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Uma hora marcada e um punhado de regras de ouro para cumprir, entre as quais levar roupa escura para assaltar uma casa. Entrámos num policial no meio do Bairro Alto e saímos de lá com muito para contar. O problema? É tudo segredo.
Nós explicamos: a Time Out recebeu um convite para participar na antestreia de um novo jogo imersivo em Lisboa, muito ao estilo dos famosos Escape Rooms, mas com regras diferentes: não há propriamente um tempo limite para sair de uma sala, há mesmo uma trama definida, actores metidos ao barulho, percursos para fazer de mapa na mão e o descanso do guerreiro com uma bebida. Aceitámos o desafio.
O jogo estava marcado para as 20.40 mas Catarina Guimarães, dona de uma casa de leilões, ligou-me a meio da tarde com algumas informações. Foi roubada uma valiosa partitura de jazz dos anos 30, que ia ser leiloada na manhã seguinte, e ninguém sabe onde está. A minha missão, em conjunto com outros sete compinchas que só conheço à hora marcada e nos quais tenho de confiar, é ajudar a recuperá-la. Mas temos uma ajuda preciosíssima: o Artur e o Eduardo, este último um caçador de recompensas que a Catarina encontrou na “dark web”.
Calço luvas para não deixar impressões digitais – não vá o diabo tecê-las, ainda que a máxima do "ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão" se aplique – e ponho mãos à obra. Em retrospectiva, sozinha nunca sairia de lá ou, pior, o ladrão tinha-me apanhado. Estou viva e de boa saúde, tal como os meus colegas de delito. Aconselho atenção ao pormenor: mesmo que algo pareça completamente irrelevante, pode não ser. Ou é mesmo, mas duvidem. Se há coisa que o jogo despertou em mim foi a mania da perseguição e a paranóia – e tinha razão!
O jogo
Chama-se O Caso da Partitura Roubada e foi criado pela Drambuie, uma marca de licor de whisky nascida na Escócia, para contar a história da marca, tão misteriosa quanto o jogo. "Só três pessoas sabem como se conjuga a selecção única de especiarias, mel de urze e ervas com whisky escocês", explicam. São 90 minutos, maioritariamente na casa do ladrão, e inclui uma deslocação a pé de 15 minutos.
Como jogar
Se quiser entrar na casa do ladrão como nós – a marca patrocinadora do jogo diz que é para “os amantes das emoções fortes” –, os bilhetes estão à venda aqui. Têm de ser, no mínimo, quatro pessoas. A brincadeira custa 20 euros por pessoa mas a partir da 7ª há um desconto de 2€ por pessoa. Se o grupo for de oito, o desconto sobe para 4,25€ por pessoa com o código OFERTA8DRAMBUIE.
Às quartas, quintas e sextas há sessões às 19.30, 20.40, 21.50 e 23.00. Aos sábados há às 18.00, 19.10, 20.20, 21.40, 22.50 e 23.59 e aos domingos a última sessão é às 21.30.