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Sete detectives da televisão pouco convencionais

Aproveitando a estreia da nova temporada de 'Grantchester', a série policial inglesa com James Norton no papel de um vigário que resolve crimes e gosta de jazz, eis mais sete detectives televisivos excêntricos

Escrito por
Eurico de Barros
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Um padre católico, um detective fantasma, outro cego e lutador de artes marciais ou uma dona de casa com dons mediúnicos constam desta lista de investigadores policiais fora do comum, que protagonizaram séries de televisão de sucesso e de culto, entre os anos 60 e os nossos dias.

Sete detectives da televisão pouco convencionais

‘Randall e Hopkirk’

Jeffrey Randall e Martin Hopkirk são dois detectives privados ingleses que trabalham em parceria. Só que Randall (Mike Pratt) está vivo e Hopkirk (Kenneth Cope) está morto (foi assassinado no primeiro episódio), mas continua a colaborar com o sócio nas investigações, sob a forma de fantasma. Criada em 1969, esta série que junta o policial e o fantástico ganhou, merecidamente, foros de culto, apesar de ter durado apenas duas temporadas. Hopkirk ajuda o amigo e parceiro Randall nos seus casos graças aos seus poderes sobrenaturais (que, no entanto, são limitados), mas apesar de ser um espectro, continua a assustar-se com outros fantasmas e com fenómenos paranormais, como se ainda fosse vivo.

´Longstreet’

Mike Longstreet (James Franciscus) é um detective privado especializado em casos envolvendo seguros. Tem uma secretária bonita e competente, Niki Bell, um cão pastor alemão, Pax, e um amigo sino-americano, Li Tsung, perito em artes marciais, que o ensina. Longstreet seria mais uma banal série policial, não fosse o facto do seu herói ser cego, tendo perdido a vista na explosão de uma bomba escondida numa garrafa de champanhe que também lhe matou a mulher. A secretária dá-lhe as informações, o cão guia-o e o amigo das artes marciais ensina-o a defender-se e protege-o. Longstreet durou entre 1971 e 1972, com Bruce Lee no papel de Li Tsung, e é uma série de culto nos EUA.

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‘Padre Brown’

É sem dúvida o mais célebre sacerdote-detective da ficção policial, criado por G.K. Chesterton no início do século XX. Este padre católico, além dos seus dotes para a investigação criminal, é um profundo conhecedor da natureza humana, qualidade de que faz uso profusamente. O melhor Padre Brown da televisão foi, sem sombra de dúvida, Kenneth Moore, que o personificou em 1974, numa série com 13 episódios exibida à altura em Portugal pela RTP, e que associou o veterano actor para sempre à figura da imortal criação de Chesterton. Em 2012, surgiu na BBC uma nova série de casos do Padre Brown, com Mark Williams bem metido no papel. Ainda está em exibição, indo na sexta temporada.

‘Cadfael’

Criado em livro por Ellis Peters (pseudónimo da linguista inglesa Edith Pargeter), o irmão Cadfael é um monge beneditino que vive na Inglaterra do século XII. Homem de interesses científicos, nomeadamente ligados à farmácia e à medicina, conhece bem o seu semelhante e tem sentido de justiça, metendo-se a investigar crimes misteriosos. Antes de ser monge, foi soldado e marinheiro, o que lhe deu experiência nas artes militares e da navegação. Derek Jacobi, o intérprete de Eu, Cláudio, deu corpo a Cadfael nesta série de televisão de muito sucesso entre 1994 e 1998, e que apesar de ter passado em televisões um pouco por todo o mundo, nunca foi exibida em Portugal.

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‘Monk’

Detectives com manias e tiques, há muitos. Mas não há nenhum tão obsessivo-compulsivo como Adrian Monk, que pertenceu à polícia de São Francisco, estabelecendo-se depois como investigador e consultor privado. Monk sofre também de uma série de fobias (312, no total, recenseadas por Sharona, a sua enfermeira e assistente), que incluem medo das alturas, de beber leite, de guiar e de joaninhas, mas esta sua condição ajuda-o a ser um minucioso e dedicado investigador de casos policiais, descobrindo detalhes e detectando associações, discrepâncias, ou constantes que escapam aos outros. Tony Shaloub dá vida ao tão brilhante como exasperante Monk nesta série multipremiada, que esteve no ar entre 2002 e 2009.

‘Médium’

São muito poucas as séries policiais que contemplem o elemento sobrenatural, e Médium é a única que o faz tendo como principal protagonista uma mulher. Ela é Allison DuBois (Patricia Arquette) uma dona de casa e mãe de três filhos. Vive em Phoenix e tem qualidades mediúnicas, postas ao serviço da polícia local, o que por vezes a envolve em casos que a fazem correr perigo de vida, para desespero do seu pacato marido, Joe. Ainda por cima, as três crianças partilham o dom da mãe, o que as faz participar nas intrigas de alguns episódios. Médium foi exibida entre 2005 e 2010, tendo sido criada por Glenn Gordon Caron, o “pai” de Modelo e Detective, e por Kelsey Grammer (Cheers, Frasier).

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‘Dirk Gently’s Holistic Detective Agency’

Policial, ficção científica e comédia convergem nesta série co-produzida pela BBC America e pela Netflix, estreada em 2016 e baseada no livro do falecido escritor inglês Douglas Adams, Agência de Detectives Holística, sobre as investigações de Dirk Gently (Samuel Barnett), um auto-denominado “detective holístico”. Gently tem capacidades psíquicas e segue o invulgar método de procurar as ligações entre todas as coisas do universo e deixar o destino actuar. O seu relutante parceiro e assistente é Todd Brotzman (Elijah Wood), um mandarete. Em 2010, houve também uma adaptação do mesmo livro para a BBC, Dirk Gently, que teve apenas quatro episódios.

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