, produziu, realizou e interpretou o principal papel desta fita sobre uma investigação da vida e da personalidade de um milionário e magnata dos jornais, recorrendo a uma estrutura narrativa estonteante de habilidade e inventividade.

36. 'A Quimera do Riso' (1941)

Preston Sturges retrata, nesta fita de 1941, uma América racista, preconceituosa, também generosa, nos seus dias, e capaz de solidariedade, mas, na generalidade, cruel para com os seus mais fracos. Ou seja: o contrário do que Hollywood mostrava como sonho americano.

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37. ‘Casablanca’ (1942)

O cinema de grande estúdio de Hollywood no seu melhor, e também a trabalhar para a propaganda de guerra, com este melodrama em que as vidas de pessoas comuns se vêem dramaticamente afectadas pelos terríveis acontecimentos que abalam o mundo.

38. 'Pagos a Dobrar' (1944)

Billy Wilder, com o escritor Raymond Chandler como argumentista, conta a história de um oportunista vendedor de seguros metido com mulher fatal que conspira para matar o marido e sacar a fortuna. E aqui interessa tanto o que se vê e o que diz como o que está nas sombras e o que nunca é pronunciado.

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39. 'O Mundo É Um Manicómio' (1944)

Esta farsa de Frank Capra sobre um crítico de teatro que no dia do casamento descobre que as tias muito queridas da noiva são, afinal, umas maníacas homicidas, e que a maluqueira está no ADN da família, é uma obra na vanguarda do seu tempo e ainda completamente recomendável.

40. ‘À Beira do Abismo’ (1946)

Howard Hawks realizou e William Faulkner colaborou no argumento deste brilhante policial adaptado de um livro de Raymond Chandler. Humphrey Bogart interpreta Philip Marlowe, o detective duraço e cool que investiga os podres de uma família rica.

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41. 'Do Céu Caiu Uma Estrela' (1946)

Frank Capra fez um filme de queda e redenção para toda a gente se sentir bem, mas ao não evitar percorrer os caminhos mais escuros da alma do protagonista introduziu elementos novos e disruptores no conceito de cinema familiar. O que viria a dar bons frutos no futuro.

42. 'Quando os Sinos Dobram' (1947)

Michael Powell e Emeric Pressburger filmam um grupo de freiras anglicanas destacadas para um convento-escola-hospital algures nos picos dos Himalaias, que vive, literal e metaforicamente, à beira de um precipício com vista para o luxuoso palácio do sultão local.

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43. 'A Corda' (1948)

Foi o primeiro dos quatro filmes em que Alfred Hitchcock e James Stewart trabalharam juntos e é uma das mais arriscadas e ousadas e experimentais obras do realizador inglês transplantado para Hollywood. Uma história claustrofóbica, registada como se fosse um único plano-sequência (o que, na altura, era tecnicamente impossível).

44. ‘Ladrões de Bicicletas' (1948)

O neo-realismo tem a sua expressão mais genuína nesta fita de Vittorio De Sica, rodada na Roma devastada do pós-guerra. Um homem tenta encontrar o ladrão da sua bicicleta nova, da qual depende para poder trabalhar e dar de comer à família.

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45. 'O Anjo Embriagado' (1948)

Toshiro Mifune foi dirigido pela primeira vez por Akira Kurosawa neste filme do pós-guerra, interpretando Matsunaga, o bandido volátil, violento e tuberculoso que fica amigo de Sanada (Takashi Shimura), um médico alcoólico que o trata após ele ter ficado ferido num combate entre gangues rivais.

46. 'Primavera Numa Cidade Pequena' (1948)

Uma dona de casa que vive numa cidadezinha chinesa com um marido inválido vê a sua rotina alterada quando o seu primeiro amor, um médico que habita em Xangai, volta a casa em férias, neste filme do realizador chinês Mu Fei.

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47. ‘Primavera Tardia’ (1949)

Um dos filmes maiores do japonês Yasujiro Ozu, reflectindo o seu interesse por histórias de famílias das classes trabalhadora ou média, contadas com minúcia, afecto e recato visual. Aqui, um professor viúvo decide que é altura de casar a sua filha única solteirona.

48. 'O Terceiro Homem' (1949)

É na aparência um filme negro, apesar de estilizado pelo realizador Carol Reed e pelo director de fotografia Robert Krasker em notável claro-escuro. A acção passa-se em Viena, depois da guerra, quando um medíocre romancista chega à cidade e é forçado a tornar-se investigador depois da morte de um amigo.

