Óscares 2018: E o Melhor Filme de Animação é…

Nomeados pela primeira vez, o realizador Tom McGrath e o produtor Ramsey Naito apresentam uma das mais esteticamente formais propostas cinematográficas do ano neste The Boss Baby. Porém, a história de Tim é bem engendrada. Aos sete anos surpreendido pelos pais com um irmão, aparentemente acabado de nascer, apesar do fato e gravata e da pasta pela mão, o mesmo Tim que pouco depois ainda mais se vai surpreender quando dá com o bebé a falar ao telefone, descobre que há por ali uma tramóia, provavelmente espionagem, provavelmente industrial, que vai muito além de ele perder o primeiro lugar no afecto dos pais.

É com outra criança, esta, Parvana, uma rapariga de 11 anos vivendo no distante Afeganistão, que Nora Twomey e o produtor Anthony Leo chegam à sua primeira nomeação para os Óscares. A abordagem da realizadora leva o seu filme até 2001, quando o país estava dominado pelo fanatismo religioso dos talibã, e o pai da rapariga, professor e discreto opositor do regime, a entretinha com histórias antigas. Histórias de um Afeganistão em paz, histórias com o seu quê de fantástico e mítico, muito bem aproveitados esteticamente pela realização. Voltando ao assunto, o pai de Parvana é preso e a rapariga, consciente das limitações do seu género naquelas circunstâncias, disfarça-se de rapaz, assim podendo alimentar a família até encontrar maneira de libertar o pai.

E que tal, em vez de uma criança dotada, um grande boi trapalhão e socialmente desajustado como protagonista? Pois aí está, nesta animação do experiente realizador brasileiro Carlos Saldanha (em 2004 nomeado, a meias com John C. Donkin, na categoria Melhor Curta-Metragem de Animação por Gone Nutty), produzida por Lori Forte, encontra-se Ferdinando, um boi gigante de coração mole. Acontece que o protagonista é confundido com uma besta perigosa e capturado. Mas Ferdinando está determinado a regressar ao conforto do seu lar e não descansa enquanto não conquista o seu objectivo, não hesitando perante o perigo da aventura, ao mesmo tempo mostrando que não se deve julgar pela aparência.

E que tal, em vez de uma criança dotada, um grande boi trapalhão e socialmente desajustado como protagonista? Pois aí está, nesta animação do experiente realizador brasileiro Carlos Saldanha (em 2004 nomeado, a meias com John C. Donkin, na categoria Melhor Curta-Metragem de Animação por Gone Nutty), produzida por Lori Forte, encontra-se Ferdinando, um boi gigante de coração mole. Acontece que o protagonista é confundido com uma besta perigosa e capturado. Mas Ferdinando está determinado a regressar ao conforto do seu lar e não descansa enquanto não conquista o seu objectivo, não hesitando perante o perigo da aventura, ao mesmo tempo mostrando que não se deve julgar pela aparência.

Era mais ou menos inevitável, dada a qualidade da obra e a ausência de ousadia da concorrência, ver o filme de Dorota Kobiela e Hugh Welchman (que venceu na categoria de Curta-Metragem, em 2008, com Peter & the Wolf), produzido por Ivan Mactaggart, na lista de nomeações ao Óscar de Melhor Filme de Animação. Esta película, emulando a pintura do seu protagonista em cada plano, vive também de uma habilidoso argumento (originário na biografia de Steven Naifeh e Gregory White Smith, VanGogh: The Life, publicada em 2011) que explora tese alternativa à explicação oficial de morte por suicídio de Vincent Van Gogh, apontando para a possibilidade do pintor ter sido vítima de homicídio involuntário.