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Flausinas, ou o vestido camaleão

Vera Moura
Escrito por
Vera Moura
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Esta não é uma história igual às outras todas. Inês Risques não mudou de vida por estar cansada ou infeliz: as finanças e as salas de mercados continuam a fasciná-la. Mas, depois de vários anos em Londres e Nova Iorque, a gerir carteiras de milhões de euros todos os dias, de um MBA em Cape Town e de uma passagem por Paris, Inês trocou os números pela máquina de costura e pôs em causa um conceito básico da história da moda: mas afinal, porque é que um vestido tem de ser composto por uma única peça?

A pergunta levou ao nascimento da Flausinas, que vende às metades. A parte da frente e a parte de trás, ligadas por um fecho lateral, são exactamente iguais, o que faz com que os vestidos possam ter inúmeras combinações. Com duas metades, tem dois vestidos diferentes; com três, tem seis vestidos diferentes; quatro metades, são 12 vestidos. Basta fazer as contas – e se há coisa que Inês faz bem, é contas.

A avó, de 90 anos, foi a primeira a juntar-se à aventura, ajudando a desenvolver os protótipos iniciais. Depois foi preciso arranjar modistas para aperfeiçoar o modelo de tamanho único e linhas minimalistas e uma designer gráfica para criar os padrões exclusivos.

A Flausinas arranca com 20 metades, todas do mesmo tecido, todas feitas à mão, todas 100% portuguesas, todas feitas por mulheres e para mulheres. Inês, a flausina-mor, tem muitos projectos para a marca, que podem passar por novos tecidos e modelos. Afinal, como lhe disse uma amiga, este é o “never ending dress” (qualquer coisa como o vestido infinito). 

www.flausinas.com 

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