Mais um episódio da bonita relação entre Ben Frost e o Teatro Maria Matos. O músico australiano havia dito, por alturas de Aurora, edição de 2015 que também apresentou no Maria Matos, que o conceito de disco estava a deixar de fazer sentido. Desde essa altura que acumula bandas sonoras para jogos, instalações e séries, sempre com o intuito de vaguear. Este The Centre Cannot Hold vem interromper esse ciclo, marcar o regresso ao formato de disco e, acima de tudo, dizer o que lhe vai na mente. É um disco viril, de electrónica experimental e meio selvagem, a soar a mecânica, que parece indicar que temos andado assim, sem nunca parar, sem nunca olhar para o lado.