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49. 'O Crepúsculo dos Deuses' (1950)

Billy Wilder retrata, com dureza e sem paninhos quentes, a indústria dos sonhos, neste filme onde a capital do cinema surge como uma entidade cujo brilho incandescente esconde uma realidade cruel e determinada pelo lucro sob o lema de "o espectáculo tem de continuar".

50. ‘Nas Portas do Inferno’ (1950)

Akira Kurosawa revelou-se ao mundo, e abriu-lhe as portas do cinema japonês, com este filme passado no Japão medieval, onde um mesmo acontecimento (o assassinato de um samurai e a violação de mulher deste) é apresentado de pontos de vista diferentes.

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51. ‘Serenata à Chuva’ (1951)

A quintessência do musical americano destilada por Stanley Donen e Gene Kelly, que também interpreta o principal papel. A história passa-se no tempo do mudo e é um pretexto para um esfuziante festival de canções e dança. A felicidade feita cinema.

52. 'O Dia em que a Terra Parou' (1951)

Neste clássico da ficção científica, Robert Wise ajuda a definir as regras do género, quer pela utilização do teremim na banda sonora de Bernard Herrmann, como pelo arquétipo do disco voador extraterrestre, ou ainda o icónico robô gigante, Gort. Todavia, o centro do argumento é o dilema do costume: como responde a Humanidade à visita de extraterrestres.

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53. ‘Contos da Lua Vaga’ (1953)

Outro dos grandes realizadores nipónicos, Kenji Mizoguchi assina este filme fantasmagórico passado no Japão em guerra do século XVI, sobre dois homens pobres e ambiciosos que deixam as suas mulheres para ir em busca de riqueza e de glória.

54. ‘Viagem a Tóquio’ (1953)

Um casal idoso que vive na província decide visitar os filhos e os netos a Tóquio, mas a viagem não resulta tão feliz quanto eles pensavam. Yasujiro Ozu dá uma ressonância universal a esta história de uma família japonesa igual a muitas outras.

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55. ‘Viagem a Itália’ (1954)

Um casal em crise conjugal vai a Itália para vender uma casa que recebeu por herança, e o contacto com a realidade e a ancestral herança cultural italiana mexe profundamente com ambos. O melhor filme que Roberto Rossellini fez com a sua mulher, Ingrid Bergman.

56. ‘As Férias do Sr. Hulot’ (1954)

O distraído, bondoso, prestável e muito trapalhão Sr. Hulot, alter ego do seu criador, Jacques Tati, vai de férias para a praia, e a confusão instala-se no hotelzinho de família onde se instala. A comédia slapstick à francesa no seu melhor.

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57. ‘A Janela Indiscreta’ (1954)

Um fotógrafo parte uma perna e fica confinado ao seu apartamento de Nova Iorque por algum tempo. Começa a observar os vizinhos e desconfia que um deles matou a mulher. James Stewart e Grace Kelly interpretam este policial gloriosamente voyeurista de Alfred Hitchcock.

58. ‘Sentimento’ (1954)

Na Veneza ocupada pelos austríacos em meados do século XIX, uma aristocrata italiana apaixona-se por um oficial do exército ocupante, com consequências trágicas. Um sumptuoso e emocionalmente dilacerado melodrama de época filmado por Luchino Visconti.

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59. ‘Os Sete Samurais’ (1954)

A obra-prima de Akira Kurosawa. Sete samurais errantes são contratados pelos habitantes de uma aldeia para os defenderem de um grupo de bandidos que todos os anos lhes roubam as colheitas. Um épico arrebatador com um memorável papel de Toshiro Mifune.

60. 'Há Lodo no Cais' (1954)

Marlon Brando enfrenta uma quadrilha e tenta com um grande e redentor gesto fazer justiça e repor a verdade nesta obra-prima de Elia Kazan. E o papel do ex-pugilista Terry Malloy foi, sem dúvida, o que melhor lhe assentou e lhe deu entrada no panteão dos grandes actores do século XX.

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61. 'As Diabólicas' (1955)

Este filme de culto de Henri-Georges Clouzot proporcionou a Simone Signoret um dos seus papéis mais conhecidos e celebrados. Passa-se num colégio onde duas professoras planeiam o assassinato do director, marido de uma e amante da outra.

62. ‘O Lamento da Vereda’ (1955)

O primeiro e um dos melhores filmes do realizador indiano Satyajit Ray, centrado no jovem Apu, que vive, em condições de extrema pobreza, com a sua família, numa aldeia da Índia rural. Uma pequena maravilha de realismo quotidiano e humanista.

