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RTP reforça aposta nas séries nacionais e aponta aos documentários

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
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Desde o ano passado que a RTP tem vindo a apostar fortemente na produção de séries nacionais, uma área que continuará a dar os seus frutos esta temporada com a estreia de quatro novas produções até ao final do ano, entre as quais a muito falada 1986, de Nuno Markl. Na nova grelha de programação, destacam-se ainda os documentários. O canal vai também passar a transmitir o Daily Show, de Trevor Noah. 

Séries e documentários. Documentários e séries. Foram duas palavras que se repetiram ao longo de toda a apresentação da programação da RTP para 2017/2018 e que aconteceu nesta terça-feira no MAAT, em Lisboa. “Estas são apostas estruturais e e transversais aos vários canais da RTP”, começou por dizer Nuno Artur Silva, administrador dos conteúdos de ficção e entretenimento da estação pública, lembrando que desde 2016, e até ao final deste ano, a RTP é responsável por 17 séries. “Da mesma maneira que se criou uma indústria de telenovelas em Portugal, acredito que se pode criar uma indústria de séries. Mas sabemos que vai levar tempo, vai demorar tempo a competir com as séries europeias e americanas”, defendeu o responsável, com a certeza de as séries produzidas em Portugal têm cada vez mais qualidade.

O grande destaque da apresentação foi para País Irmão, sobre um escândalo prestes a abalar o ministério da Cultura, cuja ministra promove, em parceria com o Brasil, a produção da maior e mais espectacular telenovela para que se possa abafar o caso. A série estreia já na segunda-feira, dia 11 de Setembro, e é produzida por Leonel Vieira e realizada por Sérgio Graciano. O elenco conta com nomes como Virgílio Castelo, Afonso Pimentel, Victória Guerra, José Raposo, Margarida Marinho, Nuno Lopes, Maria João Bastos e Paula Lobo Antunes.

Muito aplaudido por todos os que acompanharam a apresentação das novidades da estação foi o teaser de 1986, a série criada por Nuno Markl, e que nos levará de volta ao passado, ao ano em que o país se dividiu entre Mário Soares e Freitas do Amaral. A data da estreia não foi anunciada, apenas o mês: Novembro. 

Antes disso, estreia A Criação, uma fábula com pessoas e animais sobre a indústria das agências de publicidade; 4Play, a 28 de Setembro na RTP2, sobre um grupo de amigos boémios e sem regras.

Confirmado na RTP1 está também o mais recente projecto de João Canijo, Caminhos da Alma – Fátima.

Nos documentários, a RTP1 já está a passar Marte, e brevemente exibirá a segunda temporada de A História de Deus, com Morgan Freeman. Para a RTP2 foram anunciados os documentários sobre Cruzeiro Seixas e Vasco Gonçalves e a RTP3 terá Goodbye Aleppo e Women of Freedom.

Nuno Artur Silva revelou, no entanto, que há muitos mais documentários encomendados, sobre figuras como Natália Correia, Raul Brandão ou Eduardo Prado Coelho.

Quanto à ficção estrangeira, não foram muitos os títulos anunciados. Happy Valley, série da BBC sobre Catherine Cawood, polícia em Manchester, estreia-se no dia 15 de Setembro na RTP1, tal como a segunda temporada de Vitória chegará em breve. No segundo canal, destaque para O Gerente da Noite, com Tom Hiddleston e Hugh Laurie, que já se estreou há uma semana. Teresa Paixão, directora da RTP2, garantiu ainda que o canal continuará a apostar nas séries europeias, especialmente aquelas em que a língua falada não é a inglesa. Não foram, porém, anunciados títulos de séries neste capitulo.

Uma nota ainda para o regresso do 5 Para a Meia Noite, já na próxima semana, dia 14 de Setembro. E há uma novidade: as quintas-feiras na RTP1 passarão agora a ser dedicadas aos talkshows e por isso depois do programa apresentado por Filomena Cautela, segue-se Jon Oliver e ainda o Daily Show. O talk-show de Jon Oliver salta assim da RTP3 para o canal principal e o Daily Show regressa à televisão portuguesa, depois de a Sic Notícias não ter comprado mais o programa, após a despedida de Jon Stewart.  

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