
Guia para um fim-de-semana perfeito no Porto
Já só quer que a semana acabe? Ainda bem, porque neste guia tem tudo o que precisa para um fim-de-semana perfeito no Porto.
Anda a suspirar por uns dias de folga, mas nunca sabe o que fazer com eles? Resolvemos-lhe o problema com este guia para um fim-de-semana perfeito no Porto. Exposições, concertos, cinema e teatro são algumas das opções. Tome nota do que aqui lhe mostramos e aproveite tudo o que a Invicta tem para lhe oferecer. Se isto não bastar para o entreter, pode sempre fazer o roteiro de arte urbana do Porto, que, além de encher a vista, permite-lhe passear ao ar livre e garantir o distanciamento físico neste tempo pandémico.
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Guia para um fim-de-semana perfeito no Porto:
1. Cortelho
Exposição da dupla de artistas Daniel Moreira e Rita Castro Neves sobre o tema e o motivo do cortelho – pequena construção em pedra de granito, abrigo em forma de iglu, característico da paisagem rural do noroeste português. A partir de uma proximidade – emotiva, física e familiar - com o território rural transfronteiriço do Gerês, e apoiados na relação antiga entre humano e animal, olham para as suas influências na nossa cultura e no território português a partir do estudo do cortelho nortenho. Chocalhos e apitos, líquenes, musgos e pedras reactivam-se na instalação, por entre escultura, fotografia, desenho, vídeo, serigrafia, e outras matérias mais. No tempo presente de profunda desconexão com a natureza e de instalada crise ambiental, dentro do cortelho sente-se um pulsar antigo e o abismo do tempo, através da confusão de histórias de seres e pedras. A exposição pode ser visitada por marcação (919 010 716) de quinta a sábado, até 30 de Janeiro.
2. Give me truth! Cumplicities
A exposição toma como matéria concreta os cruzamentos disciplinares entre as artes visuais e as artes performativas. Apresenta pesquisas individuais de três artistas-investigadores de gerações sequenciais – Hugo Ferreira e Nuno M. Sousa; Marta Ramos; Sebastião Paz Costa – que se aventuram em processos de criação abertos e híbridos. A mostra, com curadoria FlyingPoetics | Fpoetics®, irá sendo actualizada pela estreia sequencial de três peças inéditas por cada um dos artistas-investigadores.
3. Que horas são que horas: uma galeria de histórias
A exposição reflecte sobre a paisagem histórica das galerias de arte no Porto, entre a aparente abertura cultural do final da II Guerra Mundial e a retracção do tecido cultural provocada pela recente crise económica. Este retrato retrospectivo atravessa as exposições independentes em livrarias que ensaiaram uma profissionalização alternativa da arte, recorda o confronto com novos públicos e espaços cívicos que só a revolução de 1974 permitiu até à celebração das inaugurações simultâneas na rua Miguel Bombarda, culminando na rede de lugares alternativos organizada para resistir à Troika.
4. Souto de Moura - Memórias, Projectos, Obras
A exposição percorre os bastidores de 40 anos de criação de Eduardo Souto de Moura a partir de 40 projectos (construídos ou não) visitados em desenhos, fotografias e documentos nunca antes vistos.
5. Speculative Intimacy
Alicia Kopf – pseudónimo de Imma Ávalos (Girona, 1982) – entrou de rompante nos circuitos culturais internacionais com a publicação do romance Irmão de Gelo (2016). Imagens, desenhos, diagramas ou mapas convivem com mensagens whatsapp, excertos de artigos científicos ou informação captada online. Produz também outros objectos – desenhos, fotografias, vídeos – que funcionam como declinações do mesmo impulso que a leva à escrita. Uma vez dispostos num espaço, estes objectos compõem teias de relações sensíveis a que nos habituámos a chamar de exposições. Aquela que Alicia Kopf apresenta na Culturgest prolonga o seu interesse pelos temas da conquista e da comunicação, com a tónica na progressiva digitalização das nossas vivências da intimidade, da partilha e do amor.
6. Século monstro
Depois de lançar, recentemente, o livro de artista Monstro, Agostinho Santos apresenta a sua maior exposição até à data em Matosinhos. São mais de 150 obras que vão habitar a Galeria Municipal numa curadoria de Albuquerque Mendes e Valter Hugo Mãe. Como habitual, o pintor e jornalista reflecte sobre as monstruosidades e tragédias humanas através da pintura e do desenho de personagens disformes e coloridas. A entrada é livre.
7. Alfredo Cunha. 50 anos de fotografia – 1970-2020
O conceituado fotojornalista português, que se tornou conhecido do grande público pelas emblemáticas imagens do 25 de Abril, comemora 50 anos de carreira. Esta exposição mostra a forma como foi documentando e testemunhando as transformações políticas, sociais e económicas do país e do mundo através de oito séries de fotografias, dedicadas a temas como o 25 de Abril, a descolonização, a guerra no Iraque e a pandemia.
8. Louise Bourgeois – Deslaçar um Tormento
A exposição, que pode ser vista no Parque e no Museu de Serralves até 20 de Junho de 2021, cobre um arco temporal de sete décadas, dando a ver obras realizadas pela artista entre os finais dos anos 1940 e 2010. Conta com um total de 32 obras, entre esculturas, têxteis, desenhos, livros e instalações arquitectónicas.
9. Manoel de Oliveira Fotógrafo
Nem só de imagem em movimento se fez o percurso de Manoel de Oliveira. Também a fotografia foi importante na construção da sua obra cinematográfica, servindo de instrumento de ensaio e pesquisa para os seus filmes. Esta exposição mostra mais de 100 fotografias, na sua maioria inéditas, capturadas pelo cineasta entre as décadas de 1930 e 1950.
10. Nets of Hyphae
Depois de em Junho expôr na Lehmann + Silva, Diana Policarpo regressa ao Porto para dar seguimento à sua investigação sobre “a relação de precariedade entre fungos e trabalhadores”, mais precisamente o Claviceps, vulgarmente conhecido como parasita da cravagem, que infecta o centeio e causa o ergotismo (intoxicação causada pelo consumo de produtos contaminados). Noutros tempos, foi usado em pequenas quantidades por curandeiras para provocar abortos, e especula-se que tenha corroborado as acusações de bruxaria contra mulheres no século XVII. Nesta exposição, a artista apresenta trabalhos em vídeo, animação, têxteis e ambientes sonoros para criar “relações especulativas entre as redes de fungos da cravagem e a saúde das mulheres”.
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