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63. 'Fúria de Viver' (1955)

Nicholas Ray confiou no instinto interpretativo de James Dean para o papel do revoltado e confuso Cal Trask. E, de uma assentada, confirmou o estatuto de estrela do malogrado actor e derrubou o estereótipo do adolescente inconsciente, quer na variante rebelde, quer na opção atinada.

64. 'La Pointe Courte' (1955)

O primeiro filme de Agnès Varda foi um precursor da nouvelle vague francesa de finais da década de 50 e dos anos 60. Conta, ao mesmo tempo, a história de um casal desavindo e de uma aldeia piscatória do Sul de França, também a passar por um mau bocado.

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65. 'A Sombra do Caçador' (1955)

Negra e densa exploração da psicologia de um assassino em série, que se torna particularmente assustadora pela perturbadora interpretação de Robert Mitchum. Com argumento de James Agee, a partir de um romance de Davis Grubb, e o actor Charles Laughton atrás das câmaras.

66. 'Tudo o que o Céu Permite' (1955)

O amor salta por cima das diferenças sociais e da idade, como demonstra Douglas Sirk neste melodrama com a sua inconfundível assinatura. Cary (Jane Wyman) é uma viúva afluente e sofisticada, Ron (Rock Hudson) o seu jovem, afável e inteligente jardineiro. O amor surge entre ambos, mas as pressões sociais e dos filhos de Cary são fortes e insistentes.

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67. 'A Desaparecida’ (1956)

John Wayne, Natalie Wood, Jeffrey Hunter, Vera Miles e Ward Bond são alguns dos intérpretes deste western majestoso e intimista de John Ford. Um veterano da Guerra Civil parte em busca da sobrinha, raptada pelos índios, numa demanda que vai durar anos.

68. 'Planeta Proibido’ (1956)

Uma versão em ficção científica da peça A Tempestade, de Shakespeare, realizada por Fred M. Wilcox, onde quem brilha é a tecnologia (Robby, o robô, um dos mais célebres autómatos da história do cinema) e a criatura (o original Monstro do Id).

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69. 'Rua da Vergonha' (1956)

Machiko Kyô, Aiko Mimasu e Ayako Wakao são as protagonistas desta obra que Kenji Mizoguchi situa no momento em que o parlamento japonês discute a proibição da prostituição, aproveitando a sua narrativa para contar o drama diário de um grupo de prostitutas.

70. ‘O Sétimo Selo’ (1957)

Um cavaleiro, o seu escudeiro e um grupo de actores itinerantes na Europa medieval devastada pela peste. Uma alegoria sobre o sentido da existência, a fragilidade da vida, a ausência de Deus e a omnipresença da morte com o selo visual e intelectual de Ingmar Bergman.

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71.  ‘A Mulher que Viveu Duas Vezes’ (1958)

Um detective de São Francisco (James Stewart) investiga a mulher (Kim Novak) de um amigo e fica pouco a pouco obcecado por ela. Vertigens, necrofilia, fantasmagoria e suspense combinam-se nesta obra-prima malsã de Alfred Hitchcock.

72. 'Rio Bravo' (1959)

O western clássico dos westerns clássicos, realizado por Howard Hawks. Um xerife (John Wayne) enfrenta o poderoso rancheiro local, ajudado por um punhado de aliados improváveis, incluindo um ajudante alcoólico (Dean Martin).

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73. 'O Carteirista' (1959)

Robert Bresson apresenta o caso de um homem incapaz de controlar o seu desejo de roubar como se fosse um estudo científico: uma investigação ao interior de um cérebro que, depois de uma estada na prisão, decide ficar à parte e não se regular pelas regras sociais.

74. 'Os 400 Golpes' (1959)

Um dos primeiros filmes da nouvelle vague, em que François Truffaut põe vários elementos autobiográficos e apresenta aos espectadores o seu semi-alter ego Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud), cuja vida haveria de seguir numa série de outras fitas.

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75. 'O Acossado' (1960)

Outro dos títulos pioneiros da nouvelle vague francesa, onde o cinema moderno começa e Jean-Luc Godard se anuncia como o seu maior guerrilheiro. Com Jean Seberg a vender o Herald Tribune nas ruas de Paris e Jean-Paul Belmondo obcecado por Humphrey Bogart e a dar corpo e voz ao espírito dos tempos, e deste movimento.

