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Traça, que junta artes e copos, inaugura amanhã

Escrito por
Miguel Branco
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Mistura residências artísticas, espectáculos, exposições, uma diversa agenda cultural. Com direito a bar/cafetaria. As portas abrem amanhã, na Rua Luciano Cordeiro, às 15.00

Marta Correia é actriz e bailarina clássica. Marta Mendes está mais ligada à economia. “Queríamos juntar as duas vertentes, a minha mais criativa, a da Marta mais prática. Então pensámos em criar um espaço aberto a todo o tipo de movimentos”, descreve Marta Correia. 

Enquanto artista, Marta sentia na pele aquilo que a moveu para criar um projecto desta natureza: a falta de espaços para ensaiar e expor a sua arte. O Traça nasceu para cumprir este seu desejo e o de todos os que partilham do mesmo sentimento. “Tanto queremos pessoas próximas, que conheço e apoio, como gente que traga novas abordagens”, afirma. 

No número 2C da Rua Luciano Cordeiro, na freguesia de Santo António, a cave transformou-se no espaço de acolhimento de apresentações, performances, instalações, exposições e residências artísticas. A mezzanine tem mesas e espaço para leitura. Depois, há ainda o bar/cafetaria, com cozinha caseira e petiscos variados: “Não é só uma questão financeira, ainda que seja essa a maior fonte de receitas. Mas acreditamos que é em cafés e em bares que as pessoas comunicam, que as ideias surgem e as coisas acabam por acontecer”, explica.  

A inauguração acontece às 15.00 com a exposição “SOMAIZUMA”, de Thomas Mendonça. À mesma hora arranca também o estúdio de tatuagens de João Gonçalves (que estará todas as quintas e sextas, das 12.00 às 17.00, no Traça). Às 18.00, há concerto de Count Daisy and The Jelly Rollers. Pelas 20.30, performance/instalação de Future Always on My Mind II, de Yuuts Ruoy, à qual se segue, pelas 22.00, uma performance de dança de Bruno Cadinha. 

Posto isto, de 1 a 28 de Maio um grupo de jovens actores unem-se ao Traça para uma residência artística que culminará com uma apresentação, no dia 28, de um espectáculo chamado “Shakespearelândia”. A 5 de Maio, a artista portuense Luísa Cativo faz uma exposição fotográfica/instalação, com DJ set. No dia seguinte acontece a primeira matiné do Traça, com música experimental e electrónica, algo que se prevê que aconteça regularmente durante o Verão, provavelmente todos os fins-de-semana. 

Há ainda outras propostas culturais por fechar, mas que garantem uma pluralidade e movimento ao qual devemos estar atentos. O nome, esse, foi escolhido “pela constante mutação em que o espaço vai estar”, diz Marta Correia antes de acrescentar: “Tem também como base um dos meus textos preferidos, a Metamorfose de Kafka”. Este Traça, masculino, promete comer-nos a roupa toda. 

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