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Dvorák, Lima, Rachmaninov

  • Música, Clássica e ópera
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A Time Out diz

A maior parte dos demónios, assombrações e outros seres malfazejos desenvolve as suas obnóxias actividades entre o crepúsculo e a alvorada, mas a mitologia eslava também inclui a Bruxa do Meio-Dia, conhecida como Poludnitsa em sérvio, búlgaro e russo e Polednice, em checo. A Bruxa do Meio-Dia surge a meio dos dias quentes de Verão e pode ser vista como uma personificação da insolação. O checo Antonín Dvorák consagrou-lhe o poema sinfónico A Bruxa do Meio-Dia (Polednice) op.108, composto em 1896, após o regresso do compositor dos EUA. A música reflecte o dramatismo do enredo, em que uma mãe, aterrada perante as tentativas da bruxa para se apoderar do seu filho, abraça-se tão fortemente a ele que acaba por sufocá-lo – no século XXI, há aqui uma moral a extrair para os pais super-protectores.

O poema sinfónica de Dvorák está emparelhado com uma obra celebérrima, o Concerto para piano n.º 2, de Rachmaninov, e outra absolutamente obscura, a Abertura da ópera Teseo, de Francisco Jerónimo de Lima, compositor português que estudou em Itália e esteve ao serviço de William Beckford, em Sintra, e do Seminário da Patriarcal, onde chegou a mestre de capela. A ópera Teseo estreou em Lisboa em 1783.

Interpretação de António Rosado (piano) (na foto) e Orquestra Sinfónica Juvenil, com direcção de Christopher Bochmann. 53.º Festival de Sintra.

Escrito por
José Carlos Fernandes

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