76. ‘A Doce Vida’ (1960)

Federico Fellini mergulha-nos de cabeça na Roma do início da década de 60, onde a riqueza e os excessos que ela traz substituíram as agruras do pós-guerra. O nosso cicerone é o jornalista sabido e blasé interpretado por Marcello Mastroianni.

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77. 'Psico' (1960)

Há quem defenda que este filme de suspense não mudou apenas o cinema, mas a própria a sociedade. E de facto, ao contar as histórias de Marion Crane e Norman Bates, Alfred Hitchcock ajudou a pavimentar o caminho para os tremores de terra culturais e respectivas revisões morais da década que se iniciava.

78. 'Spartacus' (1960)

Dirigido por Stanley Kubrick, a partir de um argumento de Dalton Trumbo, Spartacus documenta uma das primeiras revoltas a pôr em causa a hegemonia do Império Romano. Uma obra de agitação e propaganda revolucionária que acabou por empochar quatro Óscares.

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79. 'Lawrence da Arábia' (1962)

O lado épico do cinema de David Lean está todo nesta colossal biografia de T.E. Lawrence (Peter O’Toole), com destaque para os anos passados no Médio Oriente e durante a I Guerra Mundial. Apesar do fôlego de grande espectáculo, a psicologia da personagem nunca é esquecida.

80. 'A Ultrapassagem' (1962)

Um playboy exibicionista e fanfarrão, interpretado por Vittorio Gassman, e um tímido e calado estudante de Direito, vivido por Jean-Louis Trintignant, cruzam, no Lancia descapotável daquele, uma Itália estival e em rápida modificação devido ao "milagre económico" da época. Dino Risi assina aqui um notável misto de road movie, drama existencial e comédia social.

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81. 'O Enviado da Manchúria' (1962)

Infelizmente, e ainda que com as devidas adaptações às novas circunstâncias, a evolução desta era mantém demasiado actual esta fita de John Frankenheimer. Uma bem doseada mistura de thriller psicológico com intriga política, condimentada por grande e justificada quantidade de paranóia e manipulação de informação.

82. 'O Homem que Matou Liberty Valance' (1962)

História e lenda encontram-se e confundem-se neste western de John Ford, tão poderoso como tocante, e já a anunciar o entardecer do género. Com John Wayne, James Stewart, Vera Miles, Edmond O’Brien e Lee Marvin.

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83. '8½' (1963)

Federico Fellini monta um verdadeiro circo de emoções a partir das suas próprias emoções, entregando ao maior dos actores europeus, Marcello Mastroianni, o papel de seu alter ego, um realizador atormentado com o final a dar ao seu filme. Uma obra ousada e delirante.

84. 'O Leopardo' (1963)

Notável adaptação, por Luchino Visconti, do melancólico livro do príncipe Giuseppe Tomasi di Lampedusa, passado durante a unificação de Itália e sobre o fim de um mundo e o (aparente) começo de outro novo. Com Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale.

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85. 'Um Homem e uma Mulher' (1966)

Neste galardoado filme de Claude Lelouch, Jean-Louis Trintignant e Anouk Aimée são dois viúvos que se conhecem quando vão buscar os filhos ao colégio. Envolvem-se sentimentalmente, embora as recordações que tenham dos seus cônjuges sejam muito fortes.

86. 'O Evangelho Segundo São Mateus' (1964)

Pier Paolo Pasolini (que chegou a declarar-se simultaneamente comunista e católico) conta a história de Cristo a partir do "Evangelho segundo São Mateus". Ou melhor, da parte dele que mais convinha à narrativa que imaginou e que mostra Jesus como uma espécie de marxista primitivo lutando simbolicamente pelos direitos dos pobres.

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87. 'A Máscara' (1966)

Ingmar Bergman filma o emocionalmente poderoso e até um pouco doentio, embora comovente, relacionamento de uma doente (Liv Ullmann), actriz que apesar da óptima saúde se recusa a falar, com a sua diligente enfermeira, e aparentemente perita em empatia, interpretada por Bibi Andersson.

88. 'Blow-Up – História de Um Fotógrafo' (1966)

Michelangelo Antonioni aproveita a festiva “swinging London” dos 60s para criar um filme luminoso que a evolução narrativa torna cinzento e misterioso, pondo em causa o niilismo ligeiro que ele próprio imprime como matriz do desenvolvimento do enredo. Com David Hemmings e Vanessa Redgrave nos papéis principais.

