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Mulatu Astatke

  • Música, Jazz
Mulatu Astatke
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A Time Out diz

O jazz não é uma florzinha de estufa, é uma planta bravia que deita raíz onde calha, até nos solos e climas mais inóspitos, e produz flores de rara beleza.

Foi o que aconteceu na árida e pedregosa Etiópia: na década de 1950, a família de Mulatu Astatke (n. 1943) enviou-o para o Ocidente para estudar música, mas, após ter recebido educação formal no Trinity College de Londres e no Berklee College of Music de Boston, Astatke começou a absorver os eflúvios do latin jazz, que começava a despontar nos EUA dos anos 60. Os seus primeiros discos em nome próprio não se destacam da prática da época, mas no início da década de 70, Astatke já tinha logrado uma original e hipnotizante fusão de jazz, ritmos latinos e música tradicional etíope. Todavia, o ethio-jazz de Astatke manteve-se dentro de um círculo restrito de seguidores e só em 2005, com a inclusão de música sua na banda sonora de Broken Flowers, de Jim Jarmusch, conseguiu atingir público mais vasto.

A carreira de Astatke entrou então numa segunda juventude, com múltiplas e frutuosas colaborações – nomeadamente o estupendo Inspiration Information, com The Heliocentrics – e tournées por todo o mundo, como a que agora chega a Lisboa.

Escrito por
José Carlos Fernandes

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