ZdB
© Ana Luzia | |

Crítica

Zé dos Bois

4/5 estrelas
  • Arte | Galerias
  • Bairro Alto
  • Recomendado
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A Time Out diz

Lisboa não seria a mesma sem a Zé dos Bois. Não é um exagero retórico, é um facto. O trabalho de programação e curadoria ali desenvolvido ao longo de mais de uma década por sucessivos programadores foi decisivo para abrir Lisboa a outras músicas, e a sala do Bairro Alto continua a ser absolutamente essencial. É a principal sala de música alternativa e exploratória da cidade, criada por um colectivo de artistas em 1994. Desde então, servem-se copos, há eventos no terraço, e o aquário mais famoso da cidade continua a mostrar por que razão se mantémd e pedra e cal como o aquário mais famoso da cidade. 

Detalhes

Endereço
Rua da Barroca, 59
Lisboa
1200-047
Transporte
Metro Baixa-Chiado. Bus 758
Horário
Seg-Ter 22.00-03.00, Qua-Sab 18.00-03.00

Novidades

Elias Rønnenfelt

Conhecemo-lo em 2011, quando os seus Iceage eram uma das mais entusiasmantes bandas da cena indie rock, cruzando o ADN pós-punk dos operários britânicos da Factory com a virulência indie e herdeira do hardcore dos pioneiros ianques da SST. Com o passar dos anos, porém, as arestas, as garras e os dentes dos dinamarqueses foram sendo limados. Amansaram. E mais amansou o vocalista Elias Rønnenfelt que, no ano passado, lançou Heavy Glory, um álbum de alt-country competente, como tantos outros. Esta quarta-feira, 19 de Fevereiro, vem apresentá-lo à Zé dos Bois. No entanto, estamos entusiasmados. Não pelo que levou os últimos anos a fazer, mas pelo que Lucre nos revelou. Largado no Youtube a 1 de Janeiro, e disponível desde a passada sexta-feira, 7 de Fevereiro, em todas as plataformas de streaming, este breve EP de sete faixas e 16 minutos é o melhor – porque o mais sanguíneo – trabalho a que o escandinavo emprestou a voz em mais de dez anos. Composto a meias com o enigmático Dean Blunt, é só indie-pop da boa, acústica e poída, com tanto de frágil como de estranho, não muito longe do que os Bar Italia fizeram na World Music do antigo cabecilha de Hype Williams. Vale a pena comprar bilhete na esperança de ouvir uma ou outra canção destas. Se tocar as sete? Pode ser o concerto do ano. Ainda por cima, na primeira parte, apresenta-se a solo Gabriel Ferrandini, transcendente baterista e compositor português que já colaborou com figurões internacionais como Alexander von...

Lexa Gates

Refrescante cantora e rapper de Queens, Nova Iorque. Estreou-se em 2024 com o álbum Elite Vessel, a meio caminho entre o r&b e o hip-hop, que agora traz à ZDB.

Rodrigo Amado & David Maranha

Dois dos grandes do jazz e da música exploratória portuguesa apresentaram-se em duo pela primeira vez, em Junho de 2023, na Escola do Largo. Continuam o trabalho começado nesse concerto, posteriormente documentado no disco Wrecks, na ZDB. Com Filipe Felizardo na primeira parte.
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