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©Boris LevySalomé Lamas apresentou "Fatamorgana" na edição que agora finda

4 momentos até a BoCA se fechar

Mais de um mês de programação que agitou Lisboa como poucos eventos o conseguem fazer. A BoCA – Biennial of Contemporary Arts termina a 30 de Abril. Estes são os últimos cartuchos

Escrito por
Miguel Branco
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Recordemos o momento em que John Romão subiu ao palco da Sala Garrett, no Teatro Nacional D. Maria II, e apresentou uma programação tão vasta que demos por nós a perguntar se era o quarto filme de Senhor dos Anéis. Não era, mas o impacto que trouxe a Lisboa é comparável a uma estreia da saga de J. R. R. Tolkien, levada ao cinema por Peter Jackson. 

Desde 17 de Março até ao próximo domingo, dia 30 de Abril, a BoCA deu performances, exposições, instalações, coisas difíceis de catalogar que vimos e gostámos. Foi uma roda-viva artística que parecia sem fim à vista. Aqui está ele. Deixamos-lhe quatro opções para a semana final. Com o desejo de que regresse depressa. 

Que Difícil É Ser Um Deus

Que Difícil É Ser Um Deus

John Romão e o corpo. Podia ser o título deste espectáculo, podia ser uma frase chapéu para a carreira do dramaturgo. Em Que Difícil É Ser Um Deus, retoma-se a reflexão sobre o corpo humano, sobre o seu “desaparecimento”, no fundo, às mãos de um quotidiano muito maior do que nós, absurdo, repleto de intervenções militares e telefones inteligentes. Aqui, fá-lo através do corpo do bailarino Romeu Runa. A não perder. 

Pavilhão Branco, Palácio Pimenta, Campo Grande, 245. Qua 20.00 /22.00. Entrada livre. 

The Ferryman

The Ferryman

O melhor, mesmo, é talvez não arriscar. Não estamos certos que The Ferryman seja um filme, portanto utilizemos a expressão da organização “é uma exploração cinematográfica e coreográfica” que explora as raízes ritualistas, bem como as origens da dança e da escultura. Damien Jalet é um homem meio-veado, meio-caçador e leva-nos por uma ascensão, em seis fases, a uma montanha, vista como um olimpo de vida e de morte. A realização é de Gilles Delmas com narração de Marina Abramovic.

Cinema São Jorge, Av. da Liberdade, 175. Qui 21.30. Entrada livre.  

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Estrelas Cadentes (Metal e Melancolia)

Estrelas Cadentes (Metal e Melancolia)

Ana Borralho & João Galante nem sempre têm tempo para pousar em Portugal. Só que a BoCA convence qualquer um. Estrelas Cadentes (Metal e Melancolia) é uma performance/instalação que aglomera um sem fim de paisagens que a dupla foi testemunhando nas múltiplas viagens feitas. Mas atenção, não são imagens estáticas, é um objecto que interage com o público, ou que, pelo menos, tenta. 

Pavilhão Branco, Palácio Pimenta, Campo Grande, 245. Sex e Sáb 21.00-02.00. Entrada livre. 

Instructions for the Gods – i4gods

Instructions for the Gods – i4gods

Mariana Tengner Barros não faz a coisa por pouco. Vem à BoCA com nove danças construídas através de uma partitura de mantras, ou, melhor, da atenção que lhe é dada. São composições entre a voz e o corpo e entre a imagem e o som, com a ajuda do músico Jonny Kadaver como PandemiCK e do designer de moda Estelita Mendonça. Nove danças para serem consumidas em cinco horas sem intervalo. Respire. 

Museu Nacional de Arte Contemporânea (edifício do MNAC na Rua Capelo, 13). Sex e Sáb 17.00-22.00. Dom 13.00-18.00. Entrada livre. 

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