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A pool party que faltava

Escrito por
Clara Silva
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Chama-se Mr. Wednesday Pool Party e acontece até ao fim de Setembro na guesthouse gay The Late Birds. Uma boa oportunidade para conhecer turistas ou para mostrar a sunga nova.

Para celebrar um ano de noites Queer Lust, às quartas- -feiras no Mise En Scène – uma espécie de clube de sexo selecto num rés-do-chão perto do Parque Eduardo VII – João Gaspar, também um dos fundadores das noites Conga Club, decidiu organizar uma festa na piscina do The Late Birds, a guesthouse gay do Bairro Alto.

O feedback foi tão “positivo” que o que começou como uma festa isolada acabou por se tornar um ritual de Verão das quartas- -feiras no hotel. A Mr. Wednesday Pool Party, assim se chama, uma festa na piscina do hotel só para homens, prolonga-se até ao final de Agosto e vai continuar Setembro adentro, entre as 16.30 e as 20.30. Para “terminar o Verão em grande, com o regresso da maioria dos nossos amigos de férias”, dizem eles.

A parceria entre João Gaspar e Carlos Sanches Ruivo, dono do The Late Birds, é certamente uma das festas mais frescas do Verão alfacinha. Isto para quem lá conseguir entrar, claro. Se o “Grupo da Quarta” no Mise En Scène tem entrada restrita, a festa na piscina (que não é muito grande, não espere dimensões olímpicas) mais ainda. Só 30 pessoas entram e é preciso reservar com antecedência, até porque “esgota facilmente”, adiantam.

As reservas são feitas por email, por isso apresse-se. “Além de flamingos, cocktails, vinhos, banhos de sol e mergulhos na piscina, as festas são um rendez-vous para conhecer pessoas fora de casa, fora das redes sociais e das aplicações”, explicam.

Os hóspedes da guesthouse que está sempre esgotada e tem cinco estrelas no TripAdvisor (aliás, costuma estar no top 3 das pousadas em Lisboa) receberam as festas com entusiasmo. “É a fórmula perfeita para quem está de férias”, comenta Carlos Sanches Ruivo, que se prepara também para abrir um The Late Birds virado para o público gay no Porto, com um projecto do arquitecto Pedro Domingos, tal como no hotel de Lisboa. “Para conhecer lisboetas e gente de outros países.”

Até agora, a festa tem sido um segredo de pouca gente. “Está a ser passado de ‘boca em boca’, por um lado porque o Grupo da Quarta mantém o seu carácter privado, por outro porque o hotel está com lotação máxima e dessa forma só permite 30 vagas por festa para convidados externos”, continuam. Aliás, com mais gente perderia a graça. “É um evento de dimensão familiar e de carácter exclusivo, mas aberto à comunidade tal como os projectos que criaram esta parceria.”

Se está com dúvidas sobre o que vestir, Carlos e João ajudam no com o dress code. “Calções ou sunga, é o que aconselhamos. Embora dentro de água alguns dos mais ‘calorentos’ tenham o à-vontade de se despir de preconceitos e de dress code. Afinal as regras foram feitas para serem quebradas, por um bom motivo”, riem-se.

Nos próximos tempos, e já fora de água, João Gaspar prepara-se para abrir um bar de champanhe e cocktails no Príncipe Real, o Corvo Real, “uma consequência inevitável” na sua vida, diz, depois de estar à frente do Conga Club e das noites Queer Lust.

A grande novidade é que, juntamente com Carlos Sanches Ruivo e “com os principais empresários ao nível nacional de comércio e turismo LGBTI” da cidade, estão a “constituir formalmente a Câmara de Comércio e Turismo LGBTI”. “Algo que, parecendo impossível, ainda não existia e de onde poderão surgir as maiores novidades para todas as comunidades envolvidas e para todos os empresários que desta forma se tornam mais fortes e unidos.”

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