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Merc'Art: a arte democrática na Lx Factory

Escrito por
Francisca Dias Real
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O processo de aglutinação moderno das palavras “democracia” e “arte”, que resultou em Democr’art, não engana ninguém. O grande objectivo do projecto é que a arte seja acessível a todos, ou melhor, democrática. Toda essa ideia culmina no Merc’Art, que decorre até 10 de Dezembro na Lx Factory.

A iniciativa surgiu por causa de “uma irritação, a de ver tanta gente a comprar ‘arte’ que não é ‘arte’, apenas massificação de imagens a preço baixo”, quem o diz é uma das duas fundadoras do projecto, Alexandra Quadros.  

O processo de democratização da arte não é fácil nem rápido, assim como mudar mentalidades relativamente ao assunto. “Não temos propriamente a pretensão de educar ninguém, pelo menos de forma directa. Contudo, gostaríamos muito se, um dia, com a nossa ajuda, mudássemos hábitos de consumo e a arte passasse a ser um ‘bem essencial’”, refere Graça Hipólito, a outra fundadora do Merc’Art.

Esta já é a segunda edição do mercado de arte e este ano a estrutura “The Art Container” instala-se num contentor à entrada da Lx Factory com obras de street artists, ilustradores, pintores e um tatuador numa espécie de venda expositiva. As obras dividem-se em duas colecções: a One-and-Only com originais sem reproduções associadas (300€-1200€) e a colecção de originais e reproduções, com peças originais (250€-1800€) e reproduções A3 (15€). Tamara Alves, André Carrilho, Halfstudio, Sofia Taboada, Tiago da Bernarda ou Godmess são alguns dos nomes que entram neste Merc’Art.

“A selecção dos artistas faz-se com curiosidade, abertura de espírito e exigência”, diz Alexandra. “A selecção é sempre feita procurando diferenciação, não apenas na oferta como também nas formas de arte.”

E o próximo passo? O próximo passo é o processo de internacionalização do projecto. “A plataforma online que estamos agora a reconstruir e melhorar, bem como a estratégia online, serão fundamentais, num primeiro passo”, afirma Alexandra. “A web é a grande porta para o mundo, assim se trabalhe de forma consistente, orgânica e optimizada. Depois, é replicar o offline, promover os nossos artistas de forma palpável”. Graça complementa a ideia dizendo que “o offline tangibiliza e credibiliza o online”.

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