A Entrevista

O cinema tem destas coisas: enquanto arte, pode (e deve) misturar-se com as outras e, no final, todos saem a ganhar com uma experiência que foge ao normal. A partir de sábado, é o que acontece no Pavilhão . Há mais de uma década que alguns doentes do Júlio de Matos se iniciam na produção artística e o talento que por lá se encontra já fez correr muita tinta fora dos muros do hospital. Agora, chega mais um capítulo. Anabela Soares, um nome da casa, salta para a ribalta e partilha a galeria com Emir Kusturica. O realizador passa por Lisboa para o Lisbon & Estoril Film Festival e em A Entrevista cruza-se com a artista plástica. E têm muito mais em comum do que qualquer um dos dois imaginava. “O Kusturica respira as peças da Anabela”, afirma Sandro Resende, mentor do projecto há  anos. Partindo do filme Gato Preto, Gato Branco, Anabela Soares projectou todos os seus pesadelos em  esculturas, que vão servir de tela para a projecção de três excertos do mesmo filme, selecionados pelo realizador em pessoa. A inauguração está marcada para as , com a presença dos protagonistas. No mesmo dia, e sem sair do programa do LEFF, o Monumental recebe um ciclo de filmes realizados pelos doentes do hospital. A sessão arranca às .