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Ambrose Akinmusire: Origami Harvest

  • Música, Jazz
Ambrose Akinmusire
©DRAmbrose Akinmusire
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A Time Out diz

O trompetista americano Ambrose Akinmusire (n.1982) estreou-se como líder em 2008, na editora espanhola Fresh Sound, com Prelude to... Cora, mas só captou a atenção do mundo do jazz em 2011, com When the Heart Emerges Glistening (2011), na Blue Note. Com The Imagined Savior Is Far Easier to Paint (2014), o 2.º álbum para a Blue Note, surgiram mudanças de vulto, pelo papel de relevo entregue às vozes e a um quarteto de cordas e por Akinmusire assumir uma clara vontade de intervenção na sociedade – e em particular no problema racial nos EUA. A tendência foi reforçada em Origami Harvest (2018), o seu opus mais audacioso (e mais bem recebido pela crítica) até à data, que, à “deriva” anterior face aos moldes tradicionais do jazz, soma influências de hip hop, “puxadas” pela presença do rapper Kool AD (Victor Vasquez) e da electrónica.

Origami Ghosts não tem, musicalmente, arestas cortantes, mas os textos são pertinentes e interventivos: a componente vocal da faixa “Free, White and 21”, por exemplo, é a recitação de uma lista de nomes de afro-americanos mortos por elementos das forças da ordem ou dos grupos de “vigilância de bairro” (que, nalguns locais dos EUA, pretendem substituir-se às forças da ordem).

Formação: Kokayi (rap), Ambrose Akinmusire (trompete, teclados), Sam Harris (piano, teclados), Justin Brown (bateria) e o Mivos Quartet, com Olivia de Prato e Maya Bernardo (violinos), Victor Lowrie Tafoya (viola) e Tyler J. Borden (violoncelo).

Escrito por
José Carlos Fernandes

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