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Música, Fado, Gisela João
© João Saramago Gisela João

3 (ou melhor, 4) perguntas a Gisela João

Gisela João dá um concerto em Lisboa, sexta-feira, no Coliseu dos Recreios. A Time Out falou com ela

Escrito por
Jorge Manuel Lopes
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O Nua tem dois originais do Cartola. Como é que se descobrem fados em canções que, originalmente, não o são?

Há tantos cantores que, se disser que são fadistas, se calhar vais ficar assim... O Elvis Presley para mim era um fadista, a Ella Fitzgerald, a Billie Holiday, o Aznavour, a Piaf. Tem tudo a ver com a entrega, a interpretação das palavras, elas ganharem sentido. Nunca podes dizer “morte” da mesma forma que dizes “vida” ou “alegria”. E o fado é isso: temos que dizer as coisas com o peso que elas têm. A Maria Bethânia é uma fadista do cacete.

Vês-te a gravar um álbum que não seja de fado?

Vejo, claro. Já escreveste sobre quantas coisas diferentes na tua vida? Só assim é que cresces. Quando me dizem, “tens de ter muito cuidado com incursões diferentes do fado, tens de perceber que as pessoas não vão gostar”…

Dizem-te isso?

Dizem. Mas tenho de experimentar aquilo que me apetece.

Qual é a principal ideia errada que as pessoas têm a teu respeito?

Que sou uma maluca, uma trenga. Às vezes sinto que as pessoas não me levam muito a sério, mas não sou cabeça no ar. É uma opção de vida minha. Estou sempre a rir, porque acredito piamente que é muito mais fácil a vida assim. Aligeira as coisas um pouquinho. Aquela história do “muito riso, pouco siso”? Adoro ditados, mas não concordo com esse.

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