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Novembro: os restaurantes por onde andámos este mês

Escrito por
Mariana Correia de Barros
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No dia em que se fina o mês de Novembro do ano da graça de 2016, recapitulamos as principais notícias que demos sobre a gastronomia lisboeta nos últimos 30 dias. Por outras palavras, estes são os sítios que mais entusiasmaram os jornalistas de Comer & Beber este mês.

O ponto alto do mês foi, não há volta a dar, a entrega das estrelas Michelin. A chuva de estrelas não foi tão intensa quanto se esperava, mas ainda assim, Portugal esteve de parabéns. Quanto a Lisboa, se ainda não decorou os nomes dos agraciados em 2017, aqui vai: Alma, de Henrique Sá Pessoa, Loco, de Alexandre Silva, LAB by Sergi Arola, de Sergi Arola, todos com uma estrela; houve renovações de duas estrelas no Belcanto, de José Avillez, de uma no Feitoria, de João Rodrigues, no Eleven, de Joachim Koerper, e Fortaleza do Guincho, de Miguel Rocha Vieira. 

Café Colonial, Príncipe Real
Fotografia: Arlindo Camacho

Quanto a aberturas, há o novo Café Colonial (Rua Dom Pedro V), do chef Vasco Lello (ex-Flores do Bairro), no novo Memmo Príncipe Real Hotel, com uma cozinha bem diferente do que fazia no antigo espaço, mais ligado aos petiscos e arrozes. Aqui, e a respeitar o nome do restaurante, fazem-se pratos que os olhos também comem (e os dedos fotografam), com influências brasileiras, africanas, japonesas e chinesas. Exemplos? Caril de camarão com chutney de manga, arroz e paparis ou bacalhau negro com miso e chawanmushi, um caldo japonês.

Arroz malandro de lingueirão com robalo, uma novidade no Panorama
© Humberto Mouco

Também na cozinha de hotel, cada vez menos estigmatizada, o Panorama (Rua Latino Coelho 1), lá do alto do Sheraton, apresentou um novo chef, Miguel Paulino, alentejano de nascença, algarvio de estudos. A carta é de linhagem 100% portuguesa, muitos produtos e influências de mar, tanto em pratos novos, como o arroz malandro de lingueirão com robalo, como em recriações de clássicos, caso do bacalhau à Zezinha, que traz uma espécie de bacalhau à Brás reconstruído. 

Para algo completamente diferente, o Logradouro (Rua da Bempostinha, 22) é um espaço que transpira Inverno: trata-se de uma mercearia de ervas aromáticas biológicas com sala de estar. Ou seja, um sítio para comprar o molho de ervas de que precisa para temperar a carne que vai passar a tarde no forno – já têm raminhos preparados para carnes e peixes –, mas onde também pode comer uns petiscos, beber um chá e um vinho antes do jantar. 

Tal e qual o que poderá fazer no La Bottega (Rua Correia Teles, 22 A), mais um irmão da família Il Matriciano, que vende queijos, enchidos, pastas e vinhos de Itália, mas também faz o tradicional aperitivo de fim de dia. Paga um copo, eles trazem a comida – e se é para provar pecorinos, tallegios e parmigianos, que venham os vinhos. 

Pequeno-almoço do Deli

A funcionar sem grande alarido, mas com o gosto e oferta que encaixam bem no bairro onde abriu portas, o Príncipe Real, o café Deli (Rua da Imprensa Nacional, 116 F) serve duas das tendências do momento: crepiocas (tradução: crepes com tapioca) e bagels com vários recheios. Abre cedo para servir pequenos-almoços – tem um menu a 5€ com iogurte, fruta e granola, com bagels, torradas ou croissants, manteiga e compota, um ovo quente e uma bebida quente – e depois tem saladas, tostas, sandes e afins. 

Já a pensar nas compras de Natal, e como é costume nesta época, os livros de cozinha têm chegado em barda. Ainda há muita página para avaliar, mas até agora destaques para a produção nacional, que fez sair do forno A Doçaria Portuguesa, de Cristina Castro, primeiro de uma série de cinco volumes, dedicado ao Norte, um verdadeiro inventário dos principais bolos e doces da região, bem fotografado, bem escrito, bem sustentado; Na Cozinha de Miguel Castro e Silva, com receitas do chef baseadas em 48 produtos especiais, cada um detalhado pelo jornalista Augusto Freitas de Sousa; e para Al Dente, de Chiara Ferro, dona da Osteria, com receitas e truques para fazer a verdadeira pasta italiana. 

 

O melhor: A estrela Michelin dada ao Loco, com 11 meses de vida, e depois de ter sido alvo de alguma polémica em Lisboa

O pior: não ter sido um ano fantástico para cogumelos (e outros produtos da estação, como as castanhas) e, por consequência, muitos restaurantes que os usam nos pratos, terem ficado com as vazas cortadas.

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