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grace jones

Grace Jones. A nossa playlist do furacão jamaicano

Depois de uma matiné reservada a David Bowie, a 19 de Fevereiro dançou-se no Lux ao som de outro nome irrepetível: Grace Jones

Escrito por
Maria Ramos Silva
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Modelo, cantora, actriz. Não necessariamente por esta ordem, mas sempre com as devidas doses de androginia e exuberância, para um resultado icónico. Mas vamos à música, guiados pela voz de Grace Jones. Deixamos meia dúzia de canções.

Playlist Grace Jones

La Vie en Rose (Portfolio, 1977)

Um cocktail disco, dance...e depois uma versão de Piaf? Esqueça tudo o que lhe podem dizer sobre o assunto e ouça por si próprio o que é capaz de fazer esta musa de Andy Warhol para dar corpo a "La Vie en Rose". A embalagem do disco de estreia da jamaicana radicada nos EUA, apenas uma de muitas para mais tarde recordar em matéria de artwork, teve assinatura de Richard Bernstein, que deixou a sua marca nos dois álbuns seguintes. Em 1978, valia o hit "Do or Die", do álbum Fame

The Hunter Gets Captured by the Game (Warm Leatherette, 1980)

Já deve ter percebido que as versões estão bem e recomendam-se nas mãos de Grace Jones. Aqui escutamo-la a resgatar esse clássico da Motown originalmente cantado pelas Marvelettes. Corria o ano de 1967 e Smokey Robinson, outro craque das canções, tratava da letra. A verdade é que os primeiros três discos de Jones não se revelaram sucessos estrondosos. Mas Warm Leatherette trouxe consigo a dose de reinvenção musical e visual que se impunha. Ao lado de parceiros como Chris Blackwell, Alex Sadkin, ou Sly and Robbie, avançou para a new wave sem medos. Nasciam assim covers de Roxy Music, Tom Petty e The Pretenders.

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I've Seen That Face Before (Libertango) (Nightclubbing, 1981)

Na capa, fato e cigarro na boca. No vídeo, uma belíssima proposta de figurino, a começar pela maquilhagem extreme e pelos acessórios em cartão. Em 1981, Nightclubbing trilhava géneros tão distintos e complementares como o reggae, art pop, dub, synthpop e funk. Os temas originais, três deles com co-autoria de Grace Jones, encontravam-se com mais uma dose de versões, neste caso de nomes como Bill Withers, Iggy Pop e Ástor Piazzolla. "Pull Up to the Bumper" é outro dos singles do disco para ouvir em repeat.

My Jamaican Guy (Living My Life, 1982)

Foi o terceiro single do álbum em questão, lançado já em 1983 e gravado nas Bahamas. Jones haveria de revelar mais tarde que o tema deve o seu nome a Tyrone Downie, membro dos The Wailers, de Bob Marley. No vídeo, há beijos a si própria e abraços ao seu "rapaz jamaicano". A canção foi samplada por vários outros músicos, como LL Cool J ou La Roux.

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Slave to the Rythm (Slave to the Rythm, 1985)

O álbum de maior sucesso, com a faixa título explorada num videoclip incrível. O trabalho da capa é de Jean-Paul Goud. Quem? Lembra-se da capa da revista Paper com Kim Kardashian a despejar champanhe para um copo equiibrado no... (você sabe onde)? Muito antes disso, havia uma senhora chamada Grace Jones. E havia este senhor que em 1986 pôs a cantora numa pose incrível na capa de Island Life, súmula dos seus maiores sucessos.

Hurricane (Hurricane, 2008)

Música de dança, electrónica, com um toque de soul. Dezanove anos depois do seu último álbum, o furacão voltava ao activo. Jones, a amazona de Conan, o Destruidor, ao lado de Arnold Schwarzenegger, e a May Day de A View to a Kill, lançava o seu 10º álbum de estúdio. E continuava a explicar por que motivo se desafia Lisboa a sair de casa e a ir dançar a um domingo. Que tal um disco inteirinho em vez de uma só canção? Aqui vai.

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