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Filme, Cinema, Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos (2006)
©DRUma Família à Beira de um Ataque de Nervos de Jonathan Dayton e Valerie Faris

Rir é o melhor remédio

A tragédia, a violência, a desgraça e a infelicidade sempre foram grandes temas de comédia. Eis cinco exemplos de cinema com bom humor negro. Para rir sem culpas, no seu MEO VideoClube.

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Propostas excepcionais para dias de excepção.

Rir é o melhor remédio

A Lagosta

Yorgos Lanthimos, 2015, 118 min.

Num futuro distópico, as relações são rigidamente controladas. Qualquer adulto que fique solteiro, por divórcio ou viuvez, é levado para um hotel onde tem de encontrar novo par em 45 dias. Se não for bem sucedido, é transformado num animal, previamente escolhido por si. Abandonado pela mulher, David chega ao hotel. Quando percebe que não há meio de encontrar par e está prestes a transformar-se na lagosta que escolheu, foge para a floresta, onde encontra um conjunto de foras-da-lei que se mantêm solteiros e livres. À frente de um elenco internacional liderado por Colin Farrell e Rachel Weisz, o grego Yorgos Lanthimos venceu o prémio do júri em Cannes com esta tragicomédia surreal, que revela o amor como paradoxo de prisão e liberdade.

Os Oito Odiados

Quentin Tarantino, 2015, 168 min.

Um western que tem no seu centro uma ambiciosa história de recorte policial de câmara, tal como Agatha Christie as cultivava: um conjunto de pessoas, com ligações insuspeitas entre si, fica retido em isolamento contra sua vontade, e começam a ser assassinadas umas atrás das outras, não se percebendo por que motivo. Uma história de traição, mentira, comédia negra e sangrenta – a receita tarantinesca – protagonizada por Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Channing Tatum, Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins, Demián Bichir, Tim Roth, Michael Madsene e Bruce Dern.

O Lobo de Wall Street

Martin Scorsese, 2013, 165 min.

Martin Scorsese lembrou-se de puxar pelos dotes cómicos de Leonardo DiCaprio neste filme sobre Jordan Belfort, um pequeno corretor de Long Island que nos anos 90 se transformou, e à sua firma, num sinónimo de excesso sem barreiras e burla desbragada nos meios da finança nova-iorquina. Belfort era um vigarista ultraganancioso sem qualquer prurido moral ou travão ético, e com um descaramento descomunal, e DiCaprio interpreta-o, frisando com gosto e a traço grosso, todas as facetas da personagem, do adúltero ao debochado, do pato-bravo ao malabarista da fraude. Um filme que nos deixa, literalmente, a rir da nossa desgraça.

Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos

Valerie Faris e Jonathan Dayton, 2006, 101 min.

A mãe (Tony Collette) lida mal com os segredos excêntricos da família; o pai (Greg Kinnear) dá palestras com um programa de “Nove passos para o sucesso”, que ele próprio não consegue cumprir; o tio (Steve Carrell) é um académico especialista em Proust, em desgosto de amor, saído do hospital após tentativa de suicídio; o avô (magnífico Alan Arkin) é um hedonista decadente, expulso do lar por consumir drogas; o irmão mais velho é um adolescente obcecado por Nietzsche, em voto de silêncio. E ao centro há Olive, a menina de sete anos que sonha ser rainha de beleza na Califórnia. Um road movie que mostra como da mais perfeita disfuncionalidade nasce uma família.

O Que Fazemos nas Sombras

Jermaine Clement e Taika Waititi, 2014, 86 min.

Dos antípodas chega uma comédia de terror. Viago, Deacon, Vladislav e Petyr são quatro vampiros que dividem apartamento em Wellington, Nova Zelândia, e têm que enfrentar todos os problemas e as rotinas da vida quotidiana, desde pagar a renda a distribuir tarefas em casa, resolver conflitos domésticos e tentar entrar nas discotecas à noite, onde se alimentam. A isto somam-se os inconvenientes da imortalidade, a obrigação de uma constante adaptação a modas, tendências e costumes do tempo que passa.

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