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Bruckner: Sinfonia n.º 8

  • Música, Clássica e ópera
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A Time Out diz

Bruckner foi um compositor atormentado pela insegurança e sempre inclinado a vergar-se a juízos e sugestões vindas de pessoas que respeitava. E nenhuma ele tinha em maior consideração do que Hermann Levi, maestro da corte de Munique, que dirigira várias obras suas e lograra, com uma apresentação da Sinfonia n.º 7 e do Te Deum, colocar o nome de Bruckner entre os compositores cimeiros. Em 1887, após labutar na n.o 8 durante três anos, Bruckner enviou a partitura a Levi, acompanhada por uma nota: “Aleluia! A n.o 8 está, finalmente, terminada, e o meu pai artístico deve ser o primeiro a sabê-lo”.

Será fácil imaginar em que estado ficou Bruckner quando Levi rejeitou a obra que tanto labor lhe custara. Com o auxílio de um aluno, embrenhou-se num profundo trabalho de revisão, que só foi concluído em 1890 e que não representa um melhoramento em relação ao original. A versão de 1887 só foi ouvida na íntegra em 1973 e hoje em dia convivem diferentes versões resultantes
da combinação das partituras de 1887 e 1890. Mas a genialidade que insufla a n.º 8 é tal que, seja qual for a edição escolhida pelo maestro John Storgards, este concerto da Orquestra Sinfónica do Porto será seguramente memorável
.

Escrito por
José Carlos Fernandes

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