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Dvorák e Tchaikovsky

  • Música, Clássica e ópera
Bezhod Abduraimov
©DR
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A Time Out diz

Atendento ao apreço de que goza entre pianistas, público e crítica, custa a crer que
o Concerto para piano n.o 1 de Tchaikovsky tenha recebido críticas tão ásperas quando, na véspera de Natal de 1874, o compositor o tocou para o célebre pianista Nikolai Rubinstein. Tchaikovsky pretendia dedicar o concerto a Rubinstein e esperava conselhos, mas em vez disso recebeu uma crítica demolidora. Ter-se-á sentido vingado por o concerto, que foi estreado pelo pianista Hans von Bülow em Boston, no ano seguinte, se ter tornado num dos mais populares de sempre.

A Sinfonia n.º 7 de Dvorák foi estreada dez anos depois do concerto de Tchaikovsky e mereceria (tal como a n.º 8) ser tão afamada quanto a n.º 9 Do Novo Mundo. Curiosamente, a n.º 7 foi dedicada ao mesmo Hans von Bülow que estreou o concerto de Tchaikovski, e que, desta feita na qualidade de maestro, se tornou num dos seus mais empenhados advogados, a ponto de Dvorák, em sinal de reconhecimento, ter colado uma foto sua na primeira página da partitura.

Nem Tchaikovsky nem Dvorák teriam, seguramente, razão de queixa da interpretação do pianista Bezhod Abduraimov, da Orquestra Gulbenkian e do maestro Lorenzzo Viotti.

Escrito por
José Carlos Fernandes

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