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Compras em Lisboa: o que nos levou à falência em Agosto

Peças de decoração, chás portugueses, vestidos compridos, t-shirts à francesa e ilustradas. Em Agosto foi isto que nos levou à falência

Escrito por
Inês Garcia
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A Charlie tem um conceito próprio, com vestidos compridos, marcas pouco conhecidas dos lisboetas mas preços acessíveis – as peças mais caras da loja rondam os 60-70€. A Le Mot tem um je ne sais quoi, que é como quem diz que são t-shirts do mais básico que há (com algodão de óptima qualidade) mas uma expressão em francês que lhe dá outra pinta. E a IRONIC Lisbon, cujo dono até já recebeu mails de Morrisey ou Marina Abramovic, tem ilustrações e citações provocadores de personalidades estampadas em t-shirts e sweatshirts. E acaba de abrir o primeiro espaço físico em Lisboa. Agosto não foi um enorme estrago para a carteira, mas deu mais graça ao guarda-roupa.

Compras em Lisboa: o que nos levou à falência em Agosto

  • Compras
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

"Sweet dreams are made of this" é o lema da nova concept store do Príncipe Real, Charlie. Está escrito num néon brilhante à entrada e, na verdade, é o nosso sonho também: peças de roupa e acessórios de marcas nada mainstream, a preços simpáticos.

Marie Couderc, que abriu a loja com o marido, François, sabe bem o que está a fazer: trabalhou em moda em França, com grandes marcas. O truque passa por escolher tudo a dedo, controlar o número de peças para não andarmos todos vestidos de igual e, nessa selecção, assegurar os preços acessíveis – as peças mais caras da loja rondam os 60-70€. 

Os cabides têm muitos vestidos compridos – são “a coisa mais simples de vestir numa manhã de Verão” – pulseiras coloridas, chinelos, malas e cestas. As marcas são maioritariamente espanholas, francesas ou brasileiras: An’je, Goa, Improbables, Hipanema ou Cacatoès, na caixa, são algumas das disponíveis. Portuguesas há menos, embora haja um expositor só com chás da LisbonTea.co, com chás intensos de caipirinha ou amêndoa amarga, e cerâmicas alentejanas da Barru Pottery. 

Le Mot

Le Mot

Se há coisa que as fotografias de moda urbana (leia-se street style) nos ensinam é que uma t-shirt é essencial em qualquer guarda-roupa, feminino ou masculino, e que básico não é sinónimo de sem-graça. E se há sítio onde isso é evidente é em Paris, principal capital de moda. Susana Santos estudou marketing e comunicação de moda na cidade francesa e está bem dentro do assunto – depois de um estágio nos escritórios parisienses da revista Vogue norte-americana (onde as coisas funcionam mesmo como n’O Diabo Veste Prada, conta), foi parar à parte comercial da alta-costura da Jean-Paul Gaultier e, depois, à comunicação da Nina Ricci. Quando voltou para Portugal, com a bagagem toda acerca do funcionamento de um negócio de moda, lançou-se no seu: chama-se Le Mot e é uma marca com t-shirts simples, sempre com uma expressão em francês.

Já vai na segunda microcolecção e tem quatro expressões: comme ci comme ça, a joie de vivre, o oh là là e o je ne sais quoi. Destas, as primeiras existem com as letras em encarnado e azul em fundo branco, as outras em branco e preto em fundo cinzento ou branco – todas unissexo, do XS ao L (à venda online, ou nas lojas Fio D’Água na Comporta e nas Amoreiras).

+ Estas t-shirts portuguesas têm um je ne sais quoi

 

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Ironic
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  • Santa Maria Maior

A IRONIC Lisbon de Rui Guerreiro tem ilustrações e citações provocadoras estampadas em t-shirts e sweatshirts à venda online desde 2011. A partir do início de Setembro há uma loja física que vai ser muito mais do que um sítio para comprar roupa. 

“Por que não ter um sítio onde as pessoas vão para ver ilustração, para beber um copo, para comer uma fantástica refeição e para comprar as nossas coisas? É criar um ponto de encontro entre pessoal que se interessa por isto”, resume Rui no meio do pequeno número 2 do Largo de Santo Antoninho, na Bica. 

Na próxima coleção da IRONIC, na loja a partir de Setembro, entram novos ilustradores, como Makarov, e a estética promete tornar-se mais diversificada – anteriormente todos os desenhos estavam a cargo de Mariana Cáceres. Os materiais melhoraram e as peças de roupa e os seus modelos também vão aparecer num maior leque. O espírito mantém-se nas indispensáveis ilustração e citação. 

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