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89. 'O Bom, o Mau e o Vilão' (1966)

A obra-prima de Sergio Leone não é apenas o melhor exemplo do western-spaghetti. É um grande filme, ponto. E, além de ter dado uma carreira a Clint Eastwood e mostrado a genialidade musical de Ennio Morricone, criou um novo paradigma para o cinema de acção.

90. 'Quem Tem Medo de Virginia Woolf?' (1966)

A particular crueldade da relação entre George e Martha, na peça homónima de Edward Albee, é ampliada pela realização de Mike Nichols. O resultado é uma demonstração quase hiper-realista do sadismo e masoquismo psicológico de que é capaz um casal com os dias contados.

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91. ‘Ofício de Matar’ (1967)

Este policial contemporâneo e urbano realizado por Jean-Pierre Melville deve tanto ao western como ao filme de samurais (o título original é, aliás, Le Samurai). Alain Delon interpreta Jef Costello, um assassino profissional solitário e ensimesmado.

92. 'Bonnie e Clyde' (1967)

Arthur Penn tornou os cruelmente famigerados Bonnie e Clyde numa espécie de Romeu e Julieta do crime de pé-descalço. Pelo caminho, glamorizou em magníficas imagens a violência dos seus actos e a sua barbárica captura e execução pelas forças policiais numa sequência tão chocante como fascinante.

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93. 'A Semente do Diabo' (1968)

Roman Polanski dirige uma boa e esquinada história, adaptada por Gérard Brach de um romance de Ira Levin, e protagonizada por Mia Farrow e John Cassavetes. Um clássico do cinema de terror, com muita imaginação na colocação das câmaras e na obtenção de cada plano para deixar muito boa gente a pensar melhor na maternidade.

94. '2001: Odisseia no Espaço' (1968)

Este filme de ficção científica enigmático, monumental e visionário de Stanley Kubrick, baseado num conto de Arthur C. Clarke, é um monumento do género na sua especulação sobre a origem e o destino do homem no meio de um universo infinito.

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95. ‘A Quadrilha Selvagem’ (1969)

Homens que não mudam num tempo em rápida mudança, é o tema deste western crepuscular de Sam Peckinpah, sobre uma quadrilha que assalta um banco em 1913 e foge para o México. As sequências em câmara lenta ficaram como a assinatura estilística do realizador.

96. 'Decameron' (1971)

Premiado com um Urso de Prata em Berlim, o Decameron de Pier Paolo Pasolini provocou o devido escândalo e grande agitação no Vaticano. O que, aliás, só ajudou à popularidade desta visão explicitamente crua e metafórica do Renascimento e da sociedade italiana.

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97. 'O Padrinho' (1972)

Primeiro título de uma trilogia sobre uma família da máfia de Nova Iorque, os Corleone, este filme de Francis Ford Coppola sobre livro de Mario Puzo tem ressonâncias de tragédia shakespeareana sobre o poder. Com Marlon Brando, Al Pacino, Robert Duvall e Diane Keaton.

98. 'Amarcord' (1973)

O título deste filme parcialmente autobiográfico de Fellini é um composto das palavras “amar” e “recordar”. Entre a comédia e o drama, o realizador evoca uma infância passada em Rimini, a sua cidade natal, durante a época do fascismo, misturando realismo e fantasia.

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99. 'Taxi Driver' (1976)

Um taxista veterano do Vietname (Robert De Niro) tenta manter a sua precária sanidade, enquanto procura resgatar uma prostituta menor (Jodie Foster) das mãos dos que a exploram. Martin Scorsese realiza, sobre argumento de Paul Schrader, este vigilante movie torturado e violento.

100. 'Guerra das Estrelas' (1977)

George Lucas foi inspirar-se nas velhas space operas de ficção científica, que glosa e homenageia ao mesmo tempo, para escrever e realizar esta jubilatória epopeia de recorte místico, passada “há muito, muito tempo, numa galáxia longínqua”.

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O potencial cinematográfico (e não só) da ficção científica é quase infinito. É nestes filmes que os nossos maiores pesadelos podem tornar-se realidade e os nossos sonhos concretizar-se, ao mesmo tempo que é dito e posto em causa algo sobre o nosso presente. E o género sempre fez as delícias do público, desde o tempo dos efeitos especiais básicos e rudimentares dos filmes mudos ao excesso digital dos blockbusters contemporâneos. Hoje, no entanto, é a própria crítica quem aplaude e celebra muitos destes filmes, tal como acontece com os super-heróis e o terror.

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