Razzies 2018: e a Framboesa de Ouro de pior filme vai para…

Michael Berk e Douglas Schwartz são os primeiros candidatos nomeados na categoria Pior Argumento, pelo seu trabalhinho na reanimação da série dos anos de 1990, e pela história de duplo campeão olímpico a recuperar do álcool e das drogas que se meteu a nadador-salvador rodeado de corpos geneticamente melhorados (é uma maneira de ver…) por diversos cirurgiões plásticos. Coisa que valeu a Zac Efron a consideração de integrar a lista de Pior Actor, e ao filme de Seth Gordon a nomeação como Pior Sequela. E não é que Dwayne Johnson escapou à vergonha?

Esta fantasia ciber-modernista de trazer emojis à vida já tinha corrido mal entre a crítica. Mais preocupante para a produção, porém, foi não fazer dinheiro que se visse. Agora, em vez de cereja em cima do bolo, sai a possibilidade de uma framboesa para o argumento de Tony Leondis (que também dirige a película) e Eric Siegel, e ainda a nomeação para a categoria Qualquer Combinação Entre Dois Emojis Obnóxios.

Grande candidato à acumulação de prémios, segundo na tabela de nomeações, o filme de James Foley merece, logo a abrir, lugar na lista de Pior Realizador. Mas a coisa melhora, quer dizer, piora, pois a Foley junta-se Dakota Johnson (Pior Actriz, entre uma lista onde, para além da citadas e das que ainda vêm, se encontram também Emma Watson, pelo seu papel em O Círculo, e, graças à sua prestação em Mãe!, Jennifer Lawrence), Jamie Dornan (Pior Actor), Kim Basinger (Pior Actriz Secundária), Niall Leonard e E.L. James (Pior Argumento), e ainda a infâmia da indicação para Qualquer Combinação Entre Duas Personagens, Dois Brinquedos Sexuais ou Duas Posições Sexuais. Perante isto, a bem dizer, estar entre a Pior Sequela é de pouca importância.

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Outro forte candidato a um ror de prémios Razzie é esta história da princesa egípcia que acorda e se escapa da cripta onde estava há uns séculos para espalhar o mal pelo mundo. O primeiro a ser honrado (outra vez: é uma maneira de dizer, embora para alguns realizadores ser nomeado para qualquer tipo de prémio seja sinal de que afinal, e contra as suas próprias expectativas, existem e reparam neles) foi Alex Kurtzman. E se a lista começa pela realização e inclui a Pior Sequela, prossegue com Tom Cruise, candidato a Pior Actor, logo seguido, na categoria Pior Actor Secundário, por Russell Crowe, e ainda Sofia Boutella (Pior Actriz Secundária). O argumento de David Koepp e Christopher McQuarrie também não escapou.

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Os últimos são os primeiros, costuma dizer-se. Não há, portanto, apesar da ausência de explicação científica, admiração se o último episódio da série Transformers arrecadou a maioria das nomeações. Michael Bay, o realizador, conseguiu safar-se, mas Mark Wahlberg (acumulando com a sua prestação em Pai Há Só Um... Ou Dois) foi direitinho para a categoria Pior Actor, enquanto os seus parceiros secundários, Josh Duhamel e Anthony Hopkins (este também em acumulação com o seu desempenho em Collide – A Alta Velocidade), e Laura Haddock, na secção feminina, não evitaram as respectivas nomeações. Assim como a história deste Optimus Prime existencialista, que precisa de um artefacto qualquer, coisa que só há na Terra, e por portas travessas vai reconstruir Cybertron, mereceu a Art Marcum e Matt Holloway a candidatura a Pior Argumento. Depois disto, a nomeação como Qualquer Combinação entre Dois Humanos, Dois Robôs e Duas Explosões até parece uma honra.