Depois de ter exposto mais de 40 imagens no Palácio de Algés, em 2019, Mário Cruz repete a dose, desta vez em Almada. A exposição "Living Among What's Left Behing" ("Viver entre o que é deixado para trás") inaugurou agora no antigo edifício da União Eléctrica Portuguesa. Sob o foco do fotojornalista português volta a estar o cenário de poluição extrema no qual vive a população filipina, junto ao rio Pasig, em Manila – um curso de água que recebe, todos os anos, mais de 60 toneladas de lixo. Além da fotografia de grande formato e da colagem, o autor apresenta uma instalação feita a partir de algumas toneladas de lixo, uma novidade face à exposição de há três anos, já premiada pela Sociedade Portuguesa de Autores.
A lista de distinções do fotojornalista não fica por aqui – Mário Cruz e o único portugues a acumular dois prémios do World Press Photo (um primeiro lugar em 2016 e um terceiro lugar em 2019), além do Estação Imagem, que ganhou em 2014. A exposição fica patente até 30 de Dezembro e é uma oportunidade (a última) para visitar este edifício almadense, da autoria de Francisco Keil do Amaral, com a sua traça original. O imóvel será alvo de uma reabilitação, com base no projecto do arquitecto Ricardo Bak Gordon.
As visitas guiadas com o autor estão marcadas para os dias 30 de Outubro, 13 de Novembro e 11 de Dezembro, sempre às 16.00. Há ainda uma visita nocturna agendada para 21 de Outubro, às 22